Capítulo 81
1620palavras
2024-04-16 22:30
Elisa
Hoje é o dia em que o fim começa, o meu plano está finalmente caminhando para se concretizar, hoje meu pai vai receber uma visitinha surpresa, depois de tudo que eu passei para conseguir o meu final feliz eu posso descansar de novo, bom vou descansar com o Gabriel nas Maldivas quando o meu plano se realizar.
Antes de sair de casa hoje cedo falei para o meu marido que faria outra visita ao meu pai doente dessa vez eu inventei para o Gabriel que depois de tanto eu pressionar ele, ele tinha aceitado se internar em um hospital para fazer os tratamentos necessários para melhorar sua saúde, o meu maridinho ficou todo feliz pelo meu pai e por mim e dessa vez ele nem reclamou por eu passar tanto tempo na casa do meu pai, como já disse muitas vezes está tudo dando certo conforme o planejado, o Gabriel está obcecado por mim, e todos os idiotas que se dizem amigos da minha irmã nem sequer notaram alguma diferença todos me amam e me idolatram e até disputam pela minha atenção, coitados, esses idiotas pensam que eu realmente gosto deles.
preparei uma bolsa pequena como sempre para não causar suspeitas para o Gabriel, e dessa vez dirigi até a casa do meu pai, essa vai ser a primeira vez que eu vou ver o meu pai verdadeiro frente a frente, a última vez que o vi foi quando minha mãe me levou com ela mas eu não me lembro disso a minha mãe me contou depois que eu insisti “carinhosamente” que ela me contasse tudo, mais depois que ela passou um tempo sem comida e água ela cantou como um passarinho e me contou tudo.
Antes de ir a casa dele passei em uma loja de construção e comprei alguns produtos para caso ele não facilite no processo.
Cheguei ao condomínio de luxo em que ele ainda mora, já passei por aqui quando descobri que era aqui que ele e a Patrícia moravam mas não tive coragem de entrar, mas dessa vez eu tenho que fazer isso.
Depois de estacionar o carro caminhei até a porta da frente e apertei a campainha, esperei um pouco, eu estava nervosa afinal era a primeira vez que veria ele e falaria com ele, poderia perguntar porque ele nunca me procurou mas agora tenho que manter as aparências, quando chegar a hora eu pergunto o que for necessário.
Depois de dois minutos agonizantes ele abriu, e me olhou por alguns segundos, ele me abraçou, pela primeira vez meu pai me abraçou, bom talvez ele já tenha feito isso antes quando eu era um bebezinho inocente mas é claro que não lembro disso, ele me abraçou apertado e eu o abracei de volta.
-Filhinha, que bom te ver, que surpresa boa!
-oii pai.
-Vem entra filha, a casa é sua.-ele saiu do caminho para eu entrar primeiro, a primeira coisa que eu vi foi o grande lustre no teto e as pinturas caras na parede, ver isso me fez perceber que ele poderia ter me encontrado se quisesse, quem sabe ter contratado um detetive particular para me encontrar, afinal sou a filha dele, e tenho direito a tudo aqui tanto quanto a minha irmã, ele não teve o mínimo de consideração.
-Me diz filha qual o milagre da sua visita, a meses você não me responde, eu fiquei preocupado, te liguei e mandei mensagens várias vezes mas você não respondia, até pensei que poderia estar com raiva de mim e parei de ligar para te dar um espaço, mas pelo visto você deve ter sentido pena do seu velho pai.-enquanto ele falava nós caminhávamos para a sala, a mansão onde ele vive onde só a Patrícia foi criada é enorme, ao chegar na sala me sentei no sofá e ele na poltrona do meu lado, ao sentar ele finalmente calou a boca e parou de tanto mi mi mi sobre o abandono da filha de ouro dele.
-Eu sei que passei muito tempo sem responder, é que não estava com cabeça para falar com ninguém, eu e o Gabriel temos tido problemas.
-Sinto muito filha! a culpa disso tudo é minha se eu não tivesse te obrigado a se casar com o Gabriel,você seria mais feliz com quem escolhesse, eu sou um péssimo pai, eu sinto muito Patrícia.- O velho começou a chorar, eu poderia ter ficado surpresa com o que ele disse sobre o casamento forçado, mas já faz muito tempo que sei disso, Foi uma das primeiras coisas que a Patrícia me contou por comida.
-Não chora pai, na verdade esse problema não tem nada haver com o senhor, foi o próprio Gabriel, ele me traiu!-A cara de tristeza se transformou em uma cara de ódio supremo e surpresa.
