Capítulo 59
1756palavras
2023-05-13 19:49
Ponto de vista da Maria.
Acordei super animada hoje, hoje é sábado,porém por um milagre não tenho nenhum ensaio pra fotografar hoje, me levantei e corri pro banho, o dia hoje estava agradável, tomei um banho muito longo, fiz minhas higienes matinais, depois escovei meu cabelo, e vesti uma calça legging preta com uma camiseta preta também, como o dia não estava muito frio eu coloquei apenas um casaquinho também preto e minhas pantufas preferidas, eu desci do meu quarto que é no segundo andar e fui direto pra cozinha preparar café, coloquei meus fones de ouvido e coloquei uma musica no meu celular, coloquei a minha música favorita, unstoppable ( incontrolável), e comecei a cantar, eu amo essa música, principalmente o refrão.
I'm unstoppable, I'm a Porsche with no brakes
I'm invincible, yeah, I win every single game
I'm so powerful, I don't need batteries to play
I'm so confident; yeah, I'm unstoppable today
Unstoppable today, unstoppable today
Unstoppable today, I'm unstoppable today
Unstoppable today, unstoppable today
Unstoppable today, I'm unstoppable today
De repente a música para, e sinto alguém arrancando os meus fones de ouvidos.
- Ei Mari, você empolgou hoje ein! - Eu reconheci a voz que vinha de trás de mim, Carlos.
- Eu? Eu estava cantando baixinho. - Respondi ainda de costas pra ele me fazendo de desentendida, eu sei que estava cantando alto.
- Você não tem jeito, me acordou sabia? Espero que esteja fazendo muito café pra me recompensar. - Ele me passou os fones por cima do meu ombro, eu os peguei e então me virei.
- Nossa! - Ele estava sem camisa e usando uma calça de moletom preta, ela tinha o Cós um pouco baixo, o'que ajudava a ficar visível as voltas da parte baixa do abdômen dele, e também deixava claro que ele estava sem cueca, não vou negar que senti minha calcinha umedecer. Fui subindo meus olhos pela barriga trincada dele, depois a barba por fazer, esse homem é um verdadeiro Deus da gostosura.
- Você está bem? - Ele estava me encarando, os olhos dele estavam escuros como eu nunca tinha visto e eu congelei com o olhar dele sobre mim.
- Eu? Eu to ótima! Porque? - Eu me encostei na bancada da pia e segurei as bordas com as duas mãos, a presença dele estava me deixando com as pernas bambas.
- Você tá estranha! Tá me encarando? E porque tá de boca aberta?
- Imagina, to não! É impressão tua.
- Se você diz, Mari, eu queria saber se podemos ir jantar hoje?
- Claro, vou ver com a Ana! - Ele respirou fundo, me olhou como se estivesse ensinando uma criança a escrever.
- Mari, eu quero saber se nós Dois, eu e você, poderíamos ir jantar hoje? - Eu ainda demorei um tempo pra entender, ele tinha um sorriso meigo e sexy.
- Ha? Eu, eu. - Nesse momento ouço um choro alto, Ótimo, essa é minha deixa. - Eu, eu tenho que ir, mas conversamos depois, eu juro!
Não dei tempo dele responder, sai correndo de volta pro meu quarto porque esse choro tão alto só poderia significar uma coisa, a Luna tá com fome! Chego no quarto e me deparo com a minha pequena em prantos, ela com certeza herdou a minha fome, porém confesso que foi a única coisa que ela puxou de mim, olhar pra Luna é como olhar pro Damian. Ela tem os mesmos olhos, os mesmos lábios, o mesmo tom de pele, o cabelo dela é claro, ela é literalmente a pequena versão do pai dela. Pego a Luna nos braços, e acalento o seu choro, fico ali durante um bom tempo só alisando o seu cabelo, ela já tem quase um ano e meio, é uma menina esperta e ativa, como o pai. A minha gravidez foi tranquila, o Carlos fez todo o enxoval das nossas filhas, e ele cuidou de nós duas durante toda a nossa gravidez, o parto da Ana foi normal como ela queria, e graças a Deus correu tudo bem, a Laila veio forte e saudável, já eu tive complicações na hora que a Luna resolveu vir ao mundo.
Flashback on
- Ei Maria, faz uma pausa, você tá trabalhando direto. - Era a maquiadora das modelos, ela era uma moça muito simpática e nós duas tínhamos conversado bastante antes do ensaio começar.
- Não se preocupe, estou quase acabando aqui. - Eu estava fazendo as fotos de uma campanha de lingerie, e eu estava com uma barriga enorme. Minha filha só iria nascer em duas semanas então eu continuei trabalhando.
- Você pelo menos almoçou? - quando eu ia responder senti uma dor forte na barriga.
- Nossa! Ela deve mesmo estar com fome, uau!! - Eu falei enquanto colocava minha mão na barriga, a dor começou a ficar ainda mais forte, olhei pra maquiadora que estava com uma cara de assustada.
- Ai, tá bom Luna nós vamos almoçar agora, PAUSA!! - Eu falei passando a mão na barriga com a intenção de fazer a dor diminuir, mas ela só aumentou, enquanto as modelos saiam do estúdio eu me sentei no chão mesmo, a dor piorava e vinha em ondas, cada uma mais forte.
