Ponto de Vista da Kathy
Assim que abro os olhos, percebo que estou no meu quarto, sinto como se tivesse perdido alguma coisa. Eu penso que vou acordar nos braços de George. Ontem à noite foi o melhor momento da minha vida. 'Bom dia, garota cheia de t*são!' Ouço uma voz ao meu lado.
Eu imediatamente fico de pé e olho em volta, mas estou sozinha. Não pode ser…

'Mas é sim!' A voz diz.
Corro até o espelho do banheiro e começo a rir ao ver os meus olhos brilhando como dois cristais. Meus olhos cinzentos parecem diamantes agora. Eles estão lindos. Eu pareço muito exótica com esses olhos.
'Oi, você!' Digo, com um sorriso, ao me encarar no espelho.
'Eu sou Gelina.' A voz responde. "Sua loba."
'Meu pai escolheu seu nome?' Eu pergunto, rindo alto.
'Não, mas eu não ficaria surpresa se ele tivesse escolhido. Garota, você está fantástica.' Gelina continua.

'E você simplesmente parece...' Eu começo a rir de novo. 'Igual a mim.'
"Kathy?" De repente, ouço a voz da minha mãe no quarto. Eu imediatamente corro até ela. "Pela Deusa da Lua!" Ela exclama, mirando os meus olhos.
"Gelina, conheça nossa mãe."
'Mães!' Nancy entra na conversa. 'Mães!' Todas nós rimos.

