Capítulo 122
1211palavras
2024-02-14 00:01
A lua brilhante pendia alta no céu, e a fraca luz da lua passava pelas janelas do chão ao teto, projetando uma sombra no chão antigo.
Simon se mantinha alto e ereto, com uma mão no bolso de sua calça. Ele permanecia silenciosamente em frente à janela, olhando para as montanhas ao longe.
Houve uma batida na porta.

"Entre." A voz de Simon foi leve.
Pandora reuniu sua coragem para abrir a porta. Ela queria fingir que nada havia acontecido, mas assim que entrou em contato com os olhos escuros de Simon, todas as palavras que ela tinha dito para se defender desapareceram em sua garganta.
"Irmão, eu fiz isso. Não acho que Kara seja digna de você!" Pandora levantou a cabeça sem nenhum sorriso no rosto. Ela não conseguia esconder seu desgosto por Kara. "Como uma mulher como ela pode ser digna de você?"
"Não cabe a você decidir se ela é digna de mim ou não." O rosto de Simon escureceu e sua voz não estava alta, mas a pressão nas suas palavras era pesada como mil quilos. "Pandora, você acha que o que está fazendo agora é digno de sua identidade?"
"Acho que te mimei demais! Se isso vazar, você já pensou nas consequências?" O tom de Simon tornou-se inconscientemente áspero, especialmente como ele olhava para Pandora, que a deixou tão assustada que ela não conseguia respirar.
Desde que era jovem, Simon nunca usara tal tom para repreendê-la. O corpo de Pandora encolheu de medo, lágrimas brotaram em seus olhos. "A Arianna gosta mesmo de você. Qual o problema dela? Ficar com ela é melhor do que ficar com Kara."

Pandora, sem se preocupar, gritou com o pescoço duro.
Simon riu e disse: "Eu acho que Sean é um bom rapaz. Ele é um bom partido para você. Por que não deixo você se casar com a família Violeta? É melhor do que você esperar por aquele canalha do Hamlin."
A expressão de Pandora mudou drasticamente. "Irmão! Eu não quero casar com a família Violeta! Eu gosto do Hamlin! Você prometeu que me ajudaria. Você não pode voltar atrás na sua palavra!"
"Você ousou tramar contra mim. Você é tão onipotente. O que eu poderia fazer para te ajudar?" A voz de Simon ficou mais baixa novamente. Seu raiva sumiu, mas parecia que ele não estava sendo gentil.

