Capítulo 55
1451palavras
2023-08-25 01:07
OZ
Quando nascemos é o nosso grito que anuncia que estamos vivos
Já na morte sem nenhuma esperança de continuar em um mundo tortuoso são as lágrimas que surgem como uma consequência
Ninguém quer sofrer ninguém aceita a dor todos almejamos a felicidade as pessoas querem sorrisos e palavras doces mas o que poucos sabem é que a angústia e a preocupação em conjunto com o desgostos formam sentimentos que não só testam a nossa fé em uma divindade como também é em momentos difíceis que nos mostramos em nossa verdadeira natureza
Já testemunhei homens caírem por sua falta de aptidão em mascarar seus erros
Mas se tem uma coisa que todos tinham em comum era que se infiltrando ainda mais em uma vida de crime eles foram fracos quando não era permitido fraquejar
Miguel como filho de Sérgio ele seria não só um homem que não pode cometer erros como falhando miseravelmente em se manter limpo ele arruína a ordem das coisas e invertendo o que deveria acontecer ele então toma para si uma atitude que ao invés de beneficia-lo agora é o que trará escuridão aos seus olhos
Meu corpo possui uma forte vibração que ostentando uma energia nervosa eu tenho em meu interior uma expectativa tão forte em realizar o desejo que grita em minha mente para acelerar os passos que assim ouvindo o sussurro que diz que o tempo de ser um bom garoto acabou para desse modo libertar toda a loucura que ronda tão perto que estendendo a mão ela me toca me fazendo ignorante para tudo
Nesse mundo ao qual vivemos ninguém me conhece de fato
A família Dafoe é importante demais para sujar as mãos de sangue
Mas agora não me interessa de onde vim e nem para onde vou
Por que Miguel acaba de despertar em mim uma fera que estava adormecida
E se para o ensinar uma lição eu terei que derramar o líquido da vida
Então que assim seja
A humanidade com seus erros e acertos nada realmente me surpreende e permanecendo em uma sociedade doente que com suas falhas cobra uma perfeição que ninguém conseguira atingir eu não fico nem um pouco tranquilo quando ao parar em frente a sua cela não só um detento tenta a todo custo se fazer invisível contra uma parede como Miguel sem nenhum cuidado ou consideração por seu parceiro de foda ele transa com seu colega de cela como se só o seu prazer deveria ser levado em conta
Deus
Como se viver em uma prisão já não fosse o suficiente
Eu agora tenho que testemunhar a dor de um homem ao ter seu traseiro surrado
Miguel bate o seu quadril contra o pequeno homem sem nenhuma gentileza e buscando o seu prazer o corpo de sua nova vítima bate contra o colchonete e gemendo do que só pode ser um sinal de dor pela brutalidade sofrida eu vejo suas lágrimas enquanto Miguel ri ao me ver mas sem parar os seus movimentos eu por fim saio de um atordoamento que pela surpresa em testemunhar um estupro o choque me fez incapaz de me movimentar mas é observando o choro de um homem indefeso que mandando para o inferno as causas que o trouxeram a esse lugar eu não consigo esperar que o guarda termine de abrir a porta e é sentindo o meu corpo possuído por um espírito de vingança que colocando os meus pés para dentro de seu espaço é como se a realidade se alterasse e uma nuvem descesse para assim mascarar todas as minhas ideias
Os planos que fiz
As escolhas que tomei para que chegasse mais longe
Nada surge em minha mente por que Miguel é tudo que vejo
- Bem não estava esperando visitas - rindo Miguel segura os quadris do pequeno homem sem se quer cessar seus movimentos - Nós podemos dividir eu garanto que Marcus não se importará
Sua voz me deixa enjoado, sua imagem me revolta e suas ações me trazem tanto ódio que o puxando para longe com uma boa dose de brutalidade eu o seguro contra a parede enquanto o guarda ajuda Marcus a se vestir e o levando para longe é que sem testemunhas eu assumo uma personalidade nociva e espantando todos os bons costumes e a história cheia de moral que me acompanha eu por fim liberto a minha voz não como o antigo Oz ao qual meu pai conhece mas sim como o homem que me tornei
- Você não acha que já esta passando dos limites?
