Capítulo 43
1017palavras
2023-10-16 03:25
JUAN
Alguns dias se passaram e ainda estou aqui no apartamento dela, minha ferida praticamente cicatrizou e estou pronto para voltar a minha rotina normal,mas está sendo difícil ter que sair daqui,deixar ela, não a ver todo o tempo,me apaixonei pela a Nina da forma mais linda que pensei em gostar de alguém,ainda tenho um receio pela minha vida, será que ela está preparada para entra em meu mundo, tenho medo de perder ela por isso.
Sim, medo nunca tive medo de perder a minha vida, mas tenho medo de perder ela,tenho receio da família dela achar que não sirvo para ela ou que ela veja como é a verdade por trás da máfia e me deixe, só de pensar nisso meu coração aperta.
Estava eu,arrumando as minhas roupas e pensando nisso quando ouço a campainha,estranho pois as meninas tem a chave e Dante sempre me avisa quando está no portão, visto uma camisa pensando ser o pai dela, escondo as malas e tiro algumas coisas da sala, não sei qual será a reação dele quando me ver aqui dentro e penso em uma alternativa dele não surtar.
Mas quando vejo pelo olho mágico quem é meu mundo cai ali mesmo, abro a porta e dou de cara com uma pessoa que não queria ver agora.
Juan — Pai...
Sebastian — Então é mesmo verdade, que você não consegue seguir nenhuma regra minha e está aqui brincando de casinha com a filha do meu amigo, um único pedido eu te fiz Juan, aliás você vem quebrando todas as minhas ordens pelas minhas costas.
Ele fala entrando sem ser convidado e indo em direção ao sofá eu fecho a porta e vou até perto dele.
Juan — Como descobriu...
Sebastian — Me chamo Sebastian Cochelo ou você se esqueceu.
Ele fala vindo em minha direção e puxa a barra da minha blusa para cima expondo a marca do tiro, tento abaixar e recebo uma bofetada na cara.
Sebastian — Você vai pegar as suas coisas agora e vai terminar qualquer coisa com a filha do Vincent, já tranquei a sua faculdade e virá outro para ficar de olho nela,um que não coloque as mãos ou seja lá o que você fez com ela e reze para que essa menina não engravide por que seu casamento está marcado com a Yolanda..
Quando ele fala isso meu sangue ferve e grito com ele.
Juan — Jamais irei me casar com a Yolanda, eu amo a Nina e se preciso for lutarei com unhas e dentes para ficar com ela.
Falo encarando meu pai, nunca ninguém encarou um Cochelo e ficou vivo, pensei em várias possibilidades mas ele ri da minha cara e depois me olha sério.
Sebastian — Amor, não existe Juan,isso é só um artifício para as lojas ganharem dinheiro, mas aplaudo sua audácia me encarar, agora arrume a porra das suas coisas ou então deixe as aí, enquanto você brincava de invadir galpões ou de sei lá o que com ela, muita coisa aconteceu em Cancún e seu irmão Ramón foi pego,sim como você não dá a mínima para sua família,seu irmão está em poder de Eduardo...
Ele fala e me calo na hora.
Juan — Quando...
Sebastian — Agora quer saber, mas te respondo anteontem, quando ele estava voltando do galpão o carro que ele estava foi atacado e o levaram, te liguei mas você não me atende e tive que te achar, ou você arruma suas coisas ou vai sem nada.
Juan — Ir onde...
Sebastian — Uma reunião, agora vamos ou preciso te dar outro tapa para acordar.
Me viro no automático e vou até o quarto,olho para a nossa cama e ainda está desarrumada,ontem tivemos mais uma noite linda de amor um sonho para mim que agora se transforma em pesadelo,cheiro seu travesseiro e suspiro.
Juan — Eu volto meu amor...
Pego minha mochila e vou até a sala a porta estava aberta e meu pai já me esperava no elevador,descemos em um silêncio mortal,ele não me olhava mas podia perceber que estava tenso.
Entramos no carro que estava parado na porta nos esperando, no caminho da cidade eu reconheço para onde vamos e olho para ele que tem seu olhar fixando em um ponto.
Não entendo o que está acontecendo,quando chegamos ele abre a porta e desce, desço observando o lugar,tinha vários homens guardando o lugar,alguns nossos outros nos olhando,entramos e ele vai direto até o escritório, escritório esse que estava a alguns dias,a porta se abre e noto o local.
Gustavo Cobra — Ora,ora se não é o pequeno ratinho que levou um tiro esses dias atrás..
Gustavo fala me olhando e meu pai fica tenso,o que está acontecendo aqui.
Gustavo Cobra — Sabe Juan, sente-se meu capo, nossa reunião está apenas começando.
Ele fala fazendo ironia e meu pai mesmo tenso se senta.
Gustavo Cobra — Então como dizia, você é previsível ratinho Cochelo,foi só te seguir e vim, foi fácil,bato palmas para sua audácia entrar em meus domínios achando que não saberia e que seria fácil achar alguma coisa contra mim.. Hahaha...
Ele bate palmas e eu olho para o meu pai, ele não mexia um músculo se quer.
Gustavo Cobra — Sente-se pequeno rato, vamos falar de negócios..
Juan — Como assim negócios...
Sebastian — Sente-se logo e cala a boca.
Me sento sem acreditar, e esperando o desenrolar dessa conversa.
Gustavo Cobra — Como estava falando Sebastian, quero a cabeça do Canedo sem armações, ele me deve isso desde o episódio com Sarita...
Escuto falar e olho para meu pai que abre e fecha a mão dizendo...
Sebastian — Está feito...
Juan — Não... Pai ele é seu braço direito,pai do Dante seu amigo...
Sebastian — Cale-se Juan...
Juan — Não, eu não vou me calar, o que está acontecendo aqui..
Mas nem termino de falar meu pai levantou de uma vez e me deu um tapa na cara me fazendo ficar surdo do ouvido esquerdo.
Sebastian — Cala a porra da boca e escuta antes de falar...
Meu pai fala e ouço Gustavo rir de sua cadeira.