Capítulo 36
1278palavras
2023-09-20 17:24
O que ela queria era um lar. Porém, se a dona desta casa fosse Esme, isso significaria que Layla estava ocupando seu lugar.
Layla pensou que poderia ter uma boa conversa com Camron. Se Camron realmente tivesse alguém em seu coração, ela poderia desistir completamente.
Mesmo que Camron realmente quisesse que ela fosse seu escudo, ele tinha que deixar isso claro para ela.
Dessa forma, pelo menos quando fosse inútil para Camron, ela ainda conseguia manter um pouco de auto-estima. Pelo menos ela não perderia o coração.
Layla esfregou os olhos avermelhados com as costas da mão e voltou para o quarto.
Depois de uma noite sem dormir, Layla estava exausta, mas ainda bem acordada.
Ela esperou dia e noite, mas ainda não viu Camron sair do escritório. Então, ela adormeceu sem saber.
Layla sonhou que Luca iria agredi-la. Esme olhou para ela com simpatia e pena. Ela pediu desculpas a Layla dizendo que Layla havia sofrido por ela.
Layla acordou assustada com suor por toda a testa. Ela se viu deitada na cama, mas ainda não havia sinal de Camron no quarto.
Ela olhou para o seu relógio. Já eram sete e meia da manhã, mas as cortinas do quarto estavam bem fechadas. Assim, não havia luz entrando.
Layla desceu depois de se lavar. Ao ver os pratos sujos na mesa, perguntou à tia Meredith: "Camron já comeu?"
Tia Meredith sorriu e disse: "Camron acabou de comer e está dando um passeio com Esme agora. Layla, venha tomar café da manhã também!"
Layla olhou pela janela do chão ao teto e viu Esme, que usava uma camisa branca casual e uma calça bege claro. Ela usava um suéter cinza claro pendurado no ombro e caminhava com Camron, que estava apoiado em uma bengala. Eles estavam passeando pelo jardim de cerejeiras da Vila de Outono.
Sob o sol dourado da manhã, os dois conversavam alegremente. Eles combinavam tão bem.
Layla sentiu uma sensação de queimação no nariz. Assim, ela retraiu o olhar e não se atreveu a olhar novamente.
Talvez porque houvesse muitos assuntos na empresa estrangeira, Esme e Camron pareciam ter assuntos intermináveis para conversar. Nos dias em que Layla se recuperou na Vila de Outono, Esme esteve com Camron.
Neste dia, o médico de família veio retirar os pontos da testa de Layla.
Layla, que estava entediada em casa há vários dias, não conseguiu encontrar chance de conversar com Camron. Então ela arrumou sua mochila e planejou ir ao campus para as aulas. Dessa forma, sua imaginação não correria solta quando ela ficasse sozinha.
Antes de partir, Layla queria avisar Camron. Porém, assim que caminhou até a porta do escritório, ouviu uma risada suave vindo de dentro. Layla retirou a mão levantada e apenas informou à tia Meredith que estava indo para o campus.
“Mas suas feridas ainda não se recuperaram totalmente?” Tia Meredith estava um pouco preocupada. Ela saiu da cozinha e enxugou as mãos com o avental. "Por que você não descansa mais alguns dias?"
Vendo o sorriso forçado de Layla, tia Meredith voltou a si. "É por causa de Esme? Layla, não entenda mal. Esme tem administrado a empresa para Camron no exterior todos esses anos. Todos os anos, quando Esme volta, eles conversam assim por uma semana. É negligência minha! Vou lembrar Esme!"
"Não, não é isso, tia Meredith!" Layla acenou com a mão repetidamente. “Eu realmente deveria assistir às minhas aulas. Caso contrário, o curso profissionalizante será adiado...”
Ao ouvir as palavras de Layla, tia Meredith deu um suspiro de alívio. "Ok, vou pedir ao motorista para levá-lo ao campus."
"Obrigado, tia Meredith!"
Layla sentou-se no carro e saiu da Vila de Outono. Ela se sentiu mais confusa do que nunca.
Certa vez ela pensou que onde quer que Camron estivesse, aquela seria sua casa. Ela costumava pensar que Camron precisava dela.
Mas agora...
