Ponto de vista da Madrina
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"Derek, acalme-se, estamos no meio da p*rra da rua."
"Vamos entrar em algum lugar para conversar, não podemos fazer isso aqui."
"Tenho certeza de que a Madrina tem uma explicação, então relaxe um pouco e..."
"Se vocês não calarem a boca agora, vou bater a cabeça de vocês na p*rra da parede, fui claro?!" Derek apertou o meu pulso com mais força, e eu segurei um gemido antes de tentar me libertar.
"Vamos para casa!" Ele disse brevemente, mas o ignorei, ainda tentando me libertar.
"Derek..."
"Pare com isso!" Ele sibilou, puxando-me para mais perto, e eu fiquei em silêncio, com um nó já se formando na minha garganta. Então, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Derek me pegou nos braços, e agarrei sua camisa quando minha cabeça começou a girar, meu entorno foi ficando cada vez mais embaçado a cada segundo que passava.
Quando dei por mim, já tínhamos chegado na frente da mansão, e eu involuntariamente agarrei sua blusa quando ele apareceu na frente do quarto dele, chutando a porta para entrar correndo comigo no colo. 'O que eu faço agora? O que vou falar?'
"Me diga quem fez isso!" Ele exigiu, com a voz um pouco mais suave, mas a julgar pela tensão no seu queixo, o vampiro estava longe de se acalmar. Pulei dos braços dele e abri a boca para falar algo, mas acabei ficando quieta. "Foi o Rick? O Felipe? Santiago?" Ele dava um passo à frente a cada nome, e eu recuava, sabendo muito bem que estava sendo empurrada para um canto, mas que escolha eu tinha senão fugir?
"Não! Derek, você deve ter visto de mais, não vi nenhum chupão..." Tentei manter-me séria, enquanto passava por ele em direção à penteadeira.
"Unhuh, sério?" Suas palavras foram cheias de sarcasmo, e congelei quando cheguei ao espelho e toquei a marca vermelha bem onde Termis havia chupado. Como eu não vira isso de manhã?!
"Agora me deixer adivinhar... Vai dizer que é uma m*ldita marca de nascença que está aí desde sempre, certo?" Ele perguntou, parado bem atrás de mim, enquanto eu encarava a marca vermelha, esperando, rezando para que ela de alguma forma desaparecesse.
"Eu... eu..."
"E...eu, o quê?!" Ele me interrompeu, agarrando-me pelo pulso e me girando para encará-lo. 'Calma, Madrina. Algumas meninas brincam com os namorados, para fazê-los pensar que levaram um chupão de outro cara. Então, você pode falar isso também! Só tem um pequeno problema: o Derek não é seu namorado e, você sabe que não vai conseguir escapar dessa de qualquer maneira. É melhor mudar de estratégia, espertinha.'
"Madrina?!"
"Eu não sei, ok? Não sei de onde veio isso..." Tentei puxar a mão, mas ele não deixou.
"Sério? Então o que você acha que é, hein?"
"Não sei! E nem deve ser um chupão!"
"Você só pode estar zoando com a minha cara! Pare de brincar comigo, cara de boneca, sei muito bem como é a po*rra de um chupão!" O vampiro retrucou, com os olhos mais escuros, mas decidi continuar bancando a inocente, apesar de estar quase cagando nas calças.
"Acho que me queimei enquanto alisava o cabelo hoje..." Murmurei, baixando os cílios.
"Enquanto alisava o cabelo? Pelo amor de Deus, Madrina, o seu cabelo já é liso!" Ele bufou, olhando para o teto e soltando um suspiro frustrado. "Acho que você nem sabe como é uma chapinha!" Ele zombou, ainda sério, e eu retruquei a sua acusação.
"Como é? Só para você saber, eu sei como..."
"Pare de enrolar, Madrina, e me diga a verdade. Você está começando a me irritar agora!" Ele deu um passo à frente, apertando os meus pulsos, e eu respirei fundo antes de ficar em silêncio.
"Eu realmente não sei como isso veio parar aqui, tudo bem?"
"Se você não estivesse sob o efeito da verbena agora, juro que a obrigaria a dizer a verdade. Pois então, considere-se com sorte." Sua voz começou a ficar mais fria, e eu me encolhi um pouco ao encarar seus olhos.
"Derek..."
"Cale a boca! Eu te dei a chance de falar a verdade, mas você a desperdiçou. Então agora farei do meu jeito." Ele me soltou e se virou para sair, dando um arrepio na minha espinha.
"Espere, o que você vai fazer?"