Capítulo 19
878palavras
2023-12-14 14:44
Damian estava dirigindo seu carro e pensando no que a mãe da Emília tinha falado. A loba dela estava triste? O que aconteceu de errado? Ela não saiu para correr desde aquele dia? Foi porque ele a rejeitou?
Damian recordou naquele dia e em como ela estava implorando para que ele não a rejeitasse.
'Por que tô pensando nela? Tô me sentindo culpado? Não, Damian você não pode sentir isso. Não é minha culpa ela ter sido a minha companheira. Eu a rejeitei porque preciso proteger minha alcateia, não posso ter qualquer um como companheira.'

Damian dirigiu até a casa da alcateia.
Enquanto isso, Emília estava deitada na cama, pensando no dia de hoje. Ela estava bêbada, mas não tão bêbada a ponto de não se lembrar de como o Damian a insultou essa noite. Ele não somente a insultou, como também insultou seu amigo Marcus. Ele queria até matar o Thomas. Ele era perigoso, então ela precisava ficar longe dele. Eles não tinham mais nenhuma conexão. Ela tentou ficar longe, mas esse homem queria humilhá-la de novo e de novo. Antes da rejeição, ele nem falava com ela e, depois da rejeição, tudo que ele queria fazer é insultá-la sem qualquer motivo.
'Eu te odeio, Damian Brown. Você me chamou de v*dia, depravada, e muito mais. Eu não te machuquei, eu não tenho poder pra fazer isso. Mas espero que a Deusa da Lua te puna por ter tirado minha loba de mim.'
Ela dormiu sem nem perceber.
De repente, parecia ficar no seu sonho, ela só conseguia ver escuridão para todos os lados. Alguém estava chorando e chamando-a.
"Emília!"

"Emery?"
"Emília! Por favor, me salve, Emília!"
"Emery, cadê você???"
Emília estava correndo para dentro da floresta escura. Ela não reconhecia aquela floresta, como se nunca tivesse ido lá.

"Cadê você? Por que não consigo te encontrar, Emery?"
"Você tá muito perto, Emília."
Emília estava tentando encontrar a voz, mas não importava o quanto ela corresse, a voz de Emery estava distanciando-se cada vez mais dela.
"Emery."
"Mais perto."
Inesperadamente, Emília caiu no chão. Agora, o campo de visão dela se alterou. Ela viu uma cabana velha no meio da floresta. "Onde estou? Como alguém pode viver no meio da floresta?"
Ela estava sentindo dores nas pernas: "Ah! Minhas pernas!"
Ela olhou para baixo e viu que suas pernas estavam sangrando e, dessa forma, não conseguia se levantar. Ela viu a velha cabana. A porta se abriu, fumaça e luzes vieram do outro lado da porta.
"Levante-se, Emília." Ela ouviu uma voz, a qual não conseguiu identificar. Era uma voz feminina que ela não conhecia.
"Quem é você?"
"Venha pra cá. Sua sina, seu destino te espera aqui."
A voz era tão atraente e, ao mesmo tempo, tão profunda. Foi fascinante.
"Como assim?"
"Venha cá, e você irá descobrir tudo."
Emília tentou se levantar, sentiu dor, mesmo assim se levantou e foi até a cabana.
Ela estava quase chegando lá, estava muito perto da cabana. Quando a luz da cabana brilhou nos olhos dela, ela os fechou e abriu novamente.
Mas, dessa vez, ela estava em seu quarto. Ela estava em choque e suando.
'Eu estava em uma floresta agora mesmo. Minhas pernas estavam machucadas, mas tô completamente bem agora? Como? O que foi? Um sonho?'
Olhou para o seu celular e viu que era hora de ir para a faculdade. 'Então, só foi um sonho, um sonho bem doido e ruim... Mas eu ouvi a voz da Emery. Ela estava me chamando.'
'Me desculpe, Emery. Sinto saudade de você todos os dias. Se a Deusa da Lua me desse alguma chance de te salvar, eu faria isso sem hesitar, mas não tem como! O que posso fazer agora?'
Ela estava chorando e seu coração estava doendo.
Ela saiu da cama e começou a se arrumar.
Depois de se arrumar, ela desceu as escadas.
"Bom dia, mãe."
"Bom dia."
"O que aconteceu, mãe? Você tá com raiva de mim?"
"Por que você bebeu ontem à noite? Você nunca bebeu tanto no passado. E se o Damian não tivesse te deixado em casa, o que teria acontecido com você na noite passada?"
"Mãe, por favor, não fale de estranhos. Embora ele seja nosso chefe Alfa, ele é um estranho pra mim. Eu não queria a ajuda dele ontem à noite. Ele que quis me ajudar. E nada iria acontecer comigo, Marcus estava comigo, ele estava disposto a me trazer pra casa."
"Marcus?"
"Sim, mãe, Marcus. Você se lembra do primo da Cecília? Você o conheceu uma vez na casa da Cecília."
"Sim, mas ele estava fora da alcateia. Quando que ele voltou?"
"Mãe, nós somos amigos. Eu me encontrei com ele várias vezes no exterior. Na verdade, nós estudamos na mesma faculdade."
"Você o conhece? Ele é um homem bom? Você gosta dele?"
"Mãe, por favor. Somos só amigos."
"Tudo bem, mas, da próxima vez, diga pra ele vir me conhecer. Eu quero saber como ele é."
"Tá bom, eu vou dizer pra ele. Agora, tenho que ir. Tchau, mãe."
Ela beijou a testa da mãe e saiu.
Ela pegou um ônibus e sentou-se em um dos assentos. Enquanto olhava para fora da janela, ela refletia sobre seu sonho.
'SERÁ QUE AINDA CONSIGO TE TER DE VOLTA, EMERY?'