Mais tarde naquela noite, Kelsey e Katherine voltaram para a suite no Plaza Hotel. Depois do dia que ela teve, principalmente com a mãe, ela precisava de uma boa e forte bebida. Sem dizer uma palavra, Kelsey foi até o pequeno bar, abriu uma garrafa de rum e preparou para ambas um Rum com Abacaxi. Kelsey tomou o dela direto e depois entregou o outro para Katherine.
Katherine aceitou, mas levantou-se em direção a ela, as sobrancelhas franzidas com preocupação. “Quer o meu também?"
Kelsey balançou a cabeça negativamente, mas rapidamente preparou outra bebida para si mesma. Ela segurou o copo gelado contra a testa, numa tentativa de aliviar a sua dor de cabeça.
Depois de deixar o administrador do hospital, ela passou o resto do dia com Shannon. Ela nunca disse outra palavra à mãe sobre o que havia acontecido, mas ela preferia assim. Não adiantava remoer o que foi dito quando ela sabia muito bem que a mãe iria distorcer tudo e culpá-la. E depois de descobrir tudo o que Edwiin havia feito por ambas, sua irmã e sua mãe, sem que ela soubesse, fez com que ela se sentisse ainda mais ligada a ele.
Katherine acariciou sua mão, chamando sua atenção. “Está tudo bem?"
Kelsey olhou para cima e sorriu. Em seguida, dirigiu-se ao sofá, tirou as botas e se aconchegou.
Katherine se jogou ao lado dela, quase fazendo Kelsey derrubar a bebida. “Okay. Qual é o problema? Desabafe. Se é a Shannon—"
“Não, não é. Estou aliviada ao ver que a Shannon está melhorando tanto em tão pouco tempo." Kelsey deu um gole na bebida, permitindo que ela fizesse seu efeito, relaxando-a. Em seguida, mexeu o gelo, olhando para o copo. “É a minha mãe."
Katherine revirou os olhos, esticando no sofá ao lado dela. “Sua mãe sempre será sua mãe. Não deixe que ela te aborreça."
Kelsey se sentou, virando de lado para olhar para ela, preparando-se para uma longa conversa. “Quando fomos almoçar hoje, você faz ideia do que ela me disse?"
Katherine balançou a cabeça. “Não faço ideia."
“Ela disse que provavelmente Edwiin matou Roxanne."
Os olhos de Katherine quase saltaram da face. “Ela o quê?"
Kelsey assentiu. “Sim! E eu descobri que Edwiin comprou presentes de Natal para as duas, e ele vem ligando para o administrador do hospital toda sexta-feira para pagar qualquer conta pendente!"
A boca de Katherine se abriu num sorriso de surpresa. “Sério?"
"Sim, realmente." Kelsey tomou outro gole de sua bebida, pensativa. "Se ele fosse um assassino, por que teria tanto trabalho por minha causa?"
Katherine acariciou sua mão. "Porque ele não é. Ele é um bom homem, Kelsey."
Kelsey assentiu. "Na verdade, sou a mulher mais sortuda do mundo."
Katherine inclinou a cabeça para o lado enquanto seus lábios se curvavam em um sorriso maroto. "Bom, eu não iria tão longe. Afinal de contas, o homem não é um santo."
Kelsey riu, contente por Katherine estar lá. "Quero estar aqui por Shannon, mas minha mãe está tentando me fazer sentir culpa por não estar aqui, além de praticamente chamar meu marido de assassino. Se não fosse por Shannon, eu iria embora logo após o Transplante de Células-Tronco."
Katherine deu de ombros. "Bem, por que não? E me leve com você."
"Sério?" O coração de Kelsey saltou de alegria com a perspectiva.
"Você mesma disse." Katherine deu de ombros. "Eu poderia me transferir para Estrea."
"E você poderia ficar conosco!" adicionou Kelsey.
Katherine balançou a cabeça. "Eu não vou ficar em uma casa geminada com dois recém-casados​​. Muito obrigada."
Kelsey riu. "Bem, Edwiin e eu temos ficado no castelo até descobrirmos quem assassino Roxanne." Katherine suspirou. "E um dos guardas do Castelo foi morto logo no terreno, em seu apartamento."
"Você disse castelo?" Os olhos de Katherine se arregalaram. "E os apartamentos do castelo?"
Kelsey deu de ombros. "Sim. São para a equipe. Mas você pode ficar no castelo ou, talvez, na casa geminada de Edwiin enquanto estamos no castelo, se preferir. Mas eu não quero que você fique sozinha em lugar nenhum." Kelsey sorriu. Além da recuperação de Shannon, essa era a primeira boa notícia que ela tinha há algum tempo. "Vou falar com o Edwiin para ver o que podemos fazer. Por enquanto, você ficará no castelo comigo em seu próprio quarto, é claro, e eu não aceitarei um não como resposta."
"Bom, já que você colocou dessa forma..."
"Sim!" Kelsey soltou um pequeno grito de alegria enquanto puxava Katherine para um abraço.
Katherine a abraçou de volta e depois a soltou. "Agora, não fique muito animada ainda. Vou ter que conversar com os orientadores da escola para ver se meus créditos são transferíveis." Katherine era afastada de seu pai e sua mãe tinha morrido quando ela era criança, então realmente ela não tinha nenhuma família próxima para se falar. Seu pai estava feliz em pagar sua mensalidade, desde que não tivesse que vê-la frequentemente. Katherine não sabia ao certo, mas ver Katherine provavelmente lembrava seu pai demais de sua mãe. Como resultado, Katherine passou a maior parte de sua infância em internatos.
"Well, me avise.” Kelsey sorriu, sentindo-se travessa. “Sabe, se você voltar comigo, podemos pegar o jato particular da Família Real."
Katherine gemeu, se inclinando contra o sofá. "Kelsey, você está me matando!"
Kelsey a beijou no rosto. "Ótimo!" Então ela pulou e perscrutou os menus. "Então, o que você quer para o jantar?"
"Que tal pizza... e eu estou pagando." Katherine pegou sua bolsa.
"Katherine, se você tirar sua carteira, vou me sentir insultada." Kelsey acenou com o menu na frente dela. "O de sempre?"
Katherine sorriu. "O de sempre."
Kelsey riu, esperando que Katherine pudesse voltar com ela para Estrea. Pelo menos, isso lhe deu algo mais para esperar.