"Eu vou matá-la hoje."
Emília segurou o braço dele e tentou afastá-lo da Natalia: "Saia daqui, Damian. Você não tá pensando direito."
"Não, eu finalmente tô pensando direito. Eu vou matá-la", Damian empurrou o braço dela e apertou o pescoço da Natalia com mais força.

Emília o abraçou por trás, juntando todas as forças para tentar movê-lo e, felizmente, ele se moveu. Porque Emília não era mais uma Ômega fraca, ela tinha o poder da força e da cura.
Damian virou a cabeça para vê-la. Emília não olhou para ele, pois estava olhando para a Natalia, que começou a tossir muito.
"Saia daqui, rapidamente, agora", Emília a exotou, porque não sabia quanto tempo ela conseguiria segurar o Damian.
Natalia olhou aterrorizada para o Damian. Ela não conseguia acreditar que ele queria matá-la por causa da ex-companheira dele. Ela fugiu do banheiro com medo em seus olhos.
Quando a porta se fechou, Emília suspirou e o soltou.
Damian ficou olhando para ela, com seus olhos vermelhos encarando-a.

Emília voltou-se para o encarar: "Por que você a machucou?"
"Porque ela te machucou", Damian disse com uma voz grave que fez o coração dela tremer.
"Mas eu já a empurrei também. Você não precisa ficar entre nós duas", Emília se acalmou.
Damian aproximou-se dela e ela recuou. Ele a segurou e a puxou para perto, mas ela não quis mever nem mais um músulo.

"Venha cá. Me deixe te ajudar a curar sua ferida", Damian disse.
Emília ficou sem saber o que fazer. Ela se olhou no espelho e viu que seus lábios estavam sangrando. Ela não sabia do que ele estava falando.
Ela sabia que um Alfa podia curar a ferida da companheira lambendo o local, mas o Damian não era mais seu companheiro.
E ela não podia deixá-lo lamber seus lábios.
"Não precisa, obrigada", Emília foi até a porta.
Damian segurou a mão dela e a puxou para perto dele.
"Damian, o que..." Ela disse, mas foi interrompida.
"Ssshh", Damian colocou um dedo nos lábios dela. Os olhos dele estavam pegando fogo.
Ele olhou para os lábios dela e se aproximou e, fechando os olhos, ele lambeu um dos lados desses lábios.
Emília gemeu de dor. Foi doloroso.
Ela fechou os olhos e apertou a camisa dele.
Damian a fitou e a beijou.
Durante o beijo, ele lambeu a área ferida.
Depois de um minuto, ele se afastou dela.
Emília abriu os olhos e viu que os olhos dele tinham voltado à cor preta de sempre.
Ela tocou os próprios lábios e se olhou no espelho. Sua ferida tinha sido curada.
Ela olhou para ele e pensou: 'Achei que só companheiros podiam ser curados pelos seus Alfas. Mas eu não sou mais a companheira dele, então como ele me curou? É porque ele é um sangue puro? Talvez seja por isso que ele conseguiu me curar. Mas ele não perdeu a chance de me beijar novamente. Por que esse homem é tão sem-vergonha?'
"Obrigada por me curar, mas eu preciso ir", disse Emília.
"Acho que você não deveria ir nas aulas hoje. Sua bochecha tá inchada. Eu te levo pra casa. Lá na estrada, eu paro o carro em alguma farmácia e pego pomadas pra você", Damian sugeriu.
Emília balançou a cabeça e recusou: "Não precisa fazer isso. Combinei de fazer alguma coisa com o Zoe hoje."
Quando ouviu isso, Damian ficou bravo e disse: "Eu não te disse pra ficar longe dele??"
"Por que eu daria ouvidos a você?", Emília perguntou.
"Porque eu sou seu companheiro."
"Não, você não é. Você é meu ex-companheiro. Pare de me seguir pra todos os lugares que vou e me deixe em paz. Hoje, a Natalia me atacou por sua causa. Por sua culpa, tô fazendo novos inimigos."
Damian franziu a testa e disse: "E, por acaso, isso é minha culpa?"
"Claro que é sua culpa. Você é a razão de tudo isso. Eu vou com o Zoe hoje. Você também pode muito bem fazer as pazes com a sua ex-namorada e viver feliz. Tchau", Emília disse e saiu do banheiro.
Damian estava com tanta raiva que queria quebrar tudo que via pela frente.
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Emília desceu as escadas, mas não foi para a aula.
Ela foi para outro banheiro e viu se tinha alguém lá.
Quando ela viu que não tinha ninguém, ela fechou a porta e foi até o espelho.
Ela olhou para seus lábios e viu que estavam bem.