Os olhos de Layla estavam vermelhos. Ela baixou os olhos e riu zombeteiramente, enxugando as lágrimas que escorriam do canto dos olhos.
Ela disse a si mesma que só ficaria convencida se Camron lhe dissesse pessoalmente que não precisava dela. Ela não se permitiria pensar demais.
O telefone em seu bolso vibrou. Vendo que era uma ligação de Jaylah, Layla se acalmou e respondeu: “Jaylah…”
"Layla, você tem tempo esta noite? Meu pai está de volta. Ele quer convidar você para jantar em minha casa esta noite. Ele queria te agradecer adequadamente!"
"Não há necessidade disso, Jaylah. Eu não fiz nada..."
"Você não tem ideia do quão importante este pedaço de terra é para a nossa família! Vamos lá! Caso contrário, meu pai nunca ficará tranquilo. Meu pai até trouxe um presente especial para você! Não importa quão doces você e seu marido sejam ou quão relutantes você vai se separar dele, você não pode menosprezar seu melhor amigo!" Jaylah provocou Layla.
Layla cerrou os punhos e ficou ainda mais chateada. "Estou a caminho do campus. Vamos conversar sobre isso quando nos encontrarmos!"
"Já estou no campus. Até logo!"
"Até mais!"
Assim que Layla chegou ao campus, recebeu um telefonema de tia Meredith. Para sua surpresa, era a voz de Esme.
"Sra. Boyer, meu nome é Esme. Não tenho seu número de telefone, então só posso usar o telefone da minha mãe para entrar em contato com você! Não tenho ideia de que você está chateado por eu estar com Camron esses dias. Peço desculpas a você. aqui. Meu relacionamento com Camron não é o que você pensa. Se for conveniente, vou convidá-lo para almoçar hoje. Há algumas coisas que tenho a dizer pessoalmente..."
Layla segurou sua bolsa com força. "Tenho aulas hoje!"
"Não importa. Irei ao seu campus para encontrar você! Está resolvido então..."
Esme desligou o telefone e entregou-o à tia Meredith. "Mãe... não me importune mais! Ela entendeu mal. Eu realmente fui injustiçado!"
Tia Meredith olhou para Esme. “Quando você encontrar Layla ao meio-dia de hoje, você deveria ter uma boa conversa com ela. Não deixe que ela o entenda mal novamente. É raro para Camron conhecer uma garota tão boa. e Layla brigam por sua causa! Você deve ter cuidado no futuro... Agora que Camron é casado, não fale sem parar sobre trabalho com ele e esteja sempre com ele!
"Eu sei, mãe!" Esme colocou os braços em volta dos ombros de tia Meredith. “Pessoas que não sabem pensariam que Layla é sua filha. Por que você não se preocupa com sua própria filha?”
"Minha filha é tão inteligente e capaz. Não estou nem um pouco preocupada! Eu... só estou esperando você e Tami se acalmarem. Só assim meu coração ficará tranquilo!" Tia Meredith deu um tapinha na mão da filha.
A expressão de Esme escureceu e ela olhou para baixo com um sorriso.
...
Durante a aula, Layla abriu seu livro. Porém, ela não estava prestando atenção e estava distraída o tempo todo.
Depois da aula, Jaylah pegou o braço de Layla e falou sobre onde deveriam ir almoçar.
Porém, assim que saíram da sala de aula, viram Esme parada na porta.
Esme acenou para Layla com um sorriso gentil. "Sra. Boyer."
Jaylah ficou atordoada. Ela olhou para Layla, de rosto pálido, e perguntou: "Quem é essa pessoa? Você a conhece?"
Do fundo do coração, Layla não queria falar sozinha com Esme.
Mas ela tinha muitas perguntas em seu coração.
“Não vou almoçar com você ao meio-dia. Vamos conversar sobre isso à tarde!” Layla disse para Jaylah.
Jaylah olhou para Esme e sentiu que a mulher à sua frente era gentil e inofensiva, então ela não estava preocupada. "OK..."
Afinal, no coração de Jaylah, Camron era um monstro cujo rosto estava desfigurado. Além da pura e bondosa Layla, nenhuma mulher gostaria dele.