Capítulo 84
1625palavras
2024-04-18 11:33
Gabriel
Agora tudo faz sentido, depois que eu vi aquela foto da minha esposa com uma irmã agora eu sei de tudo, a minha esposa tem uma irmã gêmea. Agora todas as peças se encaixam, isso explica tudo, explica o fato dela estar estranha explica o fato de eu não sentir mais atração por ela todas as minhas dúvidas foram esclarecidas né no exato momento em que eu vi aquelas fotos, além de encontrar fotos Eu também encontrei cópia de uma certidão de nascimento da irmã da minha esposa ela se chama Elisa, ela nasceu minutos antes da Patrícia.
Eu peguei todas as provas de que precisava, fotografia e cada uma delas, e mandei para o Gael, eu precisava analisar aquelas provas e ter certeza de que eram verídicas apesar de não parecerem forjadas, e nem tem necessidade e o motivo para isso, eu preciso ter certeza de que não estou sendo enganado.
Voltei para casa, e no caminho eu estava falando com o Gael ele falou que ia analisar todos os dados que eu mandei e ia mandar para o especialista também a foto e tudo mais para ter certeza de que eram fotos autênticas e provas autênticas.
Eu não sei exatamente como vou lidar com tudo isso, eu preciso descobrir onde está a minha esposa, e desmascarar essa farsante de uma vez por todas. Eu me sinto muito mais do que só ansioso, a minha esposa pode estar em qualquer lugar nesse momento eu não vejo ela desde aquele dia com a Sol.
Eu estou muito preocupado agora irmã a minha esposa pode estar em qualquer lugar, eu não sei do que é essa mulher é capaz então eu acredito que ela possa fazer qualquer coisa, até porque que tipo de maluco se passa pela própria irmã e tenta roubar a sua identidade e até dormir com o marido dela.
A falsa Patrícia, no caso a Elisa ainda não voltou para casa, não sei quando ela volta, porém eu preciso fazer alguma coisa para descobrir onde está minha esposa, eu não tenho ideia de como tudo isso vai acontecer, e não tenho a mínima ideia de como eu vou conseguir encontrar a Patrícia. Ela não está com o pai não está aparecendo no trabalho então o que me resta pensar é que ela pode estar em perigo, até porque como essa pessoa iria substituí-la se existisse o risco dela voltar?
Eu me sinto um completo me sinto um lixo humano me sinto imbecil, é muito provável de que a última vez que eu vi a minha esposa, tenha sido daquele jeito, deitado na cama de uma outra mulher. Eu sei que eu não fui culpado disso, que eu fui drogado e também fui vítima por ter acreditado no arrependimento sincero da Sol. É muito provável que a minha esposa ainda acredite que eu tenha tido algo com a Sol, e isso está me machucando muito nesse tipo de coisa que me faz sentir como se eu estivesse morrendo por dentro.
Subi as escadas rapidamente apenas cumprimentei a Dona Marta sem muita conversa, eu não quero que ela perceba nada, como eu já disse antes ela é uma senhora de idade, não sei se ela aguentaria esse tipo de baque, ou esse tipo de confusão, então eu prefiro evitar.
Eu estou muito nervosa não quero que a Dona Marta perceba que eu estou me sentindo mal ela me conhece muito bem a ponto de saber quando eu estou fingindo estar bem, eu apenas disse a ela que eu estava cansado ela disse que iria preparar alguma coisa para eu comer, entrei no meu quarto me sentei na cama e comecei a pensar.
Eu preciso arquitetar algum plano, para desmascarar essa mulher que vive se passando pela minha esposa, é muito difícil imaginar uma coisa dessas. Acho que ninguém pensa que esse tipo de situação realmente venha a ocorrer em algum momento da vida.
Me sinto exausto, estou ficando cansado de tudo isso, cansada das mentiras, cansados e de toda essa falsidade, cansado de toda essa situação catastrófica. Eu não aguento mais e não estou morrendo de saudade da minha esposa, eu nunca pensei que a última vez que eu a vi seria daquela forma, eu nunca imaginei que eu iria me apaixonar tão profundamente por uma pessoa siga uma mulher tão incrível que faz os meus dias serei mais feliz, que apenas ver o seu sorriso pela manhã me faria um homem tão dedicado a fazer ela feliz.
Fui tomar um banho para ver se me acalma, Na verdade eu peguei essa mania da Patrícia, toda vez que ela precisa liberar suas emoções ela vai fazer isso debaixo do chuveiro, ela me disse que sente que a medida em que a água escorre pelo seu corpo vai levando junto com ela todas as tristezas e energias ruins direto para o ralo, a primeira vez que eu vi isso eu achei que era pura baboseira, mas depois de um tempo eu consegui enxergar esse lado mais emocional, eu consegui perceber o quão é importante para nós seres humanos sentir as nossas emoções, aprender a lidar com elas e resolver qualquer tipo de conflito psicológico que a gente tem com nós mesmos.