Depois, ela olhou para sua bochecha direita, a qual estava inchada e com uma impressão digital bem visível.
Ela respirou fundo e colocou a mão na bochecha.
Ela se olhou no espelho e acariciou a própria bochecha com a palma da mão.
Sua bochecha se curou imediatamente. Ela se sentiu relaxada.
Quando ela viu, pela primeira vez, seu joelho sendo curado com apenas o toque da sua mão, ela ficou assustada, mas, agora, ela sabia dos seus poderes.
Então, ela não precisava ter medo.
Emília mandou uma mensagem no grupo, dizendo que não poderia comparecer às aulas, porque não estava se sentindo bem.
Cecília ligou de imediato para ela.
Emília atendeu a ligação: "Cecília."
"Por que você não vai ir nas aulas? Ouvi que você tinha vindo pra faculdade. Onde você tá agora?", Cecília explodiu com várias perguntas.
"Relaxe, minha amiga. Venha pra cafeteria. Te encontro lá", Emília respondeu.
"Tô indo. Não se atreva a ir pra outro lugar de novo. Eu preciso saber tudinho", Cecília exotou e começou a correr para a cafeteria.
Emília se olhou no espelho uma última vez e saiu do banheiro. Ela foi até a cafeteria e sentou-se na mesa de sempre.
Cecília entrou uns dois minutos depois.
"Você já pediu alguma coisa?", Cecília perguntou a Emília.
"Não, tô cheia já. Tomei meu café da manhã em casa hoje."
Cecília assentiu com a cabeça e foi pedir algo para si.
Cecília voltou com dois smoothies de morango.
"Eu te disse que já tomei meu café da manhã, Cecília", disse Emília.
"É só uma bebida. Ande, beba um pouco", Cecília empurrou um smoothie de morango para Emília, que logo o pegou.
Ela tomou um gole. Aquela bebida fria foi boa para sua garganta, já que ela teve que gritar muito hoje.
"Agora me conte", Cecília disse.
"Contar o quê?"
"Por que você não quer ir nas aulas? Porque você parece bem pra mim."
"Eu não tô bem por dentro."
"Você tá no seu período?", Cecília levantou uma sobrancelha.
"O quê?! NÃO!", Emília jogou um lenço na Cecília.
Cecília riu: "Então o que aconteceu, Emi?"
"Eu vim pra cá com o Zoe hoje."
"Disso eu já sei, querida", Cecília disse sorrindo.
"Como?", Emília olhou para ela complexamente.
"Todo mundo tá fofocando sobre você e sobre seu possível relacionamento com o Alfa Zoe."
"Mas o fato é que não tá acontecendo nada entre nós."
"Claro, conheço bem. Não fui eu que falei, foram os outros", Cecília piscou para Emília.
"Damian me viu com ele e ficou com raiva", continuou Emília.
"Por que aquele canalha tá se intrometendo entre você e o Alfa Zoe, hein? Não quero saber. Não dê a mínima pra ele, Emi. Você tá entendendo o que tô te falando?", Cecília disse.
"Ele me beijou hoje", Emília desembuchou, olhando para a mesa.
"O QUÊ!", Cecília se levantou imediatamente.
Emília também se levantou, mas foi para fazer com que a Cecília se sentasse novamente.
Emília sussurrou: "Não grite. As pessoas vão acabar nos ouvindo."
"Como aquele idiota teve a coragem de te beijar? Eu vou matá-lo. Ligue pra Diaz agora mesmo. Por que ela tem que ser uma nerd? Ela não precisa ir em todas as aulas. Vamos ter que ir na vovó pra fazer algum feitiço que o deixe paralisado", Cecília disse com raiva.
Emília não pôde deixar de rir dessa situação. "E o seu último plano?", ela perguntou.
Cecília franziu a testa e questionou: "Que último plano?"
"Você não queria deixá-lo impotente?", Emília perguntou enquanto ria.
"Ah, sim, esse era um bom plano. Mas, não. Mesmo que ele fique impotente, ele ainda poderia te beijar. Então, vou deixá-lo paralisado pra que ele não possa se aproximar de você e te beijar", Cecília disse sorrindo.
Ela estava imaginando um cenário em que o Alfa Damian ficava sentado em uma cadeira de rodas e a Emília não dava a mínima para ele.
Ele já fez a melhor amiga dela chorar demais. Já tinha chegado a hora dele.
"Pare de imaginar coisas, Cecília. Ele é o Alfa Damian. Ninguém pode fazer nada contra ele. Ele sozinho já é poderoso demais", aconselhou Emília.
"Não foi isso que eu te disse quando falei sobre ele pra você pela primeira vez?", Cecília perguntou.
