Capítulo 28
1818palavras
2024-02-05 07:37
Capítulo 28
Gabriel
Cheguei em casa mais cedo, depois de almoçar com a minha esposa não consegui parar de pensar nela, fui para empresa resolvi apenas algumas pendências, eu tive duas reuniões, porque como passei muito tempo fora,eu tinha que saber como a empresa estava e eu precisava saber o que de mais importante tinha acontecido, como esperado estava tudo em ordem, o tempo que passei fora não fez com que tudo se desequilibrasse, o que é ótimo, porque eu posso dar um jeito de ficar mais tempo com a minha esposa.
Eu voltei o mais rápido possível para casa, porque eu já estava morrendo de saudade da minha princesinha, ao chegar em casa não a encontrei no sofá como de costume, perguntei a Marta se estava indo tudo bem, a Marta estava na cozinha fazendo o jantar, e como sempre o cheiro estava maravilhoso, eu amo a comida dela, afinal eu cresci comendo a comida da dona Marta.
Falei com a Marta, perguntei sobre a minha esposa e fui procurar por ela. Subi as escadas, fui até o escritório e deixei a minha maleta em cima da minha escrivaninha, ao lado do meu notebook. Sai do escritório, fechei a porta e então eu fui até o nosso quarto, a porta estava aberta, entrei e encontrei a minha doce e amada esposa dormindo jogada na cama, a uma hora dessas já usando pijama.
Eu fiquei observando ela por alguns minutos, mas depois me aproximei e eu fiz carinho em seus cabelos, nossa como ela é linda, a minha esposa é com certeza a mulher mais linda que eu já vi na vida. Com certeza não é a mais paciente e recatada, mas com certeza é a mulher mais linda que os meus olhos puderam apreciar. Nunca tive um relacionamento sério dessa forma, claro eu tive o lance com a Sol, mas da minha parte não foi tão sério, apenas por um instante eu levei a sério,ela tinha acabado de me dizer que iria estudar fora, e eu como um idiota pedi ela em casamento, na epóca eu não era tão maduro, e pelo fato de que a Sol e eu nos conheciamos a algum tempo, eu achei que eu teria algum tipo de responsabilidade com ela. Mas ainda sim, nunca senti nada igual ou sequer parecido com o que eu sinto pela minha esposa.
A minha doce e amada esposa acordou depois de alguns beijos que eu dei nela, eu não consegui resistir, aquela criaturinha babona dormindo toda torta jogada na cama como se fosse uma criança ou um filhote de gato dengoso. A Patrícia acordou com um sorriso gigante, o que me deixou mais abobalhado ainda por aquela mulher.
Eai gatinha,beleza?-eu disse jogando o meu maior charme.Ela riu com a minha expressão cômica de conquistador.
Que horas são?-ela perguntou depois de me dar um beijo suave nos lábios.
Está na hora do abraço de urso.- eu gritei e abracei ela com todo o meu corpo e nós rimos muito. Eu me sinto tão feliz e aliviado ao saber que ela está ao meu lado todos os dias, e agora eu tenho uma segurança maior por saber que ela quer estar aqui comigo.
Está com fome?-eu perguntei a ela depois que paramos abraçados jogados em uma posição nada boa para as nossas colunas na cama.
Para falar a verdade estou morrendo de fome!- ela respondeu com um sorriso gigantesco.
Então vamos comer!- eu respondi.
Você não quer ir tomar um banho primeiro?-ela perguntou para mim.
Porque? Eu estou fedendo?-eu respondi cheirando as minhas axilas, e ela riu novamente.
Não é isso, é apenas um costume que eu tenho , desde sempre eu acho.Eu gosto de tomar banho antes de sair de casa, e depois de chegar em casa.-ela respondeu.
Então eu vou seguir o seu exemplo, te encontro lá embaixo ?- dei um beijo na testa da minha esposa mas quando olhei novamente para o seu rosto ela parecia um pouco pálida e assustada como se estivesse nervosa com alguma coisa.
Claro, vou ver se a dona Marta precisa de ajuda- ela se afastou em direção a porta.
Espera!,Pati, tá tudo bem? Você parece nervosa.-ela me encarou e abriu a boca como se fosse falar alguma coisa e depois de alguns segundos, ela balançou a cabeça para os lados fazendo um leve sinal de negação.
Meu amor, você sabe que pode me contar qualquer coisa não é?
É claro que estou bem, não se preocupe, não tem absolutamente nada de errado comigo, sério. Se tivesse, eu contaria, sabe que nunca mais iremos esconder nada um do outro, então, por favor, não se preocupe, tome seu banho tranquilo, eu vou estar lá embaixo.-ela deu as costas e quase saiu correndo, ela parecia estar mais nervosa que antes, o que será que ela ta escondendo? Porque agora a pouco ela parecia tranquila, será que ela se arrependeu de estar comigo? Será que ela quer ir embora? Puta que pariu, será que ela se arrependeu de me aceitar?
Ai meu Deus, que besteira eu tô pensando? Ela disse que não era nada, então não é nada, tenho que ficar calmo, pelo menos esse banho vai me ajudar a acalmar esses bangs da minha cabeça.
