"Vincent, hoje eu não vou para casa com você. Se cuide. Não coma muita comida fria. Deixei o remédio para o estômago na mesa, não se esqueça de tomá-lo. Além disso, está chovendo hoje. Lembre-se de levar um guarda-chuva quando sair. O guarda-chuva está no porta-sapatos."
Tão detalhista. Ela realmente era uma esposa carinhosa. Vincent sorriu sarcasticamente, jogou o bilhete na lixeira e saiu com a chave.
Os faróis foram atingidos tão forte que pareciam terríveis.
Ritalin foi para a empresa de táxi. Quando entrou no carro, descobriu que seu celular estava desligado.
Ela tinha medo que uma chamada inesperada estragasse a rara privacidade entre ela e Vincent, então sempre que estava com Vincent, ela tinha o hábito de silenciar o celular.
Quando o celular foi ligado, uma notificação de pouca bateria apareceu na tela.
Ritalin desbloqueou e uma série de chamadas perdidas apareceram. Seus dedos pausaram, e quando estava prestes a abrir as chamadas, alguém ligou para ela subitamente. Era sua assistente, Cherry.
Assim que a chamada foi atendida, a voz ansiosa de Cherry soou.
"Ritalin, aconteceu uma coisa. Por favor, não venha."
Ritalin franziu a testa. "Tem alguém causando problemas na filial novamente?"
"Não..." Cherry abaixou a voz. "Esta manhã, dois policiais vieram à empresa procurando por você. Eles primeiramente checaram a placa do seu carro e então pediram seu número de telefone. Eles até mesmo disseram que queriam conversar com você pessoalmente."
Ritalin cobriu a testa. Ela se lembrou o acidente da noite passada!
A jovem se acalmou e sussurrou, "Não se preocupe. Volte ao trabalho. Eu vou..."
Antes que ela terminasse de falar, seu celular desligou automaticamente.
Ritalin pressionou o botão novamente e descobriu que o telefone não ligava. Ela guardou o telefone e disse ao motorista, "Senhor, por favor, se apresse."
Vinte minutos já haviam passado quando ela chegou ao Grupo Casablanca.
Cherry estava de vigia lá embaixo. Quando a viu, ela correu em sua direção.
"Ritalin, ele está no seu escritório agora. Já liguei para o Rick, mas ele vai ao tribunal mais tarde. Provavelmente ele chegará mais tarde."
Ritalin perguntou enquanto andava, "Meu pai já chegou?"
"Ainda não."
"Não o assuste. Cuidarei disso sozinha."
Após entrar no elevador, Ritalin olhou para Cherry e se acalmou, "Vá fazer seu trabalho. Obrigada pelo seu esforço."
Apesar de estar preparada, quando abriu a porta e viu a polícia, Ritalin ainda estava um pouco nervosa.
"Desculpe pelo atraso. Sou Ritalin."
Os dois policiais não eram velhos mas muito profissionais. O policial alto explicou muito figurativamente o propósito de sua visita.
"Senhorita Casablanca, houve um acidente de trânsito na interseção da Rua FY ontem à noite. Viemos perguntar sobre isso."
"Eu era a motorista ontem à noite."
Ritalin admitiu francamente, "Deve ser possível ver isso na câmera de vigilância, mas não é só culpa minha. Se não fosse pela alta velocidade daquele carro, eu nunca o teria atingido."
Um policial acenou a cabeça e disse, "Temos o vídeo de monitoramento no momento do incidente. A outra parte estava realmente com excesso de velocidade. A senhorita Casablanca não violou a lei, mas houve um acidente. Precisamos encontrar uma maneira de resolver isso. A outra parte ficou ferida e ainda está sendo examinada. No entanto, o advogado já nos contatou e disse que eles querem resolver isso em particular. Estamos aqui hoje, principalmente, para ver o que a senhorita Casablanca quer fazer."
Ao ouvir que o dono daquele Aston havia se machucado, Ritalin ficou em silêncio. Depois de um longo tempo, ela disse: "Concordo em resolver isso em particular, mas quero falar com eles pessoalmente."
...
A reunião do conselho durou mais de duas horas. As três filiais finalmente encerraram suas atividades para se reestruturar, sendo essa a única maneira atual de reduzir o orçamento e controlar a situação geral.
Troye parecia ter, de repente, envelhecido dez anos. Mesmo quando quase todos na sala de conferência foram embora, ele ainda ficou lá, um pouco perdido em pensamentos.
O coração de Ritalin doeu. Ela caminhou até ele e sussurrou: "Pai, você está bem?"
Troye voltou a si e balançou a cabeça. "Venha ao meu escritório e traga para seu sogro aquele quadro Flor na Primavera quando for à família Whitney mais tarde."
Ritalin apertou os dedos e olhou para baixo.
"Eu não vou hoje. Vou te ajudar na empresa."
"O que você pode fazer por mim?"
Troye suspirou. "Ritalin, o que o papai disse ontem foi apenas um comentário casual. Você não precisa se sentir envergonhada. Você deve voltar a sua vida normal. Não fique chateada."
Os lábios de Ritalin se moveram. Ela queria dizer algo, mas o telefone na mesa de repente começou a tocar freneticamente.
Ela arrancou o cabo do carregador e colocou o telefone no ouvido.
"Ritalin, onde você está?"
A voz de Yvette estava severamente séria.
Ritalin ficou atordoada por um momento antes de abrir a boca.
"Estou na empresa agora. O que foi?"
Yvette ficou em silêncio por um momento, então sussurrou, "Eu vi a Alice no hospital."
O coração de Ritalin errou uma batida, e seus dedos pareceram ter levado um choque. Ela agarrou instintivamente o celular, como se houvesse uma espinha de peixe presa em sua garganta, e ela não conseguisse falar por um longo tempo.
No entanto, Yvette não terminou suas palavras. Ela pausou por alguns segundos e continuou, "Vincent está com ela."