Emília riu dela: "Obviamente."
Depois de conversar com a Cecília, Emília estava se sentindo mais leve. Afinal, ela era sua melhor amiga.
Depois de uma hora conversando com a Cecília, Emília mandou uma mensagem para o Zoe, falando que ela estava livre.
Zoe ligou para ela alguns minutos depois. Ela atendeu.
"Onde você tá?", Zoe perguntou.
"Tô na cafeteria."
"Você quer que eu vá aí?"
"Por quê? Você já tá aqui?", Emília perguntou supresa.
Cecília levantou as sobrancelhas. "Fale pra ele vir", ela sussurrou para Emília, mas o Zoe a ouviu.
"Eu tô indo", ele desligou a ligação antes que a Emília conseguisse falar alguma coisa.
Emília ficou chocada com o que tinha acabado de aconteceu.
"Eu não consigo acreditar. Como ele conseguiu vir tão cedo? Ele é um vampiro? Não, ele é um Alfa. Mas como ele é tão rápido então? Ele foi na minha casa com essa mesma rapidez", Emília disse confusa.
"O quê??? Ele foi na sua casa?", Cecília perguntou.
"Ele foi me buscar. Minha mãe estava em casa, então ela disse pra ele tomar café da manhã conosco", Emília explicou para a Cecília.
Zoe chegou na cafeteria. Todo mundo olhou para ele.
Quem não o viu nos outros dois dias ficou muito chocado. As pessoas estavam se perguntando o que o Alfa rival estava fazendo na alcateia deles.
Cecília levantou as mãos e fez um sinal para ele: "Alfa, estamos aqui."
Todos olharam para a mesa dela e viram a Cecília e a Emília. Zoe sorriu para Cecília e foi até a mesa.
"Olá", Zoe a cumprimentou.
"Olá, Alfa", Cecília retribuiu o cumprimento.
Zoe olhou para Emília.
"E aí? Você já tá livre? Achei que eu teria que esperar mais três horas."
"Não, é que eu não estava me sentindo bem", Emília respondeu.
"O que aconteceu?", Zoe perguntou preocupado.
"Nada demais. Só uma dor de cabeça", Emília mentiu para ele.
Cecília ficou olhando para eles.
Ela pensou que estava segurando vela, então se levantou e disse: "Foi um prazer te ver de novo, Alfa Zoe. Tenho uma coisa importante pra fazer, então já vou indo, se não, vou me atrasar."
Alfa Zoe assentiu com a cabeça. Emília olhou para Cecília, a qual piscou para ela sem que o Zoe percebesse. Em seguida, ela foi embora.
"Ela não tem nenhuma aula agora. A próxima só vai começar daqui quinze minutos", disse Emília.
"Eu sabia que ela não tinha aula e que só estava dando uma desculpa."
"Então por que você não a impediu?"
"Eu quero passar um tempo sozinho com você", Zoe respondeu com sinceridade.
Emília desviou o olhar do dele. Ela disse para o Damian que aceitaria o Zoe, mas isso não seria fácil.
A notícia sobre o Alfa Zoe ter aparecido na cafeteria para ver uma garota se espalhou por toda a universidade.
Damian ouviu isso e foi direto para a cafeteria. Elijah estava com ele.
Quando o Damian entrou lá, viu o Zoe e a Emília conversando alegremente.
Emília parecia bem, como se a Natalia não tivesse a atacado.
Ele franziu a testa quando viu que a bochecha dela já estava curada. 'Quem a curou?', ele pensou e cerrou os punhos.
Ele caminhou até a mesa em que os dois estavam. Todos na cafeteria ficaram em silêncio quando viram o Alfa deles ir na direção do Alfa Zoe.
Alfa Zoe viu o Damian e se levantou.
"É um prazer vê-lo novamente, Alfa Damian", ele sorriu para o Damian.
Damian olhou para a Emília, que estava nervosa sob o olhar obscuro dele. Ela não olhou para ele.
Zoe olhou para Emília. Ela parecia nervosa, então Zoe disse: "Alfa Damian veio falar comigo. Acho que é melhor eu ir conversar um pouco com ele. Espere aqui, tá bom?", Zoe pediu de forma muito atenciosa para ela.
Emília não se importou, ela olhou para o Zoe, o qual acenou com a cabeça para ela.
Observando tudo, a mandíbula do Damian se apertou.
Zoe foi para um lugar tranquilo com o Damian e o Elijah.
Damian olhou para ele com raiva.
"Parece que você tá a fim da companheira de outra pessoa", Damian disse.
Zoe sorriu para ele e refutou: "Assim como você estava a fim da companheira de outro."