Kaira vai para a casa de Lucy, para aproveitar o sábado com as amigas.
– Bom dia, suas lindas, como vocês estão? – Questiona Kaira ao entrar.
– Eu estou ótima, a noite foi maravilhosa.
– Transou com o tal Matteo, não é? – Questiona Kaira.
– E você tem dúvidas? Não conhece a nossa amiga. – Lucy responde rindo.
– E foi maravilhoso, ele é um querido e o sexo, foi perfeito, ele manda muito bem. Tomei café com ele e os amigos, e amiga, falei sério, Levi segue um gato e sorte a tua que ele segue apaixonado por você, porque senão ele voltaria para a minha lista.
– Para de besteiras, você está imaginando coisas.
– Não estou, foi ele quem falou, que só não está com você, porque você não quer. Não foi tempo suficiente? Você ainda não consegue perdoar? Porque é óbvio amiga, que você também o ama.
– Eu não vou mentir, eu fui até a cafeteria, assim que vi tua mensagem, mas ela já tinha ido. Eu sinto saudades, mas também sinto raiva, o quanto será saudável? Acho que não será, é melhor eu ficar longe dele. Estamos bem assim, após tanto sofrimento.
– Ontem você foi até a casa Kaira, por isso não me atendeu?
– Sim, Lucy, eu fui, eu deixei o anel da mãe dele, no piano e fiquei escutando ele tocar para ela, eu fui idiota, não fui? Eu deveria ter abraçado ele, mas tudo que fiz foi ir embora quando ele parou de tocar. Porque eu não consigo tirar essa dor que está dentro de mim, me consumindo dia após dia.
– O tempo Kaira, o tempo cuidará de todas as feridas.
Após aquela manhã eles voltaram a se concentrar nas suas atividades e todos os finais de semanas Matteo vai para Lucerna, ele e Briana sempre acabam passando a noite juntos e todas as manhãs, ela se despede dizendo para ele não se apaixonar e eles seguem assim por meses.
– Vamos Matteo, vou te levar para passear pela cidade!
– Adoro esses passeios na tua companhia Srta. Moore. Como eu amo conhecer essa cidade. – Diz ele sorrindo.
– Tchau pessoas bonitas. – Diz Briana saindo e Matteo a segue.
– Eu disse para Levi que ele é um pet, parece um cachorrinho seguindo sua dona. – Diverte-se Adolph, fazendo as duas darem risadas.
– Eles vão virar um casal, não vão? – Diz Kaira rindo.
– Com certeza vão, Matteo passa a semana toda me mandando mensagem perguntando como ela está! – Responde Adolph, a relação dele e Kaira está mais amistosa. – Acho que ele está apaixonado por ela.
– Não tem como não ficar, Briana é um espetáculo de mulher.
– Terei que concordar com isso Kaira, vamos brindar a isso. – Diz ele levantando o copo. – Vou buscar mais bebidas, volto já.
– Amiga, eu perdi alguma coisa, está acontecendo alguma coisa entre você e o Adolph?
– Você está bêbada Lucy? Que pergunta é essa?
– Eu não sei, quer dizer, vocês andam tão próximos, tão amigos.
– Você só pode estar bêbada mesmo, sim, nossa relação melhorou, mas não está rolando nada entre nós, ele é o melhor amigo do Levi e mesmo se eu quisesse, não rolaria nada. Que história é essa? Você está com ciúmes?
– Mas é claro que não! É só que você não consegue perdoar o homem que você ama, mas todos os finais de semana está bebendo com esse idiota.
– Eu não estou bebendo com ele, estou bebendo com vocês, mas as noites sempre acabam iguais, Briana nos abandonando por causa do Matteo e você e Adolph se atacando. Eu não estou interessada nele e nem ele em mim! Eu vejo os teus olhares para ele amiga, mas você acha mesmo que esse teu jeito grosseiro vai fazer ele se aproximar? Toda vez que ele tenta ser simpático, você retribui com grosserias.
– Ok, ok, cala a boca, ele está voltando. – Diz ela bebendo seu drink.
– Coquetel de frutas para você. – Diz ele entregando para Kaira. – E para você uma margarita! – Ele solta o drink na frente de Lucy e Kaira cutuca ela por baixo da mesa.
– Obrigada Adolph! – Responde ela com um sorriso.
– Você está doente? Desde quando você é educada?
– Foda-se, não dá para ser gentil com você, tão babaca.
– Você perde a educação muito fácil, meu Deus, vou beber para ver se você fica mais tolerável. – Debocha ele.
– Eu preciso ir, obrigada pela bebida Adolph. Te amo amiga. – Kaira abraça ela. – Assim você não vai beijar esse homem, seja sociável. – Diz Kaira no ouvido dela, deixando-a sem graça.
– Até mais amiga. Amo você também. – Ela observa a amiga sair do Pub.
– Não precisa dizer nada, eu já estou indo, sei que minha presença incomoda você. – Diz Adolph bebendo seu whisky em um gole. – Boa noite, Srta. Moon.
– Está tudo bem, você pode ficar se quiser. – Diz ela sem encará-lo, ele levanta a sobrancelha estranhando a resposta dela.
– Sério, o que aconteceu com você?
– Eu não posso ser simpática, sem você encher a minha paciência?
– Pronto, voltou a monstrinha. – Diz ele rindo.
– Você é muito idiota! – Ela responde sem paciência, ele senta-se ao lado dela e encara-a nos olhos.
– O que foi que fiz para você? Por que você me despreza tanto?
– Eu não desprezo você, só acho você sem graça e um pouco chato. – Responde ela desconfortável com aquela proximidade.
– E você se acha interessante e legal? – Questiona ele olhando para os lábios dela. – Porque para mim, você está no mesmo nível que eu para você, nada interessante.
– Nossa, acabou com a minha noite agora. Não vou dormir, porque o babaca do Adolph Karps não me acha interessante. – Debocha ela.
– Por que você não fala logo o que quer e para de joguinhos comigo?
– Que joguinhos? Do que você está falando?
– Fala logo que quer que eu te beije e talvez eu possa fazer isso! – Lucy dá uma gargalhada.
– Você está bêbado, não está? Ou é sonâmbulo e está sonhando, se afasta de mim.
– Lucy, Lucy, você me deseja. – Diz ele segurando o queixo dela. – Você está toda excitada só por eu estar próximo, assuma logo, que você está morrendo de desejos por mim.
– Tenha dó, não toque em mim! – Diz ela tirando a mão dele de seu rosto. – Você é bem convencido.
– Ok, se você não quer assumir, deixa que eu faço, eu estou louco para beijar você, se não quer que eu faça isso, então diga para eu ir embora, mas se você ficar em silêncio, vou entender que você quer que eu faça isso! – Lucy dá um leve sorriso e não diz nada. – Eu sabia! – Ele passa a mão na nuca dela e beija-a, matando o desejo de ambos, quando estão totalmente sem fôlego eles se encaram e sorriem desajeitados, como se estivessem envergonhados. – Você beijando é muito mais Interessante e é tolerável.
– Te digo o mesmo, então use sua boca para me beijar! Menos papo e mais beijos. – Ela dá um sorriso debochado e ele beija-a novamente, eles se encaram novamente ofegantes.
– Que tal sairmos daqui? – Questiona ele baixinho no ouvido dela.
– Parece uma boa ideia. – Ela beijo-o, ele tira umas notas e coloca em cima da mesa e saem acompanhados dali.