Tirei tudo que estava vestindo do sapato ao terno, fui até o chuveiro, liguei o registro, a água estava morna o que deixou o meu corpo totalmente relaxado, pelo menos o meu corpo estava relaxado, por que a minha mente não parava de imaginar e de pensar o porque da minha esposa estar tão nervosa, e porque ela saiu daquele jeito? Será que eu fiz algo de errado? MAS QUE MERDA! A minha cabeça até começou a doer,de tanto pensar nessa porra de duvida. O que fez ela ficar assustada tão de repente?
Depois de alguns minutos eu acabei o banho, foi relativamente rápido, graças a minha curiosidade e paranoia ,o que a essa altura já estava me deixando louco, decidi que perguntaria para a Pati o que a deixou tão nervosa pra acabar com essas ideias infernais que invadiram minha cabeça, antes que eu surte de vez, e acabe parando no hospício.
Me vesti casualmente desci as escadas quando cheguei na cozinha a mesa estava posta e a minha mulher estava sentada esfregando as mãos, quando me viu ela sorriu, se levantou e caminhou até minha direção, ao chegar mais perto ela a aproximou mais ainda o seu rosto de mim e me deu um beijo na bochecha esquerda. Eu coloquei o meu braço esquerdo em volta de sua cintura pequena e curvilínea.
Vem senta aqui amor!- ela segurou a minha mão e me levou até a cadeira e se sentou ao meu lado e a dona Marta em frente a ela, ela já comeu conosco antes normalmente quando tem alguma ocasião mais especial, já que normalmente a dona Marta dome mais cedo, essa veia parece que vai dormir junto com as galinhas. Mas o que parecia estranho era a troca de olhares entre a dona Marta e minha mulher, as duas pareciam saber de algo que eu não sei e isso está me deixando muito preocupado, eu já estava meio bugado com o nervosismo que a minha esposa teve a menos de trinta minutos quando estávamos no quarto.
Aaah, tudo parece ótimo como sempre dona Marta, parabéns! - comecei a mexer no prato com o garfo observando a troca de olhares entre as duas mulheres no meu campo de visão. Mas que porra é essa? Elas estão se olhando como se pudessem e como tivessem mesmo lendo a mente uma da outra, meu Deus, ou elas viraram x-men ou ficaram malucas, e por mais que eu adorasse a primeira opção acho que elas estão ficando completamente malucas, pelo menos se eu acabar no hospício a Pati vai estar lá comigo. A dona Marta começou a sorrir para minha esposa, que olhava pra ela com cara de medo,depois a dona Marta começou a fazer o sinal de sim com a cabeça balançando para cima e pra baixo lentamente e de repente a Pati começou a fazer o oposto fazendo o sinal de não com a cabeça balançando para os lados lentamente.
E meu Deus elas não paravam, olhavam para o prato comiam uma colherada, se olhavam e balançavam a cabeça, todo esse showzinho estava me deixando tonto e muito bravo esse bang todo já estava acabando com a minha paciência, quando finalmente a Patrícia quebrou o silêncio.E graças a Deus por isso, foram os piores cinco minutos da minha vida.
Então… eu queria te falar sobre algo que decide mais cedo.-ela falou começou a falar comigo e eu logo tremi.
É que…-ela ficou hesitante, parecia muito nervosa, eu estava mais do que nervoso, essa mina sabe como torturar alguém, e pior alguém quase tão inocente como eu.
Pode me dizer meu amor.-Tentei fazer ela falar, e acabar com a curiosidade que estava me deixando maluco.
Podemos conversar depois do jantar?-ela perguntou para aumentar ainda mais a minha angústia, juro que se eu tivesse problema de coração já teria tido um ataque cardíaco ou um AVC.
Claro meu amor, podemos conversar assim que acabarmos, tudo bem para você?- eu perguntei tentando manter ela mais calma, porque se os dois tivessem nervosos não ia dar muito bom não.
Está sim, obrigada.
O jantar acabou, finalmente eu poderia acabar com a tensão que estava no ar, eu nem aceitei a sobremesa, e olha que eu como muito e adoro comer doces depois do jantar. Fomos caminhar pelo jardim e a Patrícia, vulgo a minha adorada esposa torturadora, resolveu começar a falar, para o meu alívio imediato.
Olha Gabriel…-ela começou a falar e eu fiquei vagamente decepcionado por ela não me chamar de amor.
Eu vou falar de uma vez, porque não quero mais enrolar.-ela disse depois de aparentemente respirar o mais fundo que ela conseguia.
Ok, continue por favor.-eu respondi e as minhas mãos tremiam demais.
Eu conversei hoje com a dona Marta, um pouco com a Geovana e até um pouco com o Gael hoje cedo.-Ela começou a falar, e ao mesmo tempo que ela não queria me enrolar eu começou enrolando.
A dona Marta falou que eu deveria te contar sobre esse desejo que surgiu em mim, afinal somos casados, e a gente está começando uma vida nova sabe… Então eu acho justo começar com muita sinceridade.- Ela continuou enrolando e…
Pera, então você não quer se separar de mim?-eu perguntei depois de perceber que ela havia dito que estávamos começando uma vida agora.
O que? Não. Você pensou nisso? Porque?-ela perguntou, parecendo confusa, e eu a essa altura já estava completamente aliviado e pude sentir a minha respiração que há poucos minutos atrás estava ofegante.
Eu achei que você queria terminar comigo, você pareceria estar nervosa então eu pensei que quisesse terminar…-eu respondi meio sem jeito.
Não eu só queria dizer, que quero começar a trabalhar