Eu consigo agora fazer isso, deixei as minhas emoções e escorrer pelos olhos em formato de Lágrimas tristes, eu me sinto muito sufocado, porque eu não sei onde está a minha esposa, eu amo demais não sei o que eu faria sem ela na minha vida. Eu não consigo imaginar como seria a minha vida sem a Patrícia, como seria triste e deprimente passar o resto dos meus dias sem o amor da minha vida ao meu lado.
Eu saí do banheiro com um plano em mente, eu vou descobrir onde está a minha esposa, eu vou coagir a Elisa.
***
Depois de ligar para a Elisa, dirigi até o ponto de encontro com a minha suposta esposa. O meu plano é muito simples, eu vou interrogá-la de maneira sutil, eu quero descobrir o plano dela, e quero descobrir aonde ela vai realmente quando disse que vai visitar o pai ponto chegando no restaurante, pedi uma mesa avisei ao hostess que eu estava esperando por alguém, nesse caso a irmã gêmea do mal da minha esposa.
Eu escolhi uma das minhas mesas favoritas, já vem com a Patrícia aqui, no caso a minha esposa de verdade acho que é um ótimo lugar para interrogar a Elisa sem que ela desconfia de nada, vou com papinho de sempre sendo o marido perfeito que sempre fui, o Gabriel amoroso e muito gentil de sempre.
-Oi meu amor!-A psicopata que eu chamei de esposa durante as últimas semanas falou com sorriso falso.
-Oi Pati, que saudades minha vida.-eu segurei para não vomitar, por fora eu parecia normal, mas por dentro eu estava segurando a fera.
Nós nos abraçamos, até o perfume dela me enoja nesse momento. Mas eu preciso manter a pose por causa da Patrícia, eu preciso manter a farsa de marido perfeito.
Sentamos e fizemos o pedido. Então eu comei os joguinhos.
-Vinho branco amor? Faz um tempo que não te vejo tomar o seu vinho tinto favorito, qual era mesmo o nome? -eu perguntei.
-Eu não gosto mais de vinho tinto meu amor! Decidi refinar o meu gosto ainda mais. Às pessoas mudam. -ela respondeu de forma soberba
-Ah, entendo, verdade meu amor.- eu respondi, ela conseguiu desviar o assunto e não me respondeu a pergunta sobre o vinho. Eu preciso confirmar as minhas suspeitas de uma vez por todas.
O pedido chegou, nós começamos a comer e eu continuei o meu jogo.
-PATRICIA! -Eu gritei e a assustei o suficiente para que pulasse da cadeira de forma parcial.
-Ai Gabriel! Para que isso, hein?- ela perguntou se estava limpando pois derrubou um pouco de comida.
-Amor, isso é molho pesto!- Eu falei com os olhos arregalados.
-Sim , eu sei, mas o que isso tem demais para fazer você gritar? - ela falou.
-Molho pesto com nozes, ta maluca?- eu falei ainda parecendo surpreso.
-Maluca, porque meu amor?- ela perguntou super confusa.
-Você é alérgica Patricia! O que que deu em você, em? -eu perguntei.
-Ah, nossa, onde eu estava com a cabeça, eu nem me lembrei sobre isso.- ela falou , meio acanhada. Peguei você! A Patrícia nunca foi alérgica a nozes,na verdade isso não passou de um teste, e adivinha? A Elisa não passou.
-Toma, troca comigo.-eu falei e dei a ela o meu bife.
Continuamos o almoço, e durante todo ele eu continuei perguntando e pressionando ela da forma que pude, da forma que conseguia, eu cheguei até a perguntar mais sobre a mãe dela, falei sobre o pai, e até mencionei memórias sobre nós dois que nunca existiram com a Patricia, e como essa impostora não sabia se eram verdadeiras, ela apenas confirmou cada uma delas.
A gota d'água para ela foi eu ter mencionado sobre o fato de que talvez ela tivesse uma prima distante que fosse a cara dela. Ela estava com certeza muito desconfortável com as minhas perguntas.
Ela estava desconfiada e acredito, porque nunca fui tão evasivo com as minhas perguntas antes.
-Amor, eu preciso usar o banheiro, tá?- ela se levantou e pegou a bolsa e foi em direção ao banheiro.
Depois de dez minutos eu recebo uma ligação de Gael
-Oi mano, o que foi?- eu falei ao atender o telefone.
-A “Patrícia” fugiu, estou dirigindo atrás dela.- ele respondeu e eu continuei comendo tranquilamente.
Sim, eu já previa isso, então eu liguei para o Gael, chamei ele e mais algumas pessoas que trabalhavam para mim, eles estavam em carros separados, prontos para o ataque, também tinha algumas pessoas disfarçadas dentro do restaurante.