Capítulo 115
1719palavras
2023-10-16 00:01
Ponto de Vista do Ted "Este lugar é uma loucura!" Nelson comenta assim que chegamos à Alcateia Balloon.
"Papai!" Kathy grita, então se joga nos braços de Mickey, deixando-me sozinho. Tenho ciúmes até do pai dela. Estou viciado em Kathy. A única coisa que me deixa feliz é que nesta casa não preciso ficar pensando se estou incomodando alguém. Aqui, tenho à minha disposição o apartamento do Alfa, que tem um isolamento acústico perfeito. Por isso, já posso olhar para Kathy e imaginar tudo que farei com ela. Desde que voltamos de Las Vegas, tivemos que nos conter e fazer as coisas de modo furtivo, porque todos ficaram nos observando como se fossemos uma bomba.
O lugar está fantástico. Em apenas uma semana, Mickey e Lisle nos ajudam a mudar toda a arrumação. Assim, não sobra nenhum vestígio da pior época desta alcateia. Tenho até flores na frente de casa, que loucura!
"Você está pronto para liderar sua alcateia?" Mickey me pergunta, sorrindo.
"Posso dizer que não?" Pergunto, rindo. Mickey levanta uma sobrancelha e me encara.
"É exatamente o que pensei." Eu digo, então começo a rir.
"Você fez um trabalho fantástico aqui em apenas uma semana." Admiro os nossos arredores.
"É tudo obra da Lisle. Ela é muito organizada, administrou tudo de uma forma que faria a minha cabeça doer. Mas ela conseguiu!" Mickey se aproxima da sua companheira, ele a toma nos braços e a beijar. Lisle, mesmo com mais de 40 anos, mesmo sendo uma rainha e a mãe de cinco filhos, pula em seus braços e coloca suas as pernas em volta dele, fazendo-o gemer na frente de todos.
Segurando-a com força, sem soltá-la, Mickey começa a rir e diz:
"Nós vamos para o castelo, Santiago e Rehana vem aqui amanhã. Eu realmente quero ter todo o castelo à minha disposição, somente para Lisle e para mim hoje à noite."
"Velho pervertido." Eu digo entre dentes.
"Eu ouvi você!" Ele ri mais e vai embora com Lisle, deixando-nos sozinhos com Nelson, Helens, Lavida e Daisy.
"Então quem é o Beta?" Nelson pergunta com uma risada.
"Helens será o Beta." Eu respondo. "Não se trata de confiança ou qualquer outra coisa assim, é só o que meu coração me diz." Kathy sorri, ficando na ponta dos pés e me beijando.
"Combina comigo." Nelson comenta. "Como Gama tenho mais liberdade e tempo para viver." Ele esfrega as palmas das mãos.
"Vou mostrar o lugar para vocês." Digo, assim entramos no alojamento da alcateia, onde tudo parece diferente de antes, quando saí há uma semana. Tudo está brilhante, limpo e com um cheiro fresco.
Em apenas uma semana, Lisle consegue arrumar toda a madeira da casa. Fico chocado ao ver como os pisos estão bons, as escadas e os painéis de madeira também. Tudo brilha. O estilo vitoriano da casa continua presente, mas sem ser opressivo. Tudo fica esplêndido.
O castelo, porque este alojamento é um castelo, tem 40 quartos. O primeiro andar é o que melhor preserva o aspecto histórico, passado de Alfa em Alfa na família Ravel. Assim que você sobe por uma escada de madeira, que fica bem posicionada em frente à entrada, emoldurada por um enorme corrimão de cedro. A mesma madeira maravilhosa cobre as paredes do térreo com painéis especiais. A grande abertura na entrada vai até a base da escada, com a sala de estar que pode reunir 100 pessoas com facilidade. Debaixo da escada, em toda a parede, Lisle opta por guardar a biblioteca da família, que abriga milhares de livros, alguns extremamente valiosos inclusive.
Olhando para tudo, eu me sinto grato ao Mickey por me forçar a recuperar minha alcateia. Ele está certo. Este é meu legado.
Eu mostro a enorme cozinha e o salão de jantar; depois, subimos para um ambiente que é mais descontraído e mais moderno. Os dois andares seguintes pertencem aos guerreiros. Cada vez que esbarramos com eles, os homens nos cumprimentam e sorriem para nós. Não sei como a presença de Mickey impactou a alcateia nesta semana, mas as pessoas parecem felizes.
Assim que chegamos ao terceiro andar, eu me viro para Nelson e digo:
"Esta é a sua cobertura. Todo o andar é seu. Você tem seis quartos, oito banheiros e duas salas de estar. Se algo não for do seu agrado, você pode mudar como que quiser."
Nelson fica sem palavras, olhando ao redor.
"Pelo amor da Deusa!" Ele exclama. "Tudo aqui é meu?"
"É, sim!" Acabo rindo. Helens me olha sem entender o que está acontecendo. Este espaço é maior do que Raquel e William tiveram juntos na Alcateia Deep Valley.
Deixamos Nelson se maravilhar como uma criança e subimos as escadas com Helens, Lavida e a pequena Daisy.
"E esse espaço aqui..." Eu digo. "É para vocês." Lavida coloca a mão na boca e começa a chorar.
"Amor!" Ela chama Helens. "Estou no céu!"
"Vocês têm o mesmo espaço que o Nelson, além de um enorme terraço para descansar ao entardecer com Lavida e as crianças. Achei que seria mais útil para você do que para Nelson."
