Capítulo 27
1408palavras
2023-07-04 00:34
A noite quando Levi chega na casa de campo ele se depara com Kaira deitada no sofá com uma camisola de cetim branca, ela está com os olhos fechado, usando um óculos e um livro sobre o seu peito, ele se aproxima encara o corpo dela com seu olhar cheio de luxúria, ele suspira e sacode a cabeça em negação.
– Você não pode fazer isso Levi, esqueça. – Resmunga ele. – Kaira? – Ele chama por ela, que não responde. – Kaira? – Repete ele, quando ela novamente não responde ele tira o livro de cima dela e encara os seios delas que estão bem desenhados naquela camisola. – Difícil, muito difícil, se concentra Levi, se concentra, ela é horrível. – Diz ele tentando se convencer, ele pega-a nos braços e sobe as escadas com ela.
– O que você está fazendo? – Questiona ela sonolenta, encostando a cabeça no peito dele.
– Estou levando você para a cama.
– A minha ou a sua? – Pergunta ela com um sorriso maldoso nos lábios, ele dá um sorriso em resposta e controla-se para não beijar aquela pequena mulher em seus braços. – Me leve para a cama do meu marido, quero passar essa noite com ele.
– É uma pena que ele não deseja o mesmo, não é? Mas se desejar, você pode passar a noite comigo! – Sussurra ele no ouvido dela que se arrepia ao ouvir aquela voz rouca e sexy, ele abre a porta do quarto dela caminha até a cama e deita-a com delicadeza, Kaira abre os olhos e eles se encaram fixamente sem piscar. – O que deseja fazer da noite, Srta. Adank? – Ela aproxima o seu rosto do dele ficando tão próxima que seus lábios quase se tocam, ele sente-se enfeitiçado ao inalar o perfume dela, ela sorri sem desviar seus olhos do dele.
– Para você eu sou a Sra. Keller. Eu quero dormir, saia do meu quarto. – ela se joga no travesseiro, tira os óculos, coloca ele na cômoda e novamente sorri maliciosamente ao provocá-lo.
– Péssima escolha, tenha uma boa noite Sra. Keller. – Ele se aproxima e dá um beijo em seu rosto, bem próximo da boca dela, Kaira se controla para não suspirar.
– Boa noite, Sr. advogado. – Ela se vira de costas para ele, dando a ele uma visão sensual do seu corpo, Levi leva a mão para seguir o contorno da cintura dela, mas desiste, ele levanta-se e sai do quarto dela e fica encostado na porta respirando de forma acelerada.
Levi vai para o seu quarto, ele faz sua higiene pessoal e vai para a cama, ele não consegue dormir, pois, não consegue tirar aquela mulher da sua cabeça, ele fica pensando em como ela pode ser uma virgem e, ao mesmo tempo, esbanjar tanta sensualidade para seduzi-lo facilmente.
– Ela está confortável demais, eu não posso deixar. Ela precisa pagar, ela não merece ser feliz. – Ele repete isso várias vezes, como se fosse um mantra, para afastar o desejo que está sentindo por ela.
Levi dormiu quase nada naquela noite, quando ele desce para o café sua fisionomia está péssima, enquanto Kaira parece um anjo sentada à mesa tomando seu café de forma despreocupada.
– Bom dia Sr. Schneider, como você está?
– Bom dia, bem e você?
– Estou ótima, tive uma noite excelente, a propósito, quando me encontrar dormindo em algum lugar, não se dê ao trabalho de me carregar, prefiro acordar com dor no corpo do que ter você me carregando. – Diz ela sem o encarar. – Quais carros são do meu marido?
– Pode deixar senhora Keller, eu só quis ser gentil, mas você não merece. Inclusive a partir de hoje, sua vida confortável acabará, você será responsável por todas as tarefas desta casa, você irá limpar, lavar e cozinhar. – Anabela dá um sorriso ao ouvir aquilo e Kaira dá risadas, até ficar sem ar de tanto rir, ela pega a taça de suco e leva aos lábios. – Eu disse algo engraçado?
