"Ah, meu Deus santo, Madrina! Você está enorme!"
Madrina se viu envolvida em um abraço apertado por sua melhor amiga, Sherry.
"É o que acontece quando você some por tanto tempo, Sherry! Sinto muito por sua avó. Me conte tudo sobre o Tennessee", Madrina se acomodou na cadeira do restaurante.

Sherry prendeu uma mecha de seu curto cabelo ruivo atrás da orelha, "Garota, você sabe que amo minha família. Mas eles são loucos de pedra. Talvez tenha sido porque passei tanto tempo na casa da minha mãe depois do acidente. Merda, eu não sei. Mas eles me tiraram do sério mais rápido que moscas em fezes."
Madrina riu, "Eu senti saudades de você. Ninguém que conheço fala sobre fezes durante o jantar."
Os olhos verdes de Sherry brilharam, "Nós, garotas do campo, não nos preocupamos muito em ser chiques. Você sabe, aceita o que vem?"
O sorriso de Madrina era genuíno, "Eu não te queria de outro jeito. Então, sua família te deixou louca, você sobreviveu ao funeral. E mais? Tem algum homem alto, moreno e bonito na sua cidade que fez você demorar tanto a voltar?"
Sherry fez uma careta, "Se você quer dizer, baixo, molhado e bobão, você poderia estar falando sobre o cachorro do meu irmão. Mas, infelizmente, não teve nada de sexo na minha cidade. Estou morrendo para uma boa noite fora. Eu diria, vamos sair daqui e ir para a boate. Mas acho que não seria bom para o bebê. Estou te dizendo, Madrina, eu acabei com o Magic Steve!"
O rosto de Madrina ficou corado, "Esse não é aquele que você ganhou no Natal passado?"

Sherry nem perdeu o ritmo, "Com certeza, era quase trinta centímetros de pênis azul grosso e recarregável. Magic Steve certamente será muito lembrado, mas infelizmente, ele também será substituído."
O garçom se aproximou justamente quando Sherry deixou escapar 'pênis azul'. Ele murmurou algum pedido de desculpas e saiu antes que Madrina pudesse acalmar Sherry. Sempre era assim. Sherry era ousada, brilhante e atrevida. Madrina realmente amava sua amiga, apesar dos momentos constrangedores, ou talvez por causa deles.
"Não acho que ele voltará", os lábios de Madrina se contraíram.
"Você acha que Tinis se intimidou com o Magic Steve?" Sherry inclinou a cabeça e procurou pelo garçom faltante.

