Capítulo 35
1445palavras
2023-12-14 14:44
Fazia duas semanas desde que o Marcus contou para a Emília sobre os sentimentos dele. Naquele dia, Emília não disse para ele quem era o companheiro dela e que ela foi rejeitada por esse mesmo companheiro.
Marcus disse para ela que estava tudo bem, ele não poderia forçá-la a gostar dele de qualquer forma. Marcus disse para ela que eles seriam amigos para sempre e isso não afetaria a amizade deles. Mesmo assim, Marcus deixou a alcateia e ficou fraco depois daquele dia.
Nessas duas semanas, Damian nunca mais tentou falar com ela ou cruzar seu caminho. Ela também não queria ter nenhuma relação com ele. Então, eles estavam vivendo como se fossem estranhos um para o outro.

Emília estava dormindo quando ouviu o toque do celular. Ela o procurou na mesa ao lado da cama sem abrir os olhos.
Ela encontrou o celular, colocou-o no ouvido e disse: "Alô?"
"Emiiii", Cecília gritou do outro lado do celular.
Emília imediatamente acordou e se sentou: "O que aconteceu, Cecília???"
"Se arrume. Tô indo aí te buscar."
"Por quê? Pra onde a gente vai?" Emília perguntou.

"Vamos fazer compras."
"Como?"
"Você se esqueceu de que dia é amanhã?" Cecília a lembrou.
Emília coçou a cabeça e esfregou os olhos. E, então, ela entendeu: "Ah, m*rda! Amanhã é o baile."