Pandora estava com medo. Lágrimas brotaram em seus olhos, mas ela recusou-se a deixá-las cair. "Irmão, você vai me abandonar? Eu sou sua única irmã".
Simon olhou para a Pandora como se estivesse olhando para uma estranha. "Você é tão poderosa. Eu não acredito que você terá problemas sem a minha ajuda."
"Irmão!" Pandora estava ansiosa e zangada, e suas lágrimas finalmente rolaram para baixo. "Você está sendo parcial. Kara também planejou se deitar na sua cama, e seus meios foram muito piores do que os meus. Por que você a deveria indulgir? Eu acho que você está cegado pela beleza dela!"
Simon estreitou os olhos, fixados no rosto choroso de Pandora. "Pandora, é melhor me contar tudo. Quem te disse essas coisas!"
Pandora estremeceu violentamente, porque a pressão em seus olhos era muito forte. Ela sentiu que ia sufocar a qualquer momento. "Irmão..."
O rosto de Simon era gélido e seu olhar era tão afiado quanto uma lâmina. "Me conte!"
Pandora estava tão assustada que deu dois passos para trás. Se não fosse sua irmã, já estaria morta. Ela mordeu o lábio inferior, se contorceu duas vezes e finalmente disse: "Foi... foi... foi Tasha quem me disse. Ela disse que Kara usou métodos vergonhosos..."
Olhando nos olhos frios de Simon, as últimas palavras de Pandora pararam automaticamente. Ela não ousava continuar, mas não queria desistir. "Irmão, Kara gosta de roubar o namorado da irmã. Sua reputação é uma bagunça. Você tem que pensar cuidadosamente. Mesmo que você goste dela, o vovô não permitirá que você se case com ela!"
"Isso é problema meu. Você não tem que se preocupar com isso. Cuide da sua vida!" O rosto frio de Simon estava coberto com gelo e neve. "Vou te dar duas opções. Você começará a trabalhar para o Grupo Marcus amanhã ou eu arranjarei alguém para te mandar embora!"
"Irmão!" Pandora pisou no chão em descrença e chorou ainda mais alto.
Quando Verda ouviu a comoção do lado de fora, abriu a porta e entrou. Quando viu a expressão chorosa de Pandora, seu coração doeu. "O que está acontecendo? Por que vocês dois ainda estão discutindo tão ferozmente?"
Ao ver Verda, Pandora chorou ainda mais. "Mãe, por favor me ajude a falar com Simon. Eu não quero ir trabalhar no Grupo Marcus. Eu não quero sair sozinha. Mãe, eu sinto tanto a sua falta."
Quando Verda ouviu que Pandora estava prestes a partir, ficou ansiosa. "Simon, não foi fácil para Yolanda retornar. Nossa família ainda não se reuniu. Como você pode mandá-la embora?"
"É culpa dela. Ela não pode culpar ninguém mais!" Embora Simon não falasse duramente com Verda, sua atitude era rígida.
Verda naturalmente percebeu o que havia acontecido hoje, mas não esperava que fosse Pandora quem tivesse feito. Ela também ficou chocada e perguntou timidamente: "Yolanda, por que você fez isso?"
"Isso é porque a reputação de Kara é ruim. Eu não quero que meu irmão seja enganado!" Pandora soluçou.
Verda franziu a testa.
Recentemente, ela tinha ouvido muitas coisas sobre Kara. Ela não tinha uma boa reputação. Com tal identidade, se ela quisesse ser a nora da família Marcus, era...
"Simon..."
Verda mal tinha aberto a boca quando Simon levantou a mão para interrompê-la. "Eu vou cuidar deste assunto. Mãe, leve-a para descansar primeiro. Se houver uma próxima vez, eu não vou tolerar!"
"Tudo bem." Sabendo que seu filho era homem de palavra, Verda não ousou enfrentá-lo diretamente. Ela só pôde lembrá-lo, "Seu avô pediu para você vê-lo."
*
A antiga residência da família Marcus era um pátio composto por um prédio principal e quatro pequenos prédios separados.
O prédio principal era um símbolo de identidade, e apenas o líder da família Marcus tinha a qualificação para viver lá.
Portanto, Hadden morava neste prédio agora.
Simon veio ao prédio principal. Quando o mordomo o viu, deixou-o ir diretamente para o escritório no segundo andar.
Hadden tinha mais de 70 anos este ano. Seu rosto o fazia parecer um pouco rígido e sem emoção.
Neste momento, ele estava praticando caligrafia no estudo.
Sua escrita penetrou no papel, com um estilo forte e rígido, assim como a sua vida onde ele lutou ferozmente com armas e emergiu de cercos.
Quando Simon bateu na porta e entrou, Hadden estava prestes a largar seu pincel de escrita. No entanto, no final, lhe faltava alguma força, então o traço ficou um pouco embaçado. Mesmo que ele tentasse salvar a situação, já era tarde demais.
Então no final, o papel foi impiedosamente jogado na lixeira.
Hadden abaixou o pincel de escrita em sua mão, mas seus olhos caíram nas duas fotos ao seu lado.
No lado esquerdo, havia uma foto preto e branco de uma velha senhora elegante com um sorriso caloroso e acolhedor. No lado direito, havia uma foto de um jovem em uniforme militar com uma semelhança impressionante de sete em dez com Simon, exalando uma aura heróica entre suas sobrancelhas.