"Não", Madrina balançou a cabeça, "Eu acho que ele está preocupado com o que você possa ter feito para fazer algum pobre coitado ter seu pênis transformado em azul.”
Sherry piscou para Madrina antes de explodir em risadas.
"Isso me dá várias boas ideias para o que fazer com o próximo idiota que aparecer na minha frente."
O garçom espiou em volta do canto e, quando encontrou o olhar da Madrina, resignou-se a vir e pegar o pedido delas.
Sherry encarava a virilha do homem e precisou ser perguntada três vezes o que ela queria para o jantar. Quando ela perguntou por que não havia uma linguiça grossa no cardápio, Madrina teve que segurar uma risada. No final, ambas pediram frango grelhado, salada e sobremesa.
Enquanto Madrina lambia o chocolate derretido que escorria da colher dela, ela perguntou, "Onde você vai morar agora que o apartamento se foi?"
Sherry olhou para cima do cheesecake dela, "Tenho ficado com Chris, e antes que você pergunte porque não tive nenhum pau quando moro com um, vou te dizer que o homem é gay."
A barriga de Madrina doía de tanto rir que elas compartilharam durante o jantar.
“Chris, da Guys and Dolls?”
Sherry balançou a cabeça, "Ele costumava trabalhar lá, mas esse bar não era bom com as namoradas. Então agora ele está balançando seus peitos de plástico como Lady Rose no Cock Pitt.”
Madrina já havia visto o homem em ação antes. Ele era um dos melhores dançarinos trans do negócio.
"Como você se juntou a ele?" Madrina perguntou, dando outra mordida na delícia de chocolate.
Sherry deu de ombros, "Eu sabia que você estava com seus pais. Então, fiquei na casa da Esme por uma ou duas noites, e ela é amiga do Chris."
Madrina nunca havia gostado da amiga da Sherry, Esme. A mulher parecia ardilosa e se jogava em todos os homens nas proximidades. Sempre havia sido uma das garçonetes naquela noite em que Madrina conheceu Olive pela primeira vez.
Madrina limpou a garganta, "Você está trabalhando com Esme de novo?"
Sherry colocou a última mordida do cheesecake na boca, lambendo os dentes do garfo até eles brilharem.
"Eu poderia comer cheesecake em todas as refeições! Puta merda, isso é incrível!"
Sherry podia ver que sua tentativa de mudar de assunto não tinha funcionado. Ela não queria falar sobre a empresa de catering, servir mesas ou sobre Esme com a Madrina.
"Sim," respondeu Sherry de forma breve. "Eu precisava de um trabalho, e Esme tinha trabalho para mim. E você? O que é essa história que ouvi sobre você estar trabalhando no prédio Dnieper no centro? Caramba, Madrina, isso é sofisticado!"
Madrina se remexeu um pouco na cadeira, "Comecei um mês atrás ou mais. Não é grande coisa, apenas uma posição de assistente pessoal."
Sherry percebeu que Madrina parecia ter se recolhido um pouco quando ela perguntou sobre o novo emprego.
"Eles são legais com você?" O tom de voz de Sherry era afiado.
Madrina assentiu, "Eles têm sido muito gentis."
Sherry soltou um suspiro de alívio, "Que bom, eu não sabia se precisaria ir dar umas surras em algum idiota por você. Falando em idiotas, como está a vida de volta à casa da família?"
Madrina sentiu-se ruborizar, "Hum, bom, eu não estou morando em casa. Meu novo trabalho inclui moradia."
Sherry praticamente caiu para trás, confusa, "Que tipo de assistente pessoal tem moradia incluso?"
Madrina tentou parecer despreocupada, "Veja, às vezes o Sr. Dnieper trabalha horários loucos e, então, é mais fácil se o pessoal mais próximo morar com ele."
Sherry encarou sua amiga, chocada.
"Você está trabalhando para Olive Dnieper, o Olive Dnieper? Você está brincando comigo?"
Madrina procurou pelo garçom, que estava em lugar nenhum.
"Um, sim, esse é o nome dele. Você o conhece?"
Sherry soltou seu guardanapo e se inclinou para tocar na testa de Madrina.
"Eu o conheço? Você está falando sério? Madrina, ele foi nomeado um dos cinco solteiros mais cobiçados. Ele é muito atraente, tem tanto dinheiro que o usa até para limpar a bunda quando vai ao banheiro. Toda menina no planeta quer lambê-lo. Eu o conheço? Digamos apenas... Eu não conheço muitos que não saibam quem é Olive Dnieper. Caramba, ele estava na festa na qual você trabalhou comigo. Você se lembra de vê-lo lá? Ele era um dos convidados."
Madrina sabia que toda a cor tinha saído de seu rosto. Era o que ela temia. Dentro de momentos após ouvir o nome de Olive, Sherry já estava juntando as peças muito rapidamente.
"Eu não o reconheci", disse Madrina, sinceramente. Porque naquela noite em que ela foi para casa com ele, ela não sabia que ele era Olive Dnieper.
Tudo que ela sabia era que um homem incrivelmente bonito queria ela, e não sua melhor amiga Sherry ou a promíscua Esme. Ele a tinha escolhido.
O garçom finalmente veio com seus pratos, e foi silencioso por um momento enquanto pagavam. Depois que se levantaram para colocar os casacos, Madrina notou que Sherry ainda não tinha dito nada.
"Ei, você está bem?" ela perguntou, segurando a mão de Sherry.
Sherry olhou para Madrina e assentiu, "Sim, só estou pensando."
"Sobre o quê?" Madrina perguntou.
Sherry balançou a cabeça, "Não importa. Estou simplesmente feliz em ver você."
Madrina ouviu alguém chamar seu nome e se virou para ver que Chris estava esperando por ela com o carro.
Os olhos de Sherry se arregalaram, "Você tem seu próprio serviço de carros?"
Madrina foi rápida em balançar a cabeça, "Não, não, nada disso. Chris e eu trabalhamos juntos para o Sr. Dnieper. Ele se ofereceu para me pegar depois de fazer algumas tarefas."
Parecia que Sherry queria dizer algo mais, mas no último momento, ela decidiu não falar.
"Você precisa de uma carona para casa?" Madrina perguntou gentilmente.
Chris era demasiado educado para comentar sobre a amiga de Madrina. Mas do ponto de vista dele, a garota parecia mundana de uma maneira que Madrina nunca poderia ser. Havia uma dureza por trás dos olhos de Sherry, que Chris não gostava. Nem estava à vontade com a ideia de que ela parecia estar avaliando a situação de Madrina.
Finalmente, Sherry respondeu, “Vou me encontrar com a Esme no clube. Sabia que não demoraríamos muito, então prometi que iria. Está só a um quarteirão daqui. Vou a pé.”
Madrina sentiu um momento de tristeza porque a amiga não planejou passar mais tempo com ela depois de terem ficado separadas por meses. Mas Madrina sabia que Sherry deve ter sentido falta da vida na cidade e não a culpava por não querer ficar em casa com uma mulher grávida.
“Okay, bem, divirta-se muito e fique segura!”
Madrina abraçou Sherry perto dela e sussurrou, “Estou realmente feliz por você ter voltado.”
Sherry retribuiu o abraço, “Eu também, Madrina, eu também."