Ao retornar à cozinha, ela encontrou Sanchez com os braços cruzados sobre o peito, encostado no balcão, o celular em sua mão e estava enviando mensagens furiosamente.
"Onde está o Frank?"
"Eu disse a ele para ir para casa e voltar para a cama. Eu dou conta daqui pra frente. Minha equipe de segurança está embaixo para nos levar até a minha casa."

"Eu poderia ter voltado para a casa do Frank, ou eu posso ir para a casa da Isabella ou da Jennifer."
"Existe algo na minha casa que você não gosta?"
"Não", ela fez uma careta para ele, "Eu amo a sua casa, mas é sua. Não quero me impor."
"Não é imposição. Eu quero você lá." Ele pegou a bolsa dela com as pontas dos dedos. Quando ela começou a andar em direção à porta, ele a agarrou e a puxou para perto dele. "O que você está fazendo?"
"Eu pensei que estávamos saindo."
"Venha aqui", ele a puxou até que ela estivesse entre suas coxas. "Eu não te vejo faz quatro, quase cinco dias. Você não vai me dar um beijo de oi?"

Ela apoiou as palmas das mãos no peito dele e mexeu nos botões: "um beijo seria bom."
"É?" um canto da sua boca se levantou em um sorriso parcial enquanto ele baixava a boca até a dela.
O suspiro que escapou de seus lábios foi sussurrado enquanto os lábios macios dele varriam os dela. Sua boca se abriu e permitiu a língua insaciável dele enquanto ele a beijava vorazmente. As mãos dela subiram pelo peito dele até achar a nuca e segurar sua cabeça firme na dele, sua própria língua deslizando ansiosa para se emaranhar com a dele e saborear o que tinha estado ausente por dias. Ela estava sem fôlego quando ele quebrou o beijo e seus lábios ainda estavam quase se tocando, a respiração deles se misturando entre eles.
"Devemos ir antes que eu te coloque no balcão da cozinha e o Enrique use filmagens para nos chantagear."

