Capítulo 25
1304palavras
2023-07-18 14:03
OZ
Marcas negras enfeitam minha pele em meu tronco esta a evidencia do que por quatro anos venho fazendo seus olhos que tanto me analisam não deixam nada passar e seu silêncio perdura por tanto tempo que já esperando uma rejeição eu quebro nosso contato e solto sua mão
Quando decidi seguir por esse caminho eu já sabia que fazer um retorno era uma coisa impossível mas não conseguindo ignorar aquela voz insistente que por muito tempo vinha martelando ideias em minha mente eu por fim sucumbi aos meus desejos e como consequência não só deixei uma história de sofrimento me acompanhar como em meu corpo esta os vestígios de atos a muito planejados

- O que tudo isso significa? - Davika leva seus dedos em cada impressão e me acariciando seu toque me faz ansiar que esse não seja o nosso fim mas sim o inicio de algo que nos levara para os anos que se seguirem
Não há como voltar
Não tenho como regressar agora que não posso negar a verdade que se apresenta
- Esses sinais foram feitos para que minhas ações não caem no esquecimento - seguro seu pulso e com seus dedos sobre a primeira marca feita em minha pele eu me confesso - Não vou engana-la Davika sou um bem defeituoso apesar de minha pouca idade uma história tortuosa me acompanha para manchar meu passado o presente não se encontra melhor e a perspectiva do futuro se mostra mais e mais sombria
- A quanto tempo você tem isso? - sua pergunta é feita em um sussurro e com seus olhos não se desviando das evidencias que condenam minha alma Davika para meu alivio não parece enojada como pensei que ficaria
- Desde que liberei meu corpo para fazer o que tanto minha mente desejava - aponto com o dedo o primeiro sinal negro dentre muitos outros que se seguiram - Esse foi o inicio de tudo e mesmo depois de quatro anos eu não consigo reunir algum arrependimento você entende onde quero chegar? sou o que sou e não irei mudar

Tentar me modificar é um erro que aprendi a não cometer
- Não seja uma fraude Oz não comigo - Davika se inclinando ela roça seus lábios nos meus e cobiçoso por mais eu vou para frente quando minha guarda costas recua
- Quando as coisas ficarem difíceis não diga que não avisei - com tudo esclarecido fica difícil não imaginar como seremos juntos e guiado por uma nova onda de luxuria eu permaneço parado quando por fim Davika com suas mãos abre os botões de minha calça seus movimentos são lentos mas com eles antecipação pelo que acontecera nesse quarto é o que me tem desejoso por toca-la
- Me considere avisada - minha guarda costas dando um passo para trás ela começa a arrancar as botas de seus pés e tudo é tão diferente do habitual que o nervosismo aparece para mostrar sua cara feia o quarto em que estamos é pequeno comparado com a tensão que nos cobre desejo sexual gira entre nós e não possuindo muita experiencia eu fico sem saber o que fazer pois não sou exatamente o sonho molhado de qualquer mulher e com a fachada que apresento ao mundo fica difícil obter atenção sem ser daqueles que querem algo em troca

O que ambiciono poucas pessoas entenderiam
Minhas contradições e controvérsias intencionalmente seriam aceitas como uma doença que corrói a humanidade
- Estamos realmente fazendo isso? - pergunto com velhas memórias retornando para me assustar gritos femininos e suas unhas me arranhando voltam como a sensação de que algo de errado fiz nessa vida
- Sim definitivamente estamos - Davika retirando seu casaco ela logo em seguida se livra de sua blusa e pele lisa de qualquer defeito fica amostra mas é tomado por uma forte vontade de colocar minhas mãos em seu corpo que fico de pé e abandonando a calma eu me entrego aos desejos que por tanto tempo ficaram em segundo plano
Minhas mãos a seguram pela cintura e envolvidos em um mundo repleto de luxuria eu tomo a decisão de faze-la ver que sou muito mais do que imagina a insignificância é o que notam quando olham para mim mas por debaixo de inúmeras camadas eu vou muito mais além
Com um sorriso malicioso brincando em meus lábios e tomando a iniciativa dobro um pouco os joelhos e me baixando para que fiquemos no mesmo nível eu cubro a curta distancia que nos mantem separados e com tensão flutuando entre nós eu bato nossos lábios juntos e não me decepcionando fico ansioso para descobrir como realmente minha guarda costas se parece sem suas roupas de menina má
Sua aceitação vem fácil
Mas até onde irá quando descobrir o quão baixo já desci?
Tudo perde o controle nossas ações se tornam rápidas para alcançar o que tanto queremos Davika com seus braços em torno de meu pescoço me beija com toda a loucura da paixão sua língua persegue a minha e a permitindo ditar o ritmo eu me esforço para me segurar passos são dados e logo me vejo sentado em minha cama mas minha guarda costas não satisfeita ainda ela se inclina para frente e me empurra deitado sobre os lençois
- Vamos ver o que você vem escondendo esse tempo todo - Davika de pé a minha frente me encara com expectativa seus olhos me olham com apreciação e de acordo com o que se seguira ela volta a segurar a ponta de minha calça e prestes a me ajudar a ficar nu algo muito vergonhoso acontece e com medo de ser descoberto eu puxo rapidamente minha camisa para cobrir meu tronco quando o som da porta sendo aberta ecoa pelo quarto
Deus tem como isso piorar?
- Oz você esta bem... - suas palavras morrem meu pai não só esta parado na porta segurando a maçaneta como agora no pior momento ele aparece para testemunhar o que estávamos prestes a fazer - ... bem... eu... é ...- ele aponta para trás de si - ... eu não quero atrapalhar me desculpe - sem mais nada a acrescentar meu pai sai apressadamente fechando a porta
Meu coração bate feito louco como que sendo pego fazendo algo errado o ambiente que antes estava carregado de antecipação agora o que flutua no ar é vergonha Davika aparenta estar inabalada com a ideia de por pouco ser pega nua e é cheia de contrariedade por meu pai ter arruinado o que seria nosso tempo juntos que suas sobrancelhas se franzem
Vergonha se prova um sentimento em abundancia e com o tempo arruinado por quem ajudou a me gerar eu sem saber o que fazer volto a abotoar minha calça Davika descontente por sermos interrompidos ela agarra sua blusa e mais uma vez a veste
- Seu pai sabe como acabar com as coisas - ela comenta
- Eu.. eu vou.. - sem saber como dizer eu acabo apontando para minha calça que se tornou apertada - Eu vou ao banheiro
Não dando a real chance para que diga algo eu fujo de Davika e sem olhar para trás entro no banheiro o espelho a minha frente mostra o estado alterado em que me encontro e respirando pesadamente eu amaldiçoo por não ter vindo a minha mente a ideia de trancar a porta
Não sou distraído
Ficar sempre em alerta é o que me permiti continuar de pé
- Então por que Davika sem nenhum esforço consegue deter toda a minha atenção? - olho para minha cintura e minhas feições se contorcem em desgosto pelo que perdi e pelo que terei que fazer
Não vou conseguir me livrar disso facilmente
Gemo ao constatar que de tantas vezes agora também terei que fazer um rápido trabalho em mim mesmo