Capítulo 100
948palavras
2023-12-19 00:01
Ponto de vista de Madrina
"Eu certamente duvido disso agora." Sem aviso, os irmãos Armenius atacaram Anthony e Morin e eu respirei fundo quando todos começaram a trocar socos e a atirar uns aos outros nas paredes. "Vamos." Santiago me pegou no colo e eu vi Termis me dar um último sorriso sádico antes de minha cabeça começar a sentir tontura, minha visão ficar cada vez mais borrada. Ouvi um sibilo de dor antes do Santiago congelar, seu corpo de repente estacionando no chão junto ao meu enquanto nos arrastávamos para o quarto mais próximo. Fechei a porta atrás de nós, a trancando e recuei com Santiago antes de buscar uma pequena janela, mas para meu desgosto, não havia nenhuma. "Por que você nos trouxe para uma sala de estudos?" Virei-me para questionar Santiago e meus olhos se arregalaram quando o vi no chão, encostado na parede respirando profundamente, quase como se estivesse sentindo dor. "O que houve?! Você está bem?" Eu perguntei, me sentando ao lado dele e pegando suas mãos enquanto ele me sinalizava para ficar quieta. "Estou bem. É aquela maldita erva; usar meus poderes só enfraqueceu meu corpo." Ele deixou escapar um gemido de dor antes de olhar em meus olhos. "Santiago, você está queimando de febre." Meus olhos se arregalaram em descrença. Eu não tinha conhecimento de que vampiros podiam adoecer. Isso não é impossível? "Estou bem, só pare de falar; se o Termis nos ouvir..." "Não..." Cortei-o, balançando a cabeça repetidamente, meu corpo inteiro tremendo com a ideia de Termis me levar de volta. "Não, não, eu não quero que ele...eu...não..." Parei quando Santiago segurou minhas mãos, apertando-as fortemente enquanto eu olhava para ele assustada. "Ele não vai te levar. Confie em mim, não vou deixar." Ele tentava me convencer desesperadamente, mas o pânico em sua voz me fez sentir o contrário. "Querida," cantou Termis do lado de fora da porta e meus olhos se arregalaram antes de eu fitar Santiago, que estava soltando outro gemido de dor. "Eu consigo te sentir de longe, sabia? Não dá pra se esconder de mim pra sempre. Vamos jogar limpo, tá bom?" Sua voz doce e enjoativa me fez tremer e eu não consegui conter as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas enquanto me segurava em Santiago, me aninhando em seu peito. "O qu- o que nós fazemos?" Mal consegui soltar a frase e pude ver Santiago tomar mais fôlegos pesados, tentando manter a compostura. "A menos que você queira que o Derek morra, o que eu posso fazer agora, então sugiro que você venha para fora, amor." Ele enfatizou em um tom de aviso e eu olhei para Santiago, meus olhos se arregalando em medo enquanto ele sacudia a cabeça. "Madrina, não caia nessa! Ele está mentindo, se ele realmente quisesse matar o Derek, já teria feito isso." Santiago pegou minha mão enquanto eu começava a levantar e eu balancei minha cabeça, sem saber o que fazer ou dizer. "Tudo bem então, acho que teremos que fazer isso do jeito difícil, né?" A voz do Termis ficou fria e profunda, fazendo com que eu engesse no medo. Uma longa batida na porta me fez soltar um grito antes de deixar escapar um soluço, balançando minha cabeça enquanto Termis começava a chutar a porta repetidamente. "Madrina, me escute, ei," Santiago pegou meus pulsos e eu abri meus olhos para olhar para ele. "Vou tentar contê-lo ao máximo, quero que você corra, ok? Corra e vá lá em cima chamar o Derek-" "Não! Eu não posso te deixar assim. E se ele-" "Droga, Madrina, não temos tempo! Faça o que eu digo e corra!" ele se exasperou, causando mais soluços em mim. "Eu estou com med-" Eu gelei ao ouvir o som da porta se abrindo e, antes que eu percebesse, Santiago havia se levantado, atirando-se contra Termis antes de jogá-lo na parede mais próxima. "Corra!" ele me repreendeu antes de Termis cabecear Santiago com tal força que fez Santiago cambalear de volta em um estado de transe. "Você é a próxima, querida." Ele sorriu para mim e assim que ele estava prestes a me agarrar, Santiago puxou-o de volta, o atingindo bem no estômago. "Vá!" Santiago gritou e desta vez, eu usei toda a minha força para começar a correr, enxugando minhas lágrimas enquanto cambaleava pelo corredor. Não, não, não! "Por favor, me salvem. Alguém me salve!" Eu estava repetindo essas palavras em minha mente e logo elas escaparam pelos meus pulmões enquanto corria para o meu quarto. Quando eu estava prestes a pegar a maçaneta da porta do quarto mais próximo para me esconder, uma mão cobriu minha boca, me arrastando de volta à medida em que eu abafava outro grito. "É inútil, querida, eles não vão acordar tão cedo." Termis sussurrou em meus ouvidos, fazendo minhas pernas tremerem e cederem no chão. Termis suavizou o movimento e eu lutei para respirar fundo enquanto ele envolvia seu braço em torno dos meus ombros, a outra mão ainda firmemente presa na minha boca. Era inútil lutar contra ele. Eu não era páreo para o peso dele, nem para o poder dele e eu sabia que seria mais sábio não desperdiçar meu fôlego tentando. "Uma pena que você nunca joga limpo comigo, querida. Quase faz com que eu sinta pena." Ele finalmente soltou a mão que cobria minha boca e eu deixei escapar um soluço enquanto ele o fazia, pronta para gritar quando ele sibilou em meus ouvidos. "Po-por favor, Termis, chega... eu estou te implorando..." Ele deu de ombros a meus apelos e meu corpo tencionou quando senti seus lábios roçarem em minha orelha. "Oh, mas querida," ele sussurrou suavemente. "Eu estou apenas começando."
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