Quando Edwiin e Kelsey entraram no castelo, Sid estava à espera deles no saguão.
"Eu recebi sua mensagem", disse Sid, segurando seu celular. "O que está acontecendo?"
"Acabamos de descobrir que o Avery tem feito reuniões secretas e incitado rebeliões", disse Edwiin. "Ele deve estar dizendo ao povo que meu pai está mentindo numa tentativa de usurpar o trono."
"Onde?" Perguntou Sid. "Eu levo alguns homens comigo e o busco."
Edwiin balançou a cabeça. "Eu não sei exatamente onde, mas está em algum lugar perto do centro da cidade."
"Eu enviarei alguns homens para darem uma olhada por lá", disse Sid, já indo pelo corredor com o celular no ouvido.
Edwiin pegou seu celular e ligou para Cornelius.
"Onde você está?" Edwiin perguntou assim que Cornelius atendeu.
"Estou inspecionando a casa, já que não estivemos lá há algum tempo. O que está acontecendo?" Perguntou Cornelius. Parecia que ele estava do lado de fora.
Edwiin contou tudo para ele. “Sid está enviando alguns homens para vasculhar a cidade à procura dele neste momento."
"Ótimo", respondeu Cornelius. "Isso pode ser o que precisamos para detê-lo de vez. Agora, se pelo menos conseguíssemos descobrir quem matou Roxanne e Ralph."
Edwiin suspirou. "Avery deve estar envolvido de alguma maneira. Apenas precisamos descobrir como."
Cornelius riu. "Bem, não deve ser tão difícil. Bing está trabalhando para ele agora."
"Ah!" Edwiin lembrou-se de algo. “Desconfiando, fui atrás do histórico de ligações do Bing de novo e Avery ligou para ele um dia antes do assassinato de Roxanne."
"Você tem provas?" Perguntou Cornelius.
　　Edwiin concordou, mesmo que ele não pudesse ver. “Sim. Está num lugar seguro."
　　“Precisamos levar isso para Fletcher."
　　Edwiin balançou a cabeça. “Não, desta vez não. Ele deixou Avery ir dizendo que a declaração de traição era a minha palavra contra a dele."
　　“Mesmo que ele tenha apontado uma arma para você?" perguntou Cornelius. “Isso é deliberadamente colocar em perigo um membro da Família Real!"
　　“Eu sei. De novo, minha palavra contra a dele," concordou Edwiin. “É por isso que vou levar isso para o Comissário Taylor desta vez. Mas desta vez, precisamos de prova. Ele, e você, são os únicos em quem confio."
　　Kelsey pigarreou, cruzando os braços sobre o peito, tendo absorvido tudo.
　　Edwiin revirou os olhos ao colocar a mão em sua bochecha enquanto continuava falando com o irmão.
　　“Você acha que os assassinatos de Roxanne e Ralph estão relacionados?" Cornelius perguntou.
　　“Eles têm que estar," respondeu Edwiin. “Eu sei que estamos chegando perto. Temos que descobrir como os assassinatos estão relacionados."
　　“Sim, antes que mais alguém seja morto." Cornelius suspirou. “Vou trabalhar com Sid para ver se podemos pegar Avery em flagrante."
　　“Me avise o que você descobrir," disse Edwiin. “Vou contar para o Pai agora."
　　“Parece bom."
　　Quando Edwiin desligou o telefone, Kelsey estava começando a se afastar, mas ele a pegou pela cintura e a puxou para ele. “E o que foi isso que você fez enquanto eu estava ao telefone?" Ele beijou o pescoço dela logo abaixo de seu maxilar, fazendo-a rir. “Quando eu disse que apenas confiava em Cornelius e Sid, eu não quis dizer que não confio em você."
　　“Claro, você pode confiar em mim." Kelsey deu de ombros. “Eu sou sua esposa."
　　“Claro." Então seus lábios desceram sobre os dela e a paixão dominou ambos.
　　"Vão para um quarto, já!"
　　Quando olharam para cima, Katherine estava descendo a escada, vestindo um vestido de seda vermelho cheio de flores que destacava perfeitamente sua figura.
　　"Nossa! Você está linda!" Kelsey observou, assistindo enquanto ela descia as escadas. "E aonde você vai?"
　　Um largo sorriso abriu-se no rosto de Katherine. “Tenho um encontro.”
　　"Com Lucien?" Perguntou Kelsey.
　　"Com quem mais?" Katherine perguntou, sorrindo e então deu de ombros. “Ele é o único que eu conheço em Estrea." Então ela abaixou a voz. “Além disso, ele é sexy."
　　Edwiin franziu a testa. "Apenas tome cuidado, Katherine. Eu não quero que você se machuque."
　　Nesse momento, Lucien entrou pela porta da frente, fazendo-se novamente em casa. "E quem vai machucá-la?" Ele inclinou a cabeça para o lado. "Ninguém, enquanto eu estiver com ela."
　　Edwiin também inclinou a cabeça para o lado, estendendo a mão para ele. "Trate-a bem, cara."
　　Depois que Lucien apertou sua mão, ele colocou a mão sobre o coração. “Você, senhor, me feriu mortalmente.”
　　"Estou falando sério." Edwiin não estava brincando. Era assunto de Lucien quando ele saía com outras meninas, mas quando ele namorava uma amiga de sua esposa, então era outra história.
　　Lucien abaixou a voz. "Tenho me comportado muito bem. Eu sou um novo homem."
　　Edwiin revirou os olhos. "Vou acreditar quando eu ver."
　　"Voltem a uma hora decente!" Kelsey provocou, chamando-os.
　　Katherine virou-se e piscou para ela na porta. "Sim, mãe!" Então ela se virou e pegou o braço de Lucien.
"Depois de si, senhora", disse Lucien, segurando a porta para ela. Ele acenou para Edwiin antes de fechar a porta atrás deles.
Edwiin nunca tinha visto este lado de Lucien antes. Ele supunha que era verdade que ele só precisava conhecer a garota certa. Ele só esperava que nenhum deles se machucasse antes que tudo fosse dito e feito. Mas, por outro lado, ambos eram adultos e podiam cuidar de si mesmos.
"Agora... onde estávamos?", perguntou Edwiin, envolvendo seus braços em torno de sua esposa.
Ela tocou suavemente o nariz dele. "Você ia contar ao seu pai o que descobriu."
Edwiin assentiu, mas seu sorriso desapareceu, sua expressão ficou séria. "Kelsey, obrigado pela sua ajuda hoje. Eu não poderia ter feito isso sem você."
Ela ergueu uma sobrancelha. "Há muita coisa que você não conseguiria fazer sem mim."
Ele deu uma risada. "Bem, eu poderia, mas não seria tão divertido." Ele beijou seus lábios de forma sedutora. "O que você vai fazer agora?"
"Acho que vou para o nosso quarto descansar." Kelsey deu de ombros. "Talvez trabalhe na Casa da Shannon."
Ele cochichou contra seus lábios. "Eu gosto da parte do 'descanso'."
Kelsey inclinou a cabeça para o lado. “Tem certeza de que você não se importa que eu abra uma fundação?"
Ele beijou seus lábios delicadamente, sorrindo. “Não, de maneira nenhuma. Eu quero que você tenha algo especial."
Ela pressionou a mão contra o lado de sua bochecha. "Eu já tenho."