Capítulo 14
812palavras
2023-05-07 02:10
Quando ele me beijou eu me asustei sim é verdade, mas eu coloquei um tipo de esperança idiota no meu coração, cheguei a pensar que ele estava falando a verdade sobre não ter parado de pensar em mim, por que eu sei que eu não parei de pensar nele. Entro no meu quarto e tiro toda essa roupa que agora tá com o cheiro dele, me olhei no espelho já sem minhas roupas, como eu pude pensar que alguém como ele gostaria de alguém como eu? Esse pensamento me fez ter raiva de mim mesma, como sou idiota!! Olha só pra mim, a namorada dele parece uma super modelo, como ele olharia pra mim?
Peguei um pijama e uma toalha e fui pro banho, liguei o chuveiro e deixei a agua cair em mim, e ali mesmo deixei toda essa angústia e tristeza sair de dentro do meu peito, eu chorei como nunca chorei na minha vida, chorei por ter esperanças com ele, chorei por pensar nele, chorei por me sentir incompleta desde a primeira vez que o vi, chorei por ele ter alguém no coração dele e principalmente chorei por saber que ele me usou, chorei por mim por me sentir pequena, inferior, por me sentir tão pouco pra ele.
A semana estava passando devagar, na verdade muito devagar, eu falei pra minha mãe que não estava me sentindo bem e não sai do meu quarto pra quase nada. O trabalho no ber eu acabei abandonando, de qualquer forma já queria sair de lá a algum tempo e agora com a promoção do meu pai eu tive a oportunidade de sair, no meu curso também não estou indo. Não é que eu realmente esteja passando mal, mas me sinto mal por dentro. O que eu estou sentindo não é dor física mas sim emocional, não quero sair do meu quarto e nem da minha cama, amanhã é meu aniversário de dezoito anos e pra ser sincera não estou sentindo nem metade da empolgação que eu tinha antes de conhecer ele. Eu tinha planejado fazer uma festinha na minha casa pra poder comemorar com a minha família como sempre faço, mas esse ano eu também planejei ir pra uma boate com a Ana, eu nunca fui em uma na verdade mas sempre tive muita vontade, mas agora eu só quero que esse dia passe logo. Ouço batidas na porta

- Pode entrar!
- Oi filha, se sente melhor meu amor? Eu fiz um chá de camomila pra você – Minha mãe me disse me entregando a caneca com o chá.
- Dona Amanda a senhora não existe, mas pra ser sincera com a senhora não to muito melhor não, na verdade acho que vou ficar na cama até segunda.
- Você tem certeza que não quer ir ao médico?
- Tenho mãe! Deve ser só um resfriado mesmo. - Eu não gosto de mentir pra minha mãe, mas também não tenho como contar a verdade. Eu nunca fui o tipo de garota que ligava pra garotos dessa forma sabe, eu tinha sim um casinho ou outro mas nada de mais e quando acabava eu não sofria nem um pouco por eles.
- Uma gripe muito forte né meu amor? Bom eu achei que era pelo beijo que eu vi mas, pelo visto to enganada né? - Minha mãe sabe? Ela tá rindo de mim.

- Mãe? Como você sabe?
- Primeiro lugar, aprende uma coisa, não dá pra enganar uma mãe! Nunquinha! E em segundo eu estava preocupada com você então eu fui atrás e vi tudo.
Minha mãe sempre teve a mania de se achar a vidente e a investigadora do FBI, mas confesso que em 98% das vezes ela acerta. Olhei pra ela esperando receber uma bronca- Olha filha, ele é um rapaz muito bonito e muito educado também, mas não tá cedo demais pra você tá assim por ele não? Há quanto tempo que vocês se conhecem? Pode confiar em mim, não vou julgar você tá bom. Até mesmo por que pra ser sincera até eu ficaria caidinha por ele, que gatinho viu.
- Mãe!!!!

Ela era de verdade uma peça e claro confio plenamente nela, a verdade é que só não contei esse assunto pra ela antes por que eu estava morrendo de vergonha, como eu disse nunca antes me deixei abalar por causa de nenhum garoto antes. Contei tudo pra minha mãe em todos detalhes, inclusive a briga do Luan, mostrei pra ela a mensagem que ele me mandou e também falei da namorada maravilhosa do Damian. Ela ficou de boca aberta quase a história toda.
- Bom acho que vou pegar mais chá pra você, e também uma caneca bem grande pra mim. UII que história ein filha.
Minha mãe saiu do quarto pra pegar mais chá, ou seja essa conversa ainda não acabou pra ela.