Capítulo 18
1159palavras
2023-05-19 04:35
Destiny POV
Eu já cheguei a duvidar de minhas habilidades, no começo eu duvidei que podia alcançar o que meu Pai queria… Eu sequer conseguia caminhar direito e estava tentando entender o tinha acontecido.
De ver aquele que mais amei sendo transformado em algo que eu jamais poderia imaginar que existisse… Quando Marcus comentou sobre a ligação com meu primeiro Destinado eu não fiquei realmente surpresa, eu já sabia que ele ainda caminhava sobre este plano.
No princípio eu tentei caçá-lo, mas nunca consegui encontrá-lo… Então aos poucos meu Pai foi me mostrando outras criaturas, outras formas de lutar e até mesmo comecei a entender o que eu podia fazer e quais os meus limites.
Sim, eu fiquei surpresa de saber que sou filha dos comandantes do SubMundo, mas será que é tão inviável isso? Não… Faz sentido, faz todo o sentido, afinal de contas eu também sou alguém presa entre dois mundos, entre duas realidades e às vezes consigo fazer a ponte entre este plano e o plano espiritual…
Agora eu entendo porque os desafios que meu Pai me entregava estavam aumentando aos poucos, da última vez que encontrei um Corrompido eu quase morri, porque ele não estava sozinho e sim tinha vários outros junto com ele… Mas eu sobrevivi, eu ganhei… Eu estou aqui, em pé… De frente para três grandes.
Sorri de canto, eu já sabia muito bem como queria levar aquilo e fechei os olhos, lembrando a musica que mais representa este momento, eu poderia colocá-la em meu celular, mas bem… Vamos só lutar… Enquanto Monster de Skillet toca em minha mente.
Ao abrir os olhos eu já não mais via apenas o que estava no mundo físico, consigo ver os traços de energias que passaram ali, inclusive o traço de Kendrick e Night, mas eu as ignoro. Marcus tem um tom avermelhado, que lembrava muito o fogo, enquanto Kaiden tem uma aura escura e que parece que tem vários insetos andando e voando ao seu redor… Dylan é quem mais me surpreende, ele tem uma aura esverdeada e sei que ele tem uma ligação com o SubMundo, só ainda não sei identificar exatamente qual.
Aqueles três estão esperando que eu ataque primeiro, grande, grande erro… Apenas movimentei as minhas mãos, tirando elas de dentro da capa, um movimento muito suave, mas o suficiente para atingir o que eu queria, eu posso sentir esta parte que não é natural se movimentar em meu sangue e isso antes me machucava, mas hoje eu já não luto, eu não preciso.
Antes que aqueles três pudessem entender o que estava acontecendo, toda a quadra se tornou um breu… Simplesmente é como se toda a luz tivesse desaparecido e restava apenas a escuridão. Não foi algo gradual, foi de um momento para o outro.
Eu absorvi toda e qualquer luz que estivesse ali, enquanto posso sentir a escuridão fluida, como um líquido delicado que envolve e ao mesmo tempo abre passagem para que eu me movimente, mas que deixa os corpos de meus inimigos muito pesados.
Aproveitando esse momento de surpresa, avancei muito rápida, seguindo a alma daqueles seres, eu posso sentir a pressão do fogo de Marcus, enquanto ele está invocando sua espada, ao mesmo tempo em que Dylan e Sin tentam se alimentar dessa escuridão e Kaiden e Decay estão tentando decompor…
Só que eles não são rápidos o suficiente, eu tenho alguns pares de lâminas, cada uma serve para um tipo de ataque em específico. As duas que estão em minhas mãos neste momento servem para derrubar, elas não tem fio e sequer parecem fazer parte do plano material.
Em um movimento único estou a frente de Marcus, eu sei que ele sabe que agora estou a sua frente e ele está tentando ainda mais lutar contra a Escuridão, mas essa energia é pesada, ainda mais quando você é surpreendido com algo como isso é muito difícil lutar contra.
Com as duas laminas, uma em cada mão eu passei elas pelos pulsos de Marcus, não há um corte fisico, mas sim energético e aquela energia que Marcus estava tentando invocar simplesmente desapareceu. A espada se desfez lindamente, eu consigo ver os resquícios daquela luz avermelhada e laranja.
Como Marcus estava no meio, não precisava me mover para atingir Dylan e Kaiden, apenas subi as mãos e cravei as lâminas no meio do peito de cada um. Se o som existisse com certeza os dois estariam gritando e uivando de dor. Mas a Escuridão não é apenas para suprimir a luz, ela suprime várias outras coisas…
Com calma eu me afastei, dando três passos para trás e a quadra voltou a se iluminar, toda a Escuridão desapareceu, voltando para dentro de mim. Kaiden e Dylan se ajoelharam colocando as mãos no meio do peito, enquanto Marcus ficava me olhando, sem conseguir mexer as mãos.
Eles haviam falhado em entender o que eu era e o que eu era capaz. Eu não sou apenas uma Gamma, eu não sou apenas uma humana e muito menos sou apenas uma corrompida… Eu não tenho mais loba, eu não tenho apenas um tipo de sangue… Eu sou outra coisa.
E entendo porque sou filha de Perséfone, a forma que minhas lâminas funcionam em sintonia com minha máscara. Isso eu preciso agradecer aqueles homens, eles me mostraram que ainda tenho muito o que aprender.
Mas se eles quiserem me ensinar alguma coisa a mais, vão ter que começar a me tratar de igual para igual e não apenas como uma mulher ferida e que não sabe o que está fazendo. Eu sou versátil na maioria das armas, eu consigo ver as almas das pessoas, eu consigo purificar corrompidos e.. Eu consigo manipular a Escuridão conforme a minha vontade.
“Uau!” Escutei várias palmas ecoando e virei a cabeça.
Uma mulher de cabelos loiros estava perto da porta em que Kendrick havia saido. Ela está usando uma espécie de uniforme, só que muito mais sexualizado, os seios mal estavam cobertos, assim como seu corpo. “Isso que é uma verdadeira filha de Perséfone!”
Sorri de canto e sei que ela é irmã de Marcus, a ligação entre eles é muito obvia.
“Ainda bem que alguém apareceu aqui para mostrar para esse bando de homens que se acham fodões, que eles não são tudo isso!” A mulher continuou falando.
Sorri com aquela frase e escutei Dylan e Kaiden soltarem um rosnado baixo. A ligação entre seus lobos estava voltando, ia demorar mais uns 10 minutos até os três se recuperarem.
“Enquanto eles se recuperam, que tal algo entre a gente?” A mulher apontou para eu e ela. "Em falar nisso, você pode me chamar de Alana.”
Fiz uma breve reverência e concordei.
“Vamos ver quantos truques você tem.” Alana sorriu.
Esperamos que os três fossem para as arquibancadas.
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