"Querida, você acha que pode vir ao escritório do seu pai?" Minha mãe pergunta, visivelmente preocupada.
"Aconteceu alguma coisa?"
"Infelizmente, sim, e lamentamos que tenhamos decidido revelar a verdade apenas hoje. Mas, depois de ontem à noite, não podemos deixar que as coisas continuem assim."
Pelo amor da Deusa... Eles ouviram meus gemidos? Deusa da Lua, deixe a Terra me engolir, por favor...
Minha mãe segura minha mão e me dá um beijo na testa.
"Feliz aniversário, querida!" Ela diz e me leva junto.
Assim que entro no escritório do meu pai, percebo que há algo errado.
Todos os meus irmãos me olham com amor, mas também com tristeza. Papai vem e me abraça contra seu peito. Deméter e Evan vêm e beijam meu rosto.
"Você sabe que se pudéssemos ter evitado tudo, teríamos feito isso, né?" Meu pai pergunta. "Mas hoje à noite é a sua festa e não quero que você saiba disso na frente de todos. Rezei para que não chegasse a esse ponto."
"Pai, o que foi?" Questiono. Ouço como a voz dele começa a tremer.
"Evan..." Papai chama. "Você pode ajudar?"
Evan pega um envelope e faz sinal para que eu o acompanhe. Eu vou até ele, seguro seu braço, porque, se não fizer isso, receio desmaiar. Algo grave aconteceu, pois de outra forma nunca estariam tão sérios.
Evan traz uma cadeira e gesticula para que eu me sente à mesa do meu pai. Ele abre meticulosamente o envelope que tem na mão. Parece querer me contar algo, mas está confuso.
"Diga logo o que precisa!" Eu peço, chocando-o com meu tom de voz. "Eu posso aguentar qualquer coisa!"
"Kathy." Evan coloca na minha frente a foto de um homem que me parece um tanto familiar, embora eu esteja convencida de que nunca o vi antes.
"Este é o Alfa Mario Ravel. Você não o conhece." Ele explica, olhando para mim. "Mas, a partir de hoje, você terá que descobrir mais sobre ele."
Evan puxa uma cadeira e se senta na minha frente, segurando minhas mãos já trêmulas.
"Ele odeia o papai, por razões só dele, mas podemos imaginar que têm a ver com seu desejo de se tornar Rei. Ele é um Alfa cruel, que atormentou a própria família e faz coisas difíceis de tolerar."
"Por que você está me contando isso?" Eu pergunto, com lágrimas nos olhos.
"Acreditamos que ele deseja vingar de papai, Kathy. E ele planeja fazer isso machucando seus filhos."
Mamãe vem por trás de mim e sinto sua mão pousar em meu ombro, para um afago. Ela faz isso desde a minha infância, sempre que preciso ser consolada.
"Ele escolheu fazer isso usando você."
Olho para Evan, e lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto.
"Ele conseguiu se aproximar de você usando alguém. Na verdade, ele perseguiu você e tentou ganhar sua confiança para poder se infiltrar na família. Assim, poderia machucar nosso pai na hora certa."
Eu me viro para meu pai e o vejo perturbado de uma forma que nunca tinha visto.
"Eu nunca vou deixar ninguém machucar você, pai!" Eu digo, chorando.
"Eu sei, princesa!" Papai me responde.
"Quem é esse homem?" Pergunto a ele, mesmo que as coisas já façam sentido em minha mente.
Evan tira uma segunda foto do envelope, com Mario e outro homem, que é seu filho com certeza.
"Eu vou matá-lo!" Eu digo, tremendo de raiva.
"É o Ted Ravel." Evan continua a explicar. "O único filho de Mario. Não sabemos muito sobre ele, pois nunca tinha aparecido em público."
"Querida." Meu pai chama. "Nós sabemos o que ele pediu para você fazer ontem à noite. Eu imploro que você não rejeite seu companheiro predestinado por ele. Ted não merece tal sacrifício."
Mas não ouço mais nada.
Eu deixei Ted me tocar tão intimamente ontem à noite. Eu estava disposta a dar tudo de mim para ele, quase me rendi e pedi para ele me marcar. No entanto, tudo é apenas uma atuação para ele. Tudo é uma mentira.
Levanto-me e saio do escritório. Deméter corre atrás de mim, mas não estou interessada no que dizem atrás de mim.
"Eu vou matá-lo!"
Corro para o quarto dele e bato na porta com raiva.
Ted abre a porta e olha para mim. Eu quero dar um soco na cara dele, mas o impossível acontece. Tudo que posso fazer quando miro seus olhos dele é dizer em uníssono:
"COMPANHEIRO!"
"Pela Deusa da Lua!" Deméter grita nas minhas costas. Posso sentir meu pai se preparando para avançar ele, mas minha mãe o impede. Eu a ouço chorando.
"Kathy." George fala meu nome… Quero dizer, Ted… Mirando bem fundo nos meus olhos.
"Você é meu companheiro! Você é realmente meu companheiro?" Eu questiono. Ele começa a chorar, mas deve ser apenas atuação. Não posso mais confiar nele.
Ted estende as mãos e segura meu rosto entre elas, então se aproxima de mim, como se estivesse sob a influência de algum feitiço e quisesse me beijar. Imediatamente, eu dou um passo para trás, para seu choque.
Ele é meu companheiro predestinado. Esta é uma piada horrível.
'Eu não o quero mais, Deusa da Lua…' Digo em minha mente. Levanto a cabeça e sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Como posso superar este dia?
É muito ruim que eu o ame. Por que ele tinha que ser meu companheiro predestinado também?
Minha família olha para mim e chora. Vejo meu pai ajoelhado e chorando pela primeira vez na vida.
Esse Ted Ravel arruinou o nosso dia.
Cheia de raiva, eu me viro e encaro os olhos de quem amei sem dúvida até poucos minutos atrás.
"Ted Ravel!" Eu digo, e vejo o seu rosto ficar pálido.
"Você decidiu mexer com a pessoa errada e com a família errada. Talvez eu seja fraca, mimada. Talvez eu pareça uma criança estúpida aos seus olhos se você pensa que poderia mentir para sempre. MAS EU NÃO SOU! Eu sou a princesa deste mundo! Eu disse que não me importo com quem você é. Disse que sou forte o suficiente por nós dois, mas você provavelmente riu das minhas palavras."
"Kathy, não é..." Ted tenta falar, mas eu aceno para que ele fique calado.
"Eu sou a princesa Kathy para você! Mostre respeito! Você queria que eu rejeitasse o meu companheiro predestinado, não é?"
Ted começar a tremer. "Por favor, não faça isso!" Ele implora.
"Ah, mas eu prometi a você que faria isso." Rebato, e ouço minha família ofegar em choque. "Eu, Kathy Labels, princesa dos lobisomens, rejeito você, Ted Ravel, futuro alfa da Alcateia Round Zero."
Ele cai de joelhos, sem dizer uma palavra.
"Joguem-no na prisão!" Peço aos meus irmãos e vou embora furiosa.
M*ldito vínculo de companheiros! É por isso que me senti tão atraída por Ted!
'Estou com vontade de morrer!' Falo para Gelina.
'Transforme-se!' Ela diz em minha mente. Faço isso, pulo todas as etapas da primeira transformação, chocando a todos. Papai chega perto de mim, mas eu rosno para ele.
'Eu preciso ficar sozinha!' Aviso a todos por uma ligação mental. 'Eu o odeio!'