Estuprar alguém é um crime imperdoável pois além de ferir o corpo ele também mata a alma
- O que são os limites se não algo a ser testado - com seu toque descendo por meu abdômen perigosamente sua mão apalpa o meu pacote - A sua namoradinha me rejeitou então tive que procurar alguém que pudesse me satisfazer mas agora que acabou com a diversão você deve tomar a responsabilidade disso sabe... - apontando para o seu pau que ainda esta duro Miguel se aproxima para que assim suas partes de menino friccione contra a minha coxa - Nós somos inimigos rolar com você sobre os lençóis não poderia ser permitido mas confesso que assistir você e Davika transando atiçou uma curiosidade em mim eu até me ofereci para fazer sexo com sua namorada para saber se você é tão bom quanto parece mas agora que esta diante de mim eu mesmo posso confirmar
- Eu não vou toca-lo - com as sobrancelhas franzidas é impossível não sentir um pouco de nojo
Miguel não me quer por que tem sentimentos por mim
Mas sim por que possui um desejo errôneo em ser melhor que eu
Até mesmo no sexo
O asco que sinto não é por um homem querer sexualmente outro homem mas sim pelo fato de não só sermos inimigos nitidamente declarados como agora para testar a sua superioridade o filho de Sérgio tenta me seduzir mas é possuindo uma personalidade distorcida um carater duvidoso e um humor que beira a loucura nada de fato que o compõe me agrada e mesmo que fosse gay ou até mesmo bissexual eu jamais o tocaria pois seus hábitos tão diferentes dos meus são o que nos diferencia de ser um monstro pois até os criminosos mais bárbaros possuem algumas regras
- Tem certeza? - ele questiona ao dar um aperto no meu pau mas batendo a sua mão fora eu o seguro pelo pescoço ao levanta-lo mais acima do chão - Eu posso fazer valer o seu tempo
- Esqueça isso eu nunca chegaria perto de uma cama com você - cortando o seu suprimento de ar suas mãos me arranham - Pessoas como você me enojam
Com a memória viva em minha mente do rosto preocupado de Davika e com a lembrança do medo de descobrir que a minha garota foi abusada e com Miguel ainda nu como prova de mais um crime eu não consigo me controlar pois a cólera ameaça me subjugar para que assim minhas ações sejam fruto de uma mente perturbada
- Eu... eu... eu... - Miguel com seus olhos bem abertos ele luta por Oxigênio e balançando os seus pés no ar eu nunca me senti tão feliz por ser superior em altura e peso por que assim posso testemunhar a sua queda de cima
Usar os punhos como arma não é algo que tenha feito no passado minha força é desconhecida mas vendo suas tentativas de se libertar e sua consciência quase o abandonando é que mato o Oz que todos conhecem e o enterrando tão fundo que não poderia ser achado eu agora renasço não como um homem a ser uma vítima mas sim como alguém que se recusando a morrer como uma ovelha é como um lobo que lutará
- Entenda uma coisa Miguel você é um lixo - o largando eu o vejo cair ao chão e tossindo sem parar suas mãos vão para seu pescoço - E lixo deve ser chutado para longe - sem dá-lo muita chance de recuperação meu pé se conecta com o seu lado e o a certando nas costelas eu não me importo que o guarda tenha retornado e que esteja de costas para não me ver colocando para fora toda a minha repulsa por um estuprador o rancor o enfurecimento e a intensidade que cada demônio grita em meus ouvidos tudo me tem convertido em uma pessoa diferente que os chutes que o acertam os socos que mancham sua pele de sangue seus gemidos de dor e suas patéticas tentativas de se defender nada surte efeito pois é a sua dor e sofrimento que me alimentam