Capítulo 48
1019palavras
2023-11-08 00:06
JUAN
Sábado de manhã chegou, e foi o dia mais rápido da minha vida,olho para fora no jardim e vejo a correria das pessoas para arrumar esse maldito casamento, ontem passei o dia tentando sair dele,mas se parece com areia movediça quanto mais tento sair,mais sou puxado para ele,meu irmão está em poder de Eduardo e sabe se lá o que acontecerá com ele, meu pai perdeu muito poder de fogo esses dias os Cochelos já não são tão temidos assim, Yolanda passou cada documento que ela conseguiu para Eduardo,contando onde e quem são nossos fornecedores de drogas e munições com isso meu pai está perdendo clientes em suas casas noturnas,Don Salvador um dos nossos maiores e mais forte aliado se bandeou para o lado de Eduardo trazendo assim a máfia hondurenha para cá, infelizmente estamos de mãos e pés atados, ainda não consegui falar com Dante e não sei o que está acontecendo, mas minha vontade seria de acabar com tudo isso.
Olho mais uma vez a cena e saio da janela,tomo um banho e depois que termino me sento na cama pegando meu celular e abrindo a galeria de fotos,olho para as fotos que fiz da Nina e sorrio me lembrando de cada detalhe e o momento que fizemos elas,me lembro dela, de seu cheiro, de como fica linda sentindo prazer.
Juan— Sou um canalha mesmo.
Falo mas sou interrompido por batidas na porta, visto uma camisa e abro.
Anahí — Oi meu filho,posso entrar.
Ela fala e abro espaço para ela passar,minha mãe estava magra com olho inchados, esses dias que pegaram Ramon não tem sido fácil para ela.
Juan — A senhora está bem.
Anahí — Vou ficar Juan, eu sempre fico,mas vim te trazer isso, essas são abotoaduras de seu avô,ele me deu quando faleceu e as guardei para quando você se casasse, ela fala e levanta a mão me dando uma caixinha.
Anahí— Sei que não será seu casamento dia sonhos,mas quero que saiba que o meu e o do seu pai também não foi, fui escolhida pelo seu avô,me casei com seu pai e construimos um casamento filho.
Ela fala pego a caixinha e coloco em cima da cômoda.
Juan — A senhora não estava sendo chantageada, nem meu pai, eu sim tenho que me casar com Yolanda a base de chantagem.
Ela suspira e noto uma lágrima saindo de seus olhos.
Anahí— Me perdoa meu filho, sei que o sacrifício é grande,mas só até nossa família estar juntos, depois você pode fazer o que quiser com Yolanda, ela traiu seu pai por conta de uma vingança, sabia que seu pai foi contra o que Eduardo fez com a família dela, ele tentou achar a irmã da Yolanda mas nunca vi seguiu e achou que seu namoro e casamento de certa forma pagaria o mal que aconteceu a família dela.
Juan — Mãe...
Anahí— Me deixa falar filho, sabe o seu bisavô quando veio para o Novo México atrás de ouro deixou sua bisavó na Alemanha, foi um casamento arranjado entre máfia também, quando ele se estabeleceu aqui e se tornou um mafioso ganhou o espaço que não teria na Alemanha e trouxe sua bisa, seu avô nasceu e cresceu aqui,meu pai nasceu na Alemanha e assim vim para o México para me casar com seu pai, achamos que estávamos reparando um mal,quando deixamos Yolanda livre,mas desde o dia que seu pai suspeitou dela ele tentou ser mais rápido,mas não conseguiu e quando ele descobriu que você tinha se apaixonado pela menina Macnamara ele tentou te ajudar mas foi em vão, não estou aqui para apaziguar você e seu pai,nem passar um pano só queria que você soubesse que ele te ama e tentou ser um bom pai dentro do que ensinaram para ele.
Ela fala se levantando e depois se senta rápido.
Juan — Mãe...
Ela me olha meio tonta e começa a chorar.
Anahí — Me desculpa filho, eu não tenho me alimentado bem desde que pegaram seu irmão.
Olho para ela com compaixão.
Juan — Vem vou te ajudar a levantar e ir para o quarto,vou pedir a Célia que traga alguma coisa para a senhora comer..
Anahí — Não consigo filho..
Juan —Consegue sim...
Falo a pegando no colo e a levando para o quarto,ela estava tão magra e fraca.
Juan — Vou pedir a Célia para trazer alguma coisa sim.
Saio do quarto dos meus pais e vou até a cozinha.
Juan — Célia,leva alguma coisa para minha mãe comer, ela está fraca demais.
Célia — Sim senhor.
Mas antes que eu vire as costas,Martita uma outra funcionária entra na cozinha.
Martita — Ah, senhor Juan,eu ia mesmo pedir para Célia avisar o senhor,tem uma moça esperando o senhor na sala ela disse que é muito importante.
Juan — Deve ser alguma convidada do circo da Yolanda,manda ela lá para fora que mas tarde começa a cerimônia.
Martita— Não senhor, eu perguntei se ela era convidada e ela disse que seu nome era igual aqueles hotéis do centro.
Ela fala e meu coração acelera.
Martita— Macnamara isso,o nome dela é....
Juan — Nina..
Ela ia falar mais alguma coisa mas saio que nem uma flecha até a sala, quando chego a vejo em pé próxima a janela olhando para o jardim.
Minha reação foi quase que de correr até ela e dizer que a amo, sair pela aquela porta e nunca mais voltar,mas paro e respiro e coloco as mãos em meu bolso.
Juan — O que faz aqui...
Ela vira para mim vejo lágrimas rolarem por sua bochecha,meu coração para naquela cena.
Nina — Vim aqui ver até onde sua cara pau chega Juan.
Ela fala e limpa as lágrimas e me olha com o olhar mais ressentido do mundo.
Nina — Aquilo lá fora é seu casamento..
Ela pergunta me fuzilando com o olhar.
Juan — Sim.
Nina — O que eu fui para você, sua despedida de solteiro,a nerd idiota, rica e besta que você usou, abusou e aproveitou.
Ela fala me olhando nos olhos,ela se aproxima de mim sem deixar o contato visual.