-O que? como aquele moleque teve coragem, ele deve tá querendo levar uma surra mesmo! eu vou ter uma conversa com ele, eu vou fazer ele aprender a te respeitar!!!-ele levantou da poltrona furioso se preparando como se fosse mesmo bater no Gabriel, que patético, até parece que esse velho vai conseguir bater em um homem como o Gabriel.
-é sobre isso que vim conversar então se acalma por favor, na verdade eu resolvi perdoar ele mas ainda não voltei a confiar nele como confiava antes, então gostaria de saber se pode conversar, mas só conversar sem bater nele, só pra ele saber que tem que me respeitar esse tipo de coisa assim ele vai ficar ciente que caso aconteça de novo não vai voltar a me ver nunca mais na vida dele, eu não tenho coragem de dizer isso, mas acho que se você dissesse ele entenderia melhor pai, o que acha você pode me ajudar?- ele sentou de novo, só que agora mais calmo.
-É claro filha, como você quiser, faço qualquer coisa por você princesinha!
-obrigada pai,bom nesse tempo em que eu descobri que ele estava me traindo eu saí de casa e comecei a morar em outra casa.
-Por que não veio para cá querida?
-Eu queria ficar sozinha para pensar pai, não queria ver ninguém ou falar com ninguém, mas o que eu estava tentando dizer é que eu ainda não voltei a morar com o Gabriel depois de perdoá lo e ele quer que eu volte a morar com ele o que é muito compreensível já que estamos casados, mas eu não quero voltar sem que ele saiba dos termos, e é aí que você entra, quando ele for me visitar você vai estar lá para conversar com ele ai depois pode me ajudar a arrumar minhas coisas para levar de volta para a casa do Gabriel que tal?! vai ser legal passar mais tempo com você também senti muita saudade.-disse as palavras certas para alguém tão carente de atenção feito esse velho babão.
-Claro, por mim tá fechado!
***
Já que gente velha é bastante lenta eu expliquei para o meu pai que tínhamos que ir para a minha casa hoje porque o Gabriel me visitaria mais tarde, ele logo foi até o quarto arrumar uma malinha para a sua estadia, mal sabe ele que caiu na minha armadilha.
Quando ele tinha finalmente acabado de dobrar as roupas, pegar a escova de dente, pegar o sapato que gostava e um livro que estava lendo, levou quase uma hora, ele até ligou para o trabalho avisando que ia passar um tempo fora, já facilita meu trabalho quando ele sumir, ele demorou tanto tempo que deu para eu fazer um lanche e um tour pelo quarto da minha querida irmãzinha, o quarto era tão sem graça quanto ela, bom o resto da casa era lindo e enorme, vai ser incrível quando ela ficar pra mim depois que o velhote bater as botas, é claro que ele não tem ninguém então eu com certeza vou herdar essa casa, que já é minha por direito é claro.
Nós saímos da casa ele trancou tudo e depois fomos para o meu carro, e entrou colocou o sinto e eu dirigi em direção a casa onde o resto da família estava à nossa espera.
Depois de algumas horas nós chegamos a ansiedade estava a todo vapor correndo pelas minhas veias, eu estacionei o carro e nós descemos.
Ao ver a casa o meu pai ficou surpreso, e falou que a casa era muito velha, eu falei para ele que escolhi essa casa porque era afastada, silenciosa e barata, um lugar sossegado para estar, o que era verdade, mas ele ainda não sabia porque exatamente.
Entramos na casa o meu pai colocou a pequena mala no sofá, ficou confortável assim que entrou então tirou os sapatos e ligou a televisão, eu fui para cozinha preparar a refeição para nós dois, bom a do meu pai iria com uma dose cavalar de boa noite cinderela, depois de preparar aquele jantar tão especial eu servi a mesa nós dois comemos e conversamos depois de alguns minutos eu falei para ele que tinha um lugar que queria mostrar para ele, falei que era estranho e que não queria ir sozinha, ele me acompanhou sem reclamar, levei ele até o porão depois até um dos quartos de hóspedes do andar de baixo da casa ele já estava fraco e tonto então ajudei ele a se sentar na cadeira depois de alguns minutos falando embolado ele apagou na própria cela.
Eu o amarrei na cadeira, de uma forma que ele não poderia se soltar, com algemas, essa foi a coisa mais fácil que eu fiz ele veio por conta própria para a própria sepultura, tranquei a porta e voltei para a sala para assistir um pouco, estou feliz, falta pouco para conseguir tudo o que eu quero.