"Muito engraçado," ela fez uma careta ao se afastar dele.
Ele esperou que ela trancasse o apartamento antes de seguir para o elevador no final do corredor, segurando firmemente a mão dela na dele. "Podemos concordar que você fique comigo até resolvermos essa confusão com eles? Ainda não entendo qual era o objetivo final do Enrique. Não há como ele poderia ter sabido que você alugaria um apartamento durante o fim de semana. Então, apesar do comentário do Frank no vídeo, enquanto eu não duvido que ele fez algo no seu apartamento, não é por isso que ele tentou me tirar da cidade."
Quando estavam no banco de trás do Escalade, ela teve um pensamento.
“Você acha que, conhecendo o quanto um vídeo causou caos no último fim de semana, ele poderia ter tentado colocar você em uma situação comprometedora com a atriz?”
“É um bom palpite e um que considerei, mas ela queria voltar para o meu quarto de hotel, não para o dela. Meu quarto de hotel estava livre de qualquer dispositivo de gravação. Minha equipe foi meticulosa.”
“Você acha que ele entrou na sua casa aqui?”
“A única pessoa que entrou e saiu da minha casa desde que saí no sábado de manhã foi uma morena linda que, no final da tarde, entrou, deixou uma chave e um bilhete ousado no meu balcão e saiu.” Ele a abraçou enquanto ela o olhava surpresa. “Como estava fora da cidade, deixei a segurança em pleno funcionamento em todo o lugar. Era constantemente vigiado com transmissões ao vivo diretamente para minha equipe de segurança. A casa inteira é à prova de invasão.”
“Você disse que eu poderia entrar a qualquer momento.”
“E eu estava falando sério. Meu segurança viu você dirigindo até a entrada de carros.”
Ela balançou a cabeça incrédula. “Eu nem vi eles.”
“Mas eles notaram você,” ele piscou.
Ela repousou a cabeça em seu ombro. “Obrigada por ter vindo esta noite. Mesmo que tenha se tornado um caos, eu estou feliz que você decidiu vir ficar comigo.”
“Eu senti a sua falta, Yasmin.” Ele levantou seus dedos e os beijou. “Você é importante para mim e quando estamos separados não consigo parar de pensar em você. Chame do que quiser, exclusivo, namoro, compromisso, qualquer coisa, tudo, isso é o que somos.”
“Eu gosto do som disso,” ela fechou os olhos enquanto o cansaço começava a atingi-la. “Não acredito que estou aqui fora, no meio da noite, de camisola e roupão.”
“Não acredito que aquele idiota tentou entrar na sua cama.”
“Ele não tentou, Sanchez, ele entrou.” Ela fez uma careta. “Eu não dormi bem nas últimas noites porque estava preocupada sobre como você reagiria quando eu te contasse que chequei suas atividades online. Falar com você me tranquilizou e eu caí no sono pesado. Eu,” ela corou, “eu estava sonhando com você. Eu estava entre acordada e sonhando e estava sendo acordada. Eu podia sentir as alças da minha camisola descendo e ele beijando minhas costas e eu pensei, na minha mente meio acordada, que era você.”
Ela observou os olhos dele se fecharem enquanto a cor subia às suas bochechas. Ele estava furioso.
“Eu senti o cheiro do seu perfume e então senti a mão dele no meu quadril, e eu sabia que não era você. Eu saí correndo da cama. Ele estava nu, Sanchez. Estava nu e me dizendo para voltar para a cama com ele. Ele continuava dizendo que se fizéssemos amor, eu lembraria de como era bom." Ela enxugou uma lágrima no rosto enquanto considerava as palavras de Rafael. “Ele continuava insistindo que sabia que você e eu transamos, mas que não tinha conexão emocional ou alguma besteira do tipo. Disse que me deixaria me divertir, mas que quando acabasse, ele estaria lá esperando."
"Que idiota," Sanchez apertou o punho no colo, amassando a perna da calça. "Eu quero bater nele até domingo."
"Ele não se vestia. Ele me seguiu até a cozinha completamente nu. Eu continuava dizendo para ele colocar a maldita roupa e sair, mas ele queria conversar, e queria fazer isso nu. Agora tenho uma memória incrivelmente detalhada dos ladrilhos do meu chão para evitar olhar para ele enquanto ele continuava falando sobre como foi chantageado pela minha irmã para transar com ela.”
"Você está bem?" ele perguntou calmamente, envolvendo o braço em torno do ombro dela e a segurando perto. "Eu sei que você já o viu nu mil vezes, mas isso foi assédio, Yasmin. O que ele fez foi assédio. Entrar na sua cama sem ser convidado, nu, e tocar o seu corpo foi assédio."
"Estou bem. Estou mais irritada do que qualquer coisa. Eles criaram a situação, então por que não podem me deixar fora disso.” Ela deu uma risada sarcástica, "embora eu acho que sei por que Alyssa está tão em cima de mim."
"Por que isso?"
"Ele disse que não teve relações sexuais com ela desde Turks e Caicos."
"Sério? Você acredita nele?"
"Não sei. Acho difícil acreditar em qualquer coisa que ele diz, mas se for verdade, então explica por que ela agora tem ressentimentos de mim. Ela não conseguiu o que queria." Ela esfregou os olhos sonolentos, "ela me mandou uma mensagem hoje de manhã quando eu tinha os carregadores e Frank me ajudando a montar meu novo apartamento para me dizer que estava irritada comigo porque o quarto do bebê dela vai ficar em um condomínio e não na casa dos sonhos dela e eu roubei do meu sobrinho uma infância maravilhosa."
"Você sabe que ela é louca, certo?"
"Sim. Não sei o que aconteceu na cabeça dela in utero, mas ela nasceu da barriga da minha mãe louca."
Ele riu de suas palavras. “Você era próxima dela?”
"Sim. Eu a adorava quando ela era um bebê. Eu tinha dois anos quando ela nasceu, e ela era a minha boneca. Eu estava encantada com ela. Minha mãe tem vídeos de mim dormindo no tapete ao lado da cama dela porque eu queria estar bem perto dela."
"O que aconteceu?"
"Quando ela começou a andar e falar, também estava batendo, socando e chutando. Ela pegava tudo que era meu. Se eu construía um castelo de areia no nosso quintal, ela pisava nele. Ela jogava meus tintas no chão. Ela quebrava meus brinquedos. Começamos a lutar quando ela começou a andar. Ela era uma valentona desde que começou a andar. Papai colocava ela de castigo e ela gritava até desmaiar de tanta raiva. Eles a levaram ao pediatra que simplesmente disse que ela tinha uma forte vontade."
"Bem, se ela descobrir que Rafael entrou na sua cama nu, ela vai ficar furiosa," disse Sanchez diretamente. "Ela pode até matá-lo.” Ele fez uma expressão sugerindo algo grande.
Ela riu, "não, mas ela ameaçou mais de uma vez interromper a gravidez, então não sei se quero contar a ela."
Quando o carro chegou ao portão dele, ele apertou a mão dela. "Lar, doce lar."