- Vou chamar alguém!! - A maquiadora que eu não lembro o nome saiu correndo, eu alisava a barriga e tentava falar com minha pequena que estava lá dentro.
- Ei Luninha, amor da mamãe, vai com calma tá meu amor, Ai, ai, nossa!! - me arrastei até minha bolsa que estava próxima de mim, foi uma luta pra alcançar, olho pro chão antes de tirar o celular da bolsa e vejo que estou me arrastando no chão molhado. - Merda, quem derrubou água no chão? Imagina se eu escorre… - Foi só então que eu percebi, ninguém derrubou água no chão. - Minha bolsa estourou! - Peguei o celular rápido, o número do Carlos era a última ligação que eu tinha recebido, na reta final da minha gravidez ele me ligava 20 vezes por dia, liguei pra ele e ele atendeu no primeiro toque.
- Alo? Mari, você tá bem? - Ele atendeu muito rápido, deveria já estar com o celular na mão.
- A Luna vai nascer! Corre!! - Eu gritei.
- To aqui na frente, tô chegando ai!
- O que você tava fazendo aqui? - Eu fiquei curiosa, porque ele estava lá?
- Quer mesmo discutir isso agora? - Ele estava ofegante.
- AAAAIIIIIIIIIIIIII! Pelo amor de Deus, chega rápido.
Ele não me respondeu, mas também não desligou a ligação, em instantes ele chegou no estúdio ele parou por instantes para recuperar o fôlego.
- Como. Você. Está? - Ele estava com as mãos apoiadas nos joelhos, depois de uns vinte segundos ele veio até mim correndo.
- Tô ótima, não tá vendo? Vou até fazer uma aula de ioga agora! - Não quis ser grosseira, mas sério?
- Vou te dar um desconto dessa vez, vem vamos pro hospital! Sua bolsa já estourou e as contrações parecem estar bem fortes.
Ele me apoiou e seguimos em direção dos elevadores, o prédio tinha cerca de 25 andares e o estúdio era no vigésimo terceiro.
- Tomara que os elevadores não estejam ocupados agora! - Ele estava um pouco tenso, foi aí que eu percebi.
- Você subiu as escadas? - Ele me olhou e me deu um sorriso.
- Os elevadores iam demorar pra desocupar. - Ele falou como se estivesse falando de três andares, não de vinte e três. Ele estava com o rosto preocupado e isso me deixava preocupada também.
Por sorte um dos elevadores estava parado no nosso andar, e estava vazio também, o Carlos me segurava pela cintura enquanto eu me apoiava com os braços nos ombros dele, ele segurou uma das minhas mãos e começou a falar baixinho. - Vai ficar tudo bem, você vai ficar bem e a Luna vai ficar bem! - Eu não sei se ele estava falando pra mim ou pra ele.
Dali pra frente foi correria, ele já ligou pro hospital e mandou separar uma sala pro meu parto, o carro dele estava na frente do prédio então logo chegamos no carro, ele dirigia feito um louco, passou sinais vermelhos, e manteve a velocidade alta, chegamos no hospital muito rápido, logo me levaram pra sala de parto, ele chegou logo depois de mim já vestido como um médico, não vou negar, ele ficou muito gostoso assim, depois de me examinar ele me olhou com olhar preocupado.
- Não vai ser parto normal, o cordão umbilical enrolou no pescoço dela, ela não aguenta muito tempo, vou ter que te fazer uma cesariana ok?
- Eu to com medo. Minha filha tá bem? Não minta pra mim por … AAAiii!!
- Mari – ele pegou a minha mão. - Confia em mim? - Eu apenas acenei que sim.
- Ela vai ficar bem, eu te prometo, vocês duas vão ficar bem, eu prometo! Agora vou te sedar, ok?
Depois eu só lembro de colocarem uma máscara em mim, depois senti uma agulhada no braço e tudo ficou escuro, eu apaguei. Acordei no outro dia, minha garganta estava seca, e eu tentei me sentar, a preocupação com a Luna era enorme, minha barriga estava muito dolorida.
- Luna? Luna?
- Ei minha florzinha, você tá bem?
- Água? - A Ana pegou um copo de água e me ajudou a beber. - Cadê a Luna? Ela tá bem? - Estava um pouco fraca, minha voz estava baixa. A Ana sorriu pra mim, depois saiu do quarto, depois de alguns instantes, ela voltou sorrindo e logo atrás dela o Carlos entrou no quarto com a Luna no colo.
- Oi mamãe! Olha quem veio te visitar! - Ele veio até mim, ele carregava a Luna com tanto cuidado, a Ana me ajudou a me sentar e depois Carlos colocou ela no meu colo com muito cuidado. - Ela é linda, e vocês duas estão bem. - ele sorria pra mim, eu olhei pra minha menina, como ela era linda, passei o dedo pelo rosto pequeno dela e ela fez um barulhinho tão fofo. - Ela está feliz. - O Carlos me falou. Eu olhei pra ele, com os olhos cheios de lágrimas pela emoção de segurar minha filha, pela alegria de ele estar bem.
- Obrigado! Obrigado mesmo!
Flashback off
Devo muito ao Carlos, e na verdade me sinto muito atraída por ele, a Ana tem que me ajudar com isso.