"Ted, devo admitir que vou me sentir como o Wolverine morando aqui." Helens começa a rir.
Eu os deixo aproveitarem a casa. Enquanto nos afastamos, ouvimos Daisy gritar de alegria e presumimos que ela encontrou o seu quarto. Eu o vi nas fotos que a Lisle me mandou, e ficou divino. É o sonho de qualquer criança.
"Tem outro andar aqui?" Kathy pergunta, olhando para mim assim que volto para as escadas.
"Não, não vamos morar aqui." Eu explico.
"Como assim não vamos morar aqui?" Ela pergunta, assustada. "Eu amei esse lugar!"
"Você vai gostar ainda mais do que vou mostrar agora." Eu a abraço e a beijo, então a pego no colo como se fosse uma noiva e saio de casa com ela para o terraço atrás da construção.
"Aqui foi o jardim da minha mãe. Pedi à sua mãe que me ajudasse a arrumar este lugar como era antes." Explico, mostrando-lhe o enorme jardim que se estende atrás do castelo.
A luz brilha por entre as árvores, podemos ver grandes extensões de relva sob os velhos carvalhos, que emolduram o pátio e o dividem em três áreas distintas. Mesmo ao lado do terraço, há uma parte para fazer um bom churrasco, ali tem muita relva e um parquinho para as crianças. Esta área se estende até parecer terminar em uma floresta.
À direita, passando por algumas árvores de carvalho, fica o jardim que era da minha mãe, que eu espero que ganhe mais vida dentro de um ano, dois no máximo. Lá Lisle replanta rosas e outras flores. Sinto falta daquele jardim inglês, onde eu costumava passear com a minha mãe à noite e colher flores para colocar no cabelo dela.
Do lado esquerdo, entre carvalhos mais velhos, há uma passagem escondida; uma trilha para a minha área preferida do jardim. Levo Kathy comigo e, segurando a mão dela, caminhamos lentamente até o local que mais quero mostrar desde que saí do carro.
No meio deste lugar, rodeado pelos carvalhos, há uma magnífica casa vitoriana de 10 quartos. Datada da década de 1880, esta construção de pedra tem um telhado inclinado de ardósia. Meu bisavô a fez para sua esposa.
O acesso principal à casa fica na frente da construção, tem portas duplas de madeira que conduzem a um amplo saguão, que exibe suas origens vitorianas nos pisos decorativos. Uma porta de madeira e vidro dá acesso à bela sala de estar, com escadas que conduzem aos quartos. À direita, fica uma sala com uma janela daquelas onde se pode sentar e uma lareira deslumbrante. À esquerda, há uma cozinha maravilhosa. A sala de jantar também é encantadora, com seis mesas para acomodar até 16 pessoas.
Kathy olha para mim, sem falar nada. Levo-a para cima e lhe mostro os quartos um a um, mas deixo para o final aquele que mais me interessa: o nosso quarto.
Abro a porta um pouco e a deixo entrar no quarto amplo e bem iluminado; as suas paredes são pintadas de um tom claro de cinza, e ele tem com móveis brancos.
Ao abrir a porta, Kathy vê como a luz do quarto entra pelas enormes janelas, que dão para a parte atrás da casa e tem acesso ao pequeno jardim, onde sonho passar as noites com Kathy nos meus braços.
"Ted..." Os olhos dela começam a lacrimejar. "Este lugar é nossa casa?"
"É a nossa casa." Eu confirmo, abraçando-a para ficar mais perto de mim. Admiro os olhos dela e vejo suas lágrimas.
"Você não gostou?" Pergunto, mesmo sabendo que ela se apaixona pelo lugar.
"Eu amei tudo!" Ela exclama. "É tão caloroso, tem uma energia tão linda. Eu não mudaria nada aqui."
Estou em casa e com o amor da minha vida. Eu faço um carinho nela e abaixo as alças do vestido dela, deixando-o cair no chão. Eu a seguro em meus braços e vou com ela para a enorme cama, colocando-a ali, em frente à janela.
"Eu amo você, Kathy." Eu declaro. "Não quero ficar no alojamento da alcateia, há muitas lembranças ruins lá. Quero começar uma nova vida com você aqui. E quero ter a paz pela qual anseio há tanto tempo desde a casa do Rafael. Quero ficar só com você. Quero andar nu por aqui, poder curtir você em cada canto dessa casa. Fazer amor com você, várias e várias vezes, sem ninguém nos incomodar."
"Eu amo você, Ted." Kathy diz. "Mais do que minha própria vida."
Ela tira a calcinha e o sutiã, então se apoia nos cotovelos para sussurrar em meu ouvido.
"Me deixe grávida, Ted. Engravide a sua Luna." Não preciso de mais nada.
Imediatamente, eu tiro a roupa, sinto o cheiro dela e falo:
"Eu quero fazer amor esta noite." Eu a beijo com gentileza. "Esta noite, eu quero ser carinhoso com você, posso?" Kathy treme sob minhas carícias, então concorda devagar.
Eu deslizo para dentro dela com facilidade e me movo de uma maneira muito suave e natural, sem a agitação que nos caracteriza. Quando nós dois atingimos o clímax, não preciso de nenhum exame médico para saber que Kathy está grávida. Sei que as crianças são feitas com amor e, pela primeira vez, fizemos amor de verdade.
Bem-vindo à Casa do Amor!