"Exatamente. Temos que ir ao melhor shopping e comprar roupas bonitas que fiquem bem em nós."
"Não tô com vontade de ir hoje, Cecília. Quero dormir mais."
"Não, Menina! Acorde! Não volte a dormir. Esse vai ser seu primeiro baile como uma adulta. Você sabe quantos Alfas vão estar lá amanhã? Quem sabe alguns deles se aproximem de você?" Cecília disse.
"Pare de sonhar, Cecília. Me deixe dormir."
"Nããão. Saia da sua cama e se arrume. Chego em vinte minutos."
"Hã."
Emília estava quase dormindo de novo, no entanto, a Cecília gritou mais uma vez: "Não durma."
Emília suspirou impotente: "Tá bom." Então, ela desligou e se levantou.
Ela se arrumou e desceu as escadas. Ela viu que sua mãe estava assistindo televisão e disse: "Mãe, eu vou sair com a Cecília."
"Eu sei, Cecília me falou". Emília ficou surpresa e pensou: 'Ela é mãe da minha melhor amiga ou da minha?'
"Compre as melhores roupas pra você. Não se preocupe com o preço. Eu tenho um emprego bom e posso comprar um vestido bonito pra você", Helen exotou.
Emília sorriu para ela e assentiu com a cabeça: "Entendi. Obrigada mamãe."
Cecília foi buscá-la. Ela entrou no carro e disse: "Você é rápida, hein."
"Não, eu cheguei bem na hora."
Emília riu.
Chegaram no shopping e foram aproveitar as compras. Cecília recomendou-a comprar um vestido preto lindo. Ficou certo na parte superior, mas frouxo na área da cintura. "Compre, você vai parecer uma princesa, Emi."
"Não, vai chamar muita atenção. Não quero isso", recusou Emília.
"E daí? Você tem o direito de ser amada. Se alguém gostar de você lá e você gostar da pessoa, então vocês dois podem formar um casal, não acha?" Cecília piscou para ela.
Emília balançou a cabeça e estava quase saindo da loja quando ouviu a Cecília dizer: "Embale esse aqui."
Emília se virou e viu que a Cecília estava comprando o vestido. Cecília olhou para ela e riu: "Sua mãe me deu dinheiro hoje e me disse pra comprar o melhor vestido pra você. Ela sabia que você não compraria nenhum vestido por causa do preço. Ela sabia que você ia mentir pra ela, por isso, ela deu o dinheiro pra mim", Cecília disse.
Emília ficou de queixo caído e falou: "Vocês duas são realmente inacreditáveis. Às vezes, eu acho que você é a verdadeira filha dela e que só sou filha dela por engano."
Cecília riu dela, brincando: "Ela me ama mais do que eu te disse."
Depois, elas compraram mais um vestido, que era para a Cecília. No caso, um vestido azul de sereia para ela.
Elas foram no melhor restaurante do shopping.
Quando entraram na cafeteria, viram a Natalia sentada com a Talia.
Talia viu a Cecília e a Emília, então ela se levantou e disse: "Oi, Emília. Oi, Cecília. Como vocês estão?"
"Estamos bem, e você?" Cecília cumprimentou para ela com um sorriso, pois gostava da Talia. Todos sabiam disso, porque a Talia era a inspiração para todas as lobas da alcateia. Ela era uma fêmea Alfa forte e poderosa.
"Eu também tô bem. Eu e a Natalia viemos aqui pra nos prepararmos pra amanhã. Vocês também vieram aqui pra se prepararem pra amanhã?" Perguntou Talia.
Talia e Natalia remendaram a amizade novamente depois que o Damian falou com as duas. Elas se dando bem uma com a outra agora, porque ninguém podia contrariar o Alfa Damian. As palavras dele eram como leis.
Cecília assentiu com a cabeça para ela. Emília olhou para a Natalia, que estava ocupada com o celular.
"Venham se sentar conosco", disse Talia.
Cecília estava prestes a aceitar o convite, mas olhou para a Natalia e depois para a Emília, a qual ficou em silêncio.
Então, Cecília tentou recusar, mas Talia disse:
"Não se preocupe, a Natalia não tem nenhum problema com isso. Certo, Natalia?"
Natalia parou de olhar para o celular e olhou para elas. Ela assentiu com a cabeça.
"Sim, claro."
Cecília e Emília sentaram-se em frente a elas e pediram comida.
"Na verdade, eu estava ocupada, conversando com o Damian. Ele anda muito romântico esses dias", Natalia disse para Emília.
Cecília revirou os olhos. Emília estava olhando em silêncio para Natalia.
Talia sentiu a tensão e mudou o assunto: "Vocês compraram seus vestidos?"
"Sim, nós compramos", Cecília respondeu.
"Que bom, tenho certeza de que vocês vão ficar lindas nos vestidos. Nós também compramos."
"É, eu vou ser a Luna em breve, então eu preciso estar na minha melhor forma", Natalia disse arrogante.
Emília não reagiu, pois não se importava mais. Não importa o que acontecesse, ela tinha que agir de forma indiferente. E ponto.
Depois de conversar um pouco, Cecília e Emília foram embora do restaurante e do shopping.
Cecília deixou a Emília em casa. Ela entrou em seu quarto e ouviu que sua mãe estava conversando com alguém.
Ela foi até a sala e viu sua mãe falando no celular.
"Sim, vou mandá-la, Rehana, não se preocupe", sua mãe disse.
Emília percebeu que sua mãe estava conversando com a ex-Luna. Ela era amiga muito boa da mãe dela. Emília gostava deles e de como organizaram uma festa de aniversário para ela. Aquilo foi ótimo.
"Não, ela não tá em casa, mas vai chegar já, já."
"Exatamente, sim. Eu vou também."
Então sua mãe desligou a ligação e se virou.
"Quando você chegou, Emília?" Helen perguntou.
"Quando você estava falando no celular."
"Ah, sim, Rehana acabou de ligar. Ela me disse pra mandar você ir mais cedo, mas eu disse pra ela que você ia demorar, porque eu ia chegar tarde do escritório."
Emília assentiu com a cabeça. Helen então disse: "Se você quiser ir com seus amigos, pode ir mais cedo, querida."
"Não, mãe, eu vou com você."
"Só vou jantar com eles. Vou me encontrar com o Ethans e com a Rehana antes disso. Você trate de ir no baile e se divertir, viu?"
"Tá bom, mãe."
Emília voltou para o quarto. Depois de algum tempo, ela ligou para a Diaz: "Diaz, por que você não foi conosco hoje?"
"Desculpe, Emília. Não posso ir fazer compras com vocês. Tenho que passar um tempo com a minha vó, você sabe disso, não sabe? É fim de semana, então vim aqui ficar com a vovó."
"Eu entendo. A vó tá bem? Como ela tá? Ela tá bem de saúde?" Emília perguntou.
"Sim, ela tá bem. Ela perguntou de você. Eu disse pra ela que você tá bem agora."
"Tô bem agora por causa de vocês duas. Se não, isso seria impossível."
"Isso só foi possível porque a Deusa da Lua quis. A propósito, eu perguntei à vovó sobre o poder de cura. Ela me disse que não tem esse poder. Só bruxas de alto escalão têm o poder de curar com um simples toque."
"Você acha que eu sou uma bruxa agora? Alisa me disse que é um presente da Deusa da Lua."
"Sua loba tá certa. Você não é uma bruxa. Os híbridos são diferentes, e você só tem de diferente o poder de uma bruxa", Diaz disse.
"Você não vai amanhã?" Emília perguntou.
"Sim, eu vou."
"Boa menina", riu Emília.
Conversaram mais um pouco e depois desligaram.
Cecília trocou de roupa e pensou no baile. Ela nunca compareceu a nenhum baile antes. Todo mundo disse que era incrível.
Emília disse para si mesma:
"ESPERO QUE FIQUE TUDO BEM AMANHÃ."