Capítulo 78
1590palavras
2024-04-16 22:17
Elisa
Depois de convencer o Gabriel que estava saindo por um tempo para cuidar do meu “papai” ele ficou calminho e não reclamou com a condição que eu atendesse na hora quando ele ligasse, que sufocante, mas essa foi a minha moeda de troca.
Chegando até a casa velha eu respirei fundo, finalmente poderia ser quem eu realmente sou! Estacionei o carro e entrei na casa, fiz o mesmo processo que das outras vezes, tranquei a porta, deixei tudo que trouxe em cima da cama, fui até a cozinha comer algo, estava morrendo de fome, e se eu estava a esse ponto imagina como estava as minhas inquilinas favoritas, preparei uma refeição reforçada dessa vez, fiz churrasco, na verdade só eram algumas carnes assadas, mas dava para chamar de churrasco, uma lasanha de carne moida e molho de tomate, um empadão de frango com catupiry, vitamina de frutas vermelhas, salada, e um frango assado, tudo isso com direito a sobremesa bolo de chocolate com brigadeiro e sorvete sorvete. Bom não tinha todos os ingredientes aqui então eu fui a um mercado próximo, você deve estar se perguntando porque tanta comida? não seria mais fácil continuar dando pão e água para a Patrícia? Bom seria bem mais fácil mas é mais fácil conseguir respostas de famintos com boa comida e não lixo. arrumei um prato de cada comida em uma bandeja e desce até o quarto da minha querida irmã.
coloquei a bandeja em um carrinho, parecido com aqueles que se usa em hotel para servir as refeições no quarto, destranquei a porta e abri, deixei o carrinho com a comida no corredor, quando entrei a Patrícia estava deitada na cama, de costas pra mim, encolhida em posição fetal, foi bizarro.
Oii Irmãzinha, sentiu minha falta?-sem resposta, ela continuou imovel na cama, ou não queria me responder ou estava morta.
Não vai mesmo me responder?-nada ela continuou sem se mexer na cama. depois de dois minutos notei que ela estava respirando bem divagar, ou estava fingindo ou estava desmaiada.
Eu trouxe algo para você não quer saber o que é??- ela continuou parada, então resolvi me aproximar, deixei a chave da porta em cima da mesinha e me aproximei da cama.
Fiquei em frente a cama vendo ela de cima, ela continuou parada, ela estava com olhos aberto sem piscar como se estivesse paralisada, seus olhos estavam vermelho,pelo visto parece que alguém andou chorando, ela estava abraçando os joelhos com força, eu balancei a mão na frente do seu rosto e ela nem piscou.
Olaa!!!-nada de resposta.
Decide mostrar a comida pra ela, talvez assim ela reaja, virei as costas e do absoluto nada a Patricia pulou em mim e segurou o meu pescoço, colocou o braço com a corrente ao redor do meu pescoço para tentar me enforcar.
Então agora você reage né sua vagabunda!!!-comecamos a lutar, ela estava dando tudo de si enquanto tentava me enforcar, eu usei os meus braços para socala algums acertei e outros não, mas mesmo depois dos socos ela continuava presa como um carapato no meu pescoso, então para acabar com isso de uma vez eu agarrei as duas pernas dela e puxei para frente com força, ela se desequilibrou e caiu na cama, eu me afastei da cama tentando recuperar o folego eu levantei de vagar e me encostei na porta de entrada do quarto.
Nossa! dessa vez você me surpreendeu! não esperava que fosse tão bura! o que esperava conseguir com isso?
FUGIR!-ela sentou na cama com uma cara de raiva como se fosse explodir por dentro.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Você é louca me deixa sair daqui!!!!
Meu deus você é tão engraçado, nem consigo acreditar, mas acho que podemos esquecer o que acabou de acontecer se você me ajudar, que tal, vai ser muito melhor pra você se ficamos do mesmo lado.
NÃO!
Não? e que tal eu matar você agora?!
Vá em frente, me mate logo, vai ser melhor do que apodrecer aqui!
Como tem coragem de blefar em um momento como esse?! quer saber, que seja!- andei até o corredor, peguei uma faca que estava junto a bandeja de comida e voltei para o quarto, assim que entrei a cara da Patrícia mudou de raiva para medo em um segundo ela estava prestes a chorar.
Aposto que você já conheceu a sua colega de quarto, certo?!-Ela ficou calada e pânico puro cobriu o seu rosto.
A nossa mamãezinha está aí do lado e acho que está na hora de voce vê la pessoalmente, bom mesmo que seja a última vez, porque eu vou matá-la na sua frente e o sangue dela vai jorrar pelo por todo o quarto e cobrir o seu rosto e as paredes, e essa vai ser a última memória que você terá dela!-ela começou a chorar desesperadamente.
