Capítulo 54
1115palavras
2023-11-08 00:10
JUAN
Estava sentado no meu escritório na minha casa,a casa dos meus pais queimou toda aquele dia.
PARDO — Juan,tem alguém aqui querendo falar com você.
Juan — Não quero ver ninguém.
PARDO — Acho que esse você vai querer ver.
Ele abre a porta e Dante entra.
Tinha se passado dois anos que não conversamos,que não o via.
Dante — Oi....
Juan — Oi.
Olho para ele meio sem saber o que fazer e o que falar, no dia que mataram o pai do Dante eu não compareci ao enterro, estava perdido demais cheirando cocaína nas boates da facção.
Dante — Você sabe que sou um merda com as palavras né...
Juan — Fala.
Ele não fala só vem até mim e me abraça
Cara eu precisava do meu amigo.
Juan — Minha família véi....Minha família....
Dante — Eu sei...Eu sei....
Não chorei igual um mariquinha mais deixei sair um pouco.
Dante — Vamos,temos que nos despedir deles.
Saio com ele e alguns seguranças meus pais e meu irmão estão sendo enterrados onde um dia foi a casa deles,eu limpei, arrumei e lá será seu local de descanso eterno.
Ficamos eu, Martín, Dante e os outros ouvimos o padre, escutamos palavras de nossos novos aliados, deixei ser enterrado com eles o pouco de amor sobre uma família que me restava.
Mas o que mais me surpreendeu foi ver o senhor Macnamara e sua esposa aqui, ele chorou a morte do meu pai, ele veio até mim e pegou na minha mão e disse:
Vicent — Se tiver a oportunidade mate todos, não deixe um vivo e a cabeça de Eduardo coloque na entrada da cidade.
Eu apenas balancei a cabeça em afirmativo, vi a mãe da Nina e como as duas se parecem,meu coração gelou com isso,mas a dor, a raiva eram tantas que passou rápido meus pensamentos.
Dante — Vamos trazer a Yasmim para nós meu amigo, mesmo que teremos que abrir meio mundo nós vamos conseguir.
Ele fala e me abraça.
Juan — Eu não mereço seu perdão, volta para sua vida Dante, isso daqui não é nada daquilo que meu pai ou o seu falava,isso daqui é sangue é para homens sem coração,sem emoção....
Dante — Eu sei,meu pai me disse que ele estava esperando pela punição durante 20 anos, foi o tempo que seu pai conseguiu manter o cobra na dele,mais estou aqui e quero vingança. Quero a cabeça do cobra em uma bandeja.
Martín — Tudo que vocês fizerem eu quero estar lá, não vou deixar ninguém sair com vida.
Pela primeira vez desde o ocorrido eu ouço a voz de Martín.
Juan — Ok...
********** Flashback off *************
PARDO — Senhor estamos aproximando de Cancún.
Juan — Ok
Lembro que naquela época,formamos ali uma aliança, vingança e a cabeça de Eduardo Lo Muerte, passamos dois anos em busca de aliados e atrás dele, entramos em cada beco e viela dessa cidade, Marrocos, Japão, entramos em guerra com Yakuza,e quase fomos eliminados,no fim depois de muita negociação saímos de lá com eles sendo nossos parceiros.
Fomos de leste a oeste, até achar uma pista do Eduardo na Bolívia junto com as FARC.
Sim ele se bandeou para os inimigos dos Mexicanos. Quando viram que nós estávamos a cada dia maior, que o nome dos Cochelos já estava pelo mundo, eles o entregaram para nós.
Ah me lembro como se fosse hoje o cheiro que o sangue dele tinha,o gosto amargo que o suor dele tinha.
AVISO*****
( Meninas como sabem e espero que estejam entendendo, essa parte precisa ser descrita, terá um pouco de palavras que podem causar um certo constrangimento ou indignação. Fiquem a vontade para pular, ou não se quiser saber como foi matar o líder dos Los Muertes e o Juan se tornar o dono da porra toda).
********* Flashback on ***********
Dante — Dois anos atrás dele e olha quem trás ele para nós...
Estávamos eu e Dante esperando Eduardo descer do jatinho que estava trazendo ele,nosso esquema de segurança foi digno de um rei,hoje conseguimos reestabelecer os nossos pontos estratégicos,nossos aliados, temos drogas, munições, mulheres e dinheiro a todo o vapor,dois anos treinando, dois anos lutando e esperando esse momento quando vemos ele descer do avião, quase que não nos seguramos.
Assim que ele desce sendo empurrado por Stallone e Pardo ele nos olha e sorri,seu sorriso sínico ainda está na minha mente.
Eduardo lo Muerte — Ora,ora,ora,se não é os pequenos Cochelos.
Juan — Seja bem-vindo de volta Eduardo.
Ele sorri e olha para Martín ao meu lado.
Eduardo lo Muerte— Você sobreviveu depois de ser, hum como é mesmo, a cadelinha dos meus homens, НАНАНА.....
Seguro meu irmão antes que ele faça qualquer coisa, precisamos que Eduardo nos conte onde Yasmim está,ele simplesmente sumiu com ela, não sabemos se ela está viva ou morta.
Juan — Ainda não.
Eduardo lo Muerte — Escuta seu irmãozinho cadelinha.
Ele ri e juro que tentei, acerto um soco em cheio o fazendo cair.
Juan — Levanta isso ainda não é o começo.
Saímos de lá direto para o galpão da ala leste, onde fica nossa sede, onde um dia foi a casa da Yolanda, onde a briga entre Los Cochelos e Los Muertes começou.
De um lado estava Gustavo,que tinha sumido também mais o achamos,sabe graças a quem,sim ao Leny que foi embora do país pouco depois de entregar seu pai e deixar o comando para nós.
Dante já tinha começado com Gustavo,que já há dois dias implorava por sua vida.
Gustavo Cobra — Seu pai,ele sabia que um dia eu o mataria...
Ele fala para Dante.
Dante — Sim,eu sei,mais isso não faz de mim um bom rapaz que vá deixar você vivo seu velho de merda que nem seu próprio filho quer.
Gustavo Cobra — Aquele muleque mal agradecido, só foi graças a mim que ele viveu até hoje.
Dante — Não me importo com sua briga familiar, assim como você pediu ao seu capo a cabeça do meu pai, pedi ao meu a sua. E ele me concedeu.
Dante bate em Gustavo que já estava fraco,sem roupas e sem comida, um velho como Gustavo quase não dá trabalho, mais Dante queria que fosse lento e eu deixei.
Dante— Você é um estrume, um porco que queria muito Gustavo, deveria ter se contentado com o que Sebastian tinha lhe oferecido, mas não quis ser melhor,quis ser mais do que era e com isso cavou sua própria sepultura.
Gustavo Cobra — Foda se seu fedelho, eu matei seu pai,eu lavei minha honra.
Dante tira sua arma da cintura, mira na testa de Gustavo que o olha no olho.
Dante — E eu a minha.