– Não, mas é claro que não. Senhor Schneider, olhe para isso. – Diz ela mostrando as duas mãos para ele, exibindo suas unhas grandes e perfeitamente pintadas de vermelho. – Essas são as unhas de uma dona de casa? – Questiona ela com um sorriso sarcástico. – Eu não farei nenhum serviço doméstico, nunca fiz e não será agora, a casa está cheia de empregadas e temos a adorável governanta, Sra. Doertz, que sempre cuida de tudo. – Ela encara Anabela e dá um sorriso debochado. – E, além disso, você não me dá ordens e antes que você diga que são ordens do meu marido, eu já te antecipo, diga para ele falar isso para mim, eu não trabalho com recados. Visto que você não me respondeu, eu pegarei qualquer um dos carros na garagem. Com licença. – Diz ela levantando-se, Levi dá um sorriso indecifrável e bate as pontas dos dedos na mesa, enquanto observa ela sair.
– Sra. Doertz, na ausência de Keller e na minha, ela recebeu alguma visita nesta casa?
– Não senhor, só os funcionários que ela contratou para a mudança da casa estiveram aqui e a senhora que cuida do visual dela. – Levi não responde, ele levanta-se e vai até o escritório, quando ele retorna para a sala de estar, ele avista Kaira segurando sua bolsa. – Você vai sair?
– Não, me arrumei para ficar bonita para você. – Ela responde com sarcasmo.
– Então suba e tente novamente, pois você continua feia, talvez seja esse teu caráter duvidoso, que não te deixa atraente. – Diz ele se aproximando, ele para na frente dela que sorri.
– Caráter duvidoso? Você quer me explicar? Qual o seu problema comigo? Eu nunca vi você na vida, mas você parece ter uma opinião formada sobre mim!
– Não é muito difícil, não é? Você é casada, fica flertando com outro homem, está aqui por puro interesse, isso já basta para saber o tipo de mulher que você é. – Ela coloca a mão no peito dele e vai passando os dedos lentamente provocando-o.
– O homem que eu flerto é você? Às vezes eu acho que você é meu marido, visto que é você que vive me dando ordens. Eu tenho o caráter duvidoso, tanto quanto o seu, não é? Afinal você é um advogado barato, que está aproveitando do dinheiro e luxos do meu marido e em todas as oportunidades que tem, sempre toca em mim! Ele não reagiu bem, quando você contou para ele, eu escutei. Mas você disse todas às vezes que me beijou? Disse todas às vezes que olhou meu corpo com luxúria? Então não me venha com esse falso moralismo, quando o cretino aqui é você. – Ele segura a mão dela que desliza pelo seu peito a abre e solta a chave de um carro.
– Todos os carros que estão aqui são meus, ou você é muito burra, ou se faz, porque sabe que seu marido não pode dirigir, por que diabos ele teria carros?
– Deixa eu pensar! – Diz ela se afastando, batendo seu dedo indicador na testa. – Pensa, Kaira, pensa. Já sei, ele tem carros para que seus funcionários os levem para onde ele precisar, ou vai me dizer que ele usa uma carroça para isso? Você é tão bobinho, deve ser um péssimo advogado. – Diz ela rindo observando o rosto dele contraído pela raiva. – Hey, relaxa a musculatura, você já não é visualmente agradável, assim fica pior. – Ela pisca para ele e vai para a garagem.
– Eu vou matar essa mulher! – Resmunga ele saindo também.
– Você não acha ela muito abusada? Ela flerta com o Sr. Schneider como se fosse solteira, enquanto o marido dela fica trancado no quarto. – Diz Anabela para a empregada que está ao seu lado.
– A relação deles é realmente estranha, ontem a noite eu vi ele a carregando no colo para o quarto, ele demorou para sair de lá, acho que eles são amantes, coitado do Sr. Keller. Você já viu ele?
– Não, ele vive trancado naquele quarto e não temos permissão de entrar, na ausência do Sr. Schneider, só a Rose pode entrar no quarto. Mas eu adoraria contar para ele o que sua esposa troféu anda aprontando. – Diz Anabela com um sorriso maldoso.