Não por favor!!! Eu te ajudo no que você quiser, mas por favor não faça nada com ela!!!- ela estava chorando e soluçando, eu cruzei os braços e continuei olhando para ela.
Não sei não, você merece um castigo pelo o que tentou, não acha?!
Certo, você tem razão, me castigue, mas não mate ela por favor!!!- ela ainda estava chorando, até deu um pouco de pena dela, como ela pode se importar tanto com a nossa mãe que nem sequer criou ela?!
Vamos fazer um acordo.-ela continuou me ouvindo com atenção.
eu vou fazer perguntas para você, toda vez que você me ajudar com a melhor ideia possível, você e ela ganham comida.Mas se você não contribuir, cada vez que você não responder eu machuco a nossa mãe, mesmo sendo difícil para mim é o que eu tenho que fazer para conseguir as respostas verdadeiras de você irmã, sabe disso não é?-ela parou de chorar e me olhou com medo, mas concordou com a cabeça.
Espera aí que eu vou trazer o prêmio, você vai amar!!!- voltei para o corredor, e chequei o carrinho para ver se estava tudo certo, as comidas estavam todas arrumada nos prato e tampadas, bom me sinto mais tranquila agora que essa briga já passou afinal toda família tem problemas, e agora com esse acordo sei que a minha irmã querida vai se comportar. empurrei o carrinho para dentro do quarto e deixei ele parado antes da mesinha para que ela pudesse ver mas não tocar.
Vamos lá o jogo vai começar! Valendo uma fatia de lasanha- eu tirei a tampa de cima do prato de lasanha, a boca dela abriu, ela colocou a mão na barriga e respirou fundo, estava quase babando, a fome deve ter aumentado depois de ver esse prato maravilhoso na sua frente, o cheiro da lasanha que ainda estava morna infiltrou todo o quarto, os olhos da minha irmã estavam lacrimejando ela começou a passar a língua pelos lábios, como um leão faminto em frente a presas fáceis.
Se ficou assim com a lasanha, vai chorar quando ver o resto dos pratos.-fui abrindo um por um cada vez que abria ele tentava se aproximar dos pratos, ficou com a boca aberta o tempo todo.
Vamos começar?!
vamos.-ela falou claramente com fome e com um pouco de medo do nosso joguinho.
***
Primeiro eu perguntei o que ela fazia para deixar o Gabriel calma e feliz, ela respondeu na hora e implorou por um pouco de comida, mas tive que continuar as perguntas porque se ela ficasse com a barriga cheia antes da hora poderia não colaborar, fiz mas algumas perguntas que ela respondeu sem exitar, então falei para ela escolher um dos pratos, ela escolheu o empadão então dei a ela, depois sentei e assisti ela devorar a comida como se fosse um animal, como o Gabriel pode ser tão obcecado por isso?!
Tá bom agora as perguntas vão valer pela sobremesa, e pelo jantar da nossa mãezinha, e também se tiver boas ideias um estoque de água para cada, água pra cada a vontade.-ela olhou para mim toda feliz e esperançosa.
O faria o Gabriel confiar em mim de olhos fechados?
Vocês não estão se dando bem?
Eu faço as perguntas aqui!
eu não sei, ele só confia, nunca pensei nisso antes.
Bom é melhor pensar direitinho na sua resposta, você já sabe quais serão as consequências caso eu não goste da sua resposta! Ela está aí do lado ouvindo tudo calada com medo, ela prefere ouvir outra pessoa sofrer ao invés de se sacrificar diferente de você Pati.
Depois de minutos pensando, ela me contou o que faria em meu lugar, falou tudo o que deveria dizer e fazer, detalhe por detalhe, eu sei que com essas instruções eu vou virar a esposa perfeita pelos olhos do Gabriel e logo logo vou poder finalizar o meu plano.
Você merece sobremesa! aqui o bolo, vai querer sorvete?
***
Depois de dar de comer para a minha mãe e minha irmã eu desce o carregamento de água e comida não perecível, tinha o suficiente para durar pelo resto da vida delas coloquei em uma área que cada uma poderia alcançar tanto a água quanto a comida, também divide o banquete que fiz mais cedo para nos trez, uma parte pra mim porque eu mereço, e outra parte para cada uma delas, elas também merecem, sabe em alguns corredores da morte os prisioneiros recebem sua refeição favorita no dia da execução, como uma despedida honrosa essa refeição é quase a mesma proposta mas ainda falta um pouco para a hora delas chegarem, que sabe eu compre a comida favorita de cada uma, se eu estiver de bom humor é claro.