Capítulo 109
2002palavras
2023-10-13 01:22
Eva queria voltar e ir embora, e tentou pegar o telefone e ligar para Gabbe, mas decidiu desistir. Agora que ela está aqui, era melhor ir dar uma olhada.
Ela estava contando os degraus enquanto subia, ela virou uma esquina e o cenário à sua frente mudou repentinamente. Ela viu uma vasta floresta de bambu. Havia um caminho de paralelepípedos no meio da floresta de bambu. Na entrada, ela finalmente viu uma placa.
Ela continuou a caminhar mais fundo.
Havia luzes orientadoras no chão e um caminho escuro. Em ambos os lados da estrada havia densas florestas de bambu.
Tinha acabado de chover e o chão estava ligeiramente molhado. Eva não pôde deixar de respirar fundo e sentir o cheiro do orvalho noturno e do musgo no ar. Era um bom lugar.
No final do caminho, havia uma série de antigas cabanas japonesas cercando um pátio espaçoso com apenas uma árvore plantada. Debaixo da árvore havia mesas e cadeiras feitas de pedra e tocos de árvore, e sobre a mesa havia uma pequena luminária. O resto da quadra estava completamente vazio, o que tornava a luz laranja na parte de trás da cabana de madeira excepcionalmente brilhante.
Eva realmente não esperava que nesta floresta de bambu que ficava no meio da montanha houvesse um lugar tão bom. Quando ela estava prestes a entrar, ela viu uma mulher de quimono saindo.
—Com licença, você é a senhorita Beauvoir? — Com uma reverência padrão de 180 graus, ela falava com a pronúncia horrível do inglês.
Um restaurante japonês?
—Sim, posso perguntar quem você é? —Eva respondeu fluentemente em japonês.
—Sou o dono do restaurante. O Sr. Gabbe reservou um lugar privado aqui, mas ainda não chegou, então me pediu para trazer você primeiro. —O proprietário voltou para o japonês e secretamente deu um suspiro de alívio. Ela estava com medo de ter problemas para se comunicar com Eva.
—Obrigado! —Ela seguiu o dono até o restaurante, onde trocou os tamancos e chinelos fornecidos na entrada. Lá dentro, ela descobriu que a sala de jantar não era grande, com tatame por toda parte, e era limpa e arrumada com um toque de elegância.
Eva seguiu até o final do corredor e entrou em uma sala privada ao sul.
—Senhorita, por favor, espere aqui um momento. O Sr. Gabbe estará aqui em breve. —O dono então saiu da sala.
Eva entrou.
O lugar lá dentro não era muito grande, tinha apenas sete a oito metros quadrados, cercado por um conjunto de tatamis elevados, com uma mesa baixa no meio. Enquanto um lado era a porta de correr, o outro eram as janelas francesas.
Ela encontrou um lugar para se sentar de joelhos. Ela olhou pela janela. Já estava escuro, mas ela ainda conseguia distinguir a floresta de bambu lá fora.
Ela podia até ouvir a água da nascente.
Muito em breve, alguém entrou com um pouco de chá. Eles também usavam quimono, mas pareciam garçons.
Quando o garçom saiu, Eva folheou o cardápio e franziu a testa.
Isso é uma armadilha? Cada prato custa algumas centenas, e a comida japonesa é famosa por suas pequenas porções. No momento em que Eva estava em conflito com o preço dos pratos, a porta foi aberta e Oliver entrou.
O garçom pareceu reconhecê-lo e imediatamente se endireitou e fez uma reverência para ele. Ele assentiu em resposta.
O garçom saiu e a porta fechou-se rapidamente. Oliver sentou-se de joelhos de frente para Eva.
De repente havia uma pessoa a mais no espaço que antes não era muito espaçoso, e a porta foi fechada. Eva não pôde evitar uma sensação de opressão.
—Por quê você está aqui? —Eva olhou para Oliver com uma expressão ligeiramente chocada.
—O quê, não posso vir? —Oliver semicerrou levemente seus lindos olhos de raposa: —Ou você marcou um encontro com alguém que não posso conhecer?
As palavras de Oliver deram a Eva a sensação de que ela estava secretamente tendo um caso de amor, e ele coincidentemente os pegou em flagrante.
De repente, Eva se arrependeu de ter convidado Gabbe para comer, pois achou um desafio ficar na sala privada e Oliver entrou sem ser convidado.
Ela calmamente apertou os dedos.
—Não sei do que você está falando.
—Seu vestido é lindo! Um novo vestido. Esta é a primeira vez que vejo você usá-lo. Nada mal, parece que você valoriza muito o encontro desta noite!”
Enquanto falava até o fim, Eva só conseguiu franzir a testa, como se de alguma forma tivesse trazido Eva para um círculo estranho, um círculo controlado por ele.
Eva não pôde deixar de pensar que esse homem era uma figura bastante poderosa. Ele era bom em antecipar-se aos outros e sempre assumiu a liderança no menor tempo possível, por isso Nicholas tinha tanto medo dele. Porém, ele não estava disposto a admitir e para mostrar que era mais forte que ele, havia feito muitos desvios.
Mesmo o fato de Gabbe tê-la convidado hoje provavelmente faria parte do plano de Nicholas para lidar com Oliver.
Eva não queria entrar no jogo de poder deles, mas a realidade era que ela tinha que escolher de que lado ficar. Essa sensação deixou Eva desconfortável, ela tomou um gole de chá e, sem fingir educação, empurrou o cardápio para ele e foi direto ao assunto principal.
—Vamos pedir. Por minha conta.
—Seu tratamento?
—Certo, eu vou tratar disso. Considere isso como eu, obrigado. —Se ela não tratasse, quem o faria?
—Tudo bem, por qual devemos começar?
—O que?
—Você não entende? —Ele ainda sorria enquanto esfregava a testa com os dedos: —Você quebrou meu carro e foi ameaçado pelo meu irmão. Ryan intimidou você, você teve problemas com Nísia e parece que fui eu quem te ajudou. Por qual assunto você vai me agradecer com a refeição de hoje?
Este maldito homem não poderia ter calculado isso com tanta clareza, certo?
Bem, ela admitiu que ele a ajudou diversas vezes e até salvou sua vida, mas ela não tinha intenção de retribuir com comida.
Eva riu enquanto segurava sua xícara de chá.
—Sim, você me ajudou muitas vezes, mas lembro que assumi a culpa por você algumas vezes. Fui tomado como amante pela sua mulher! —Oliver ficou surpreso, por que ela mencionou isso?
—Não, o que você quer dizer? —Eva franziu a testa.
—Nada demais, só queria dizer que seu filho ainda está no hospital. —Agora foi a vez de Oliver ficar sem palavras!
—Você não vai acertar as contas assim, vai? —Oliver riu amargamente.
—Você também não vai acertar as contas assim, certo? —Ela respondeu rapidamente.
Como se tivesse acertado em cheio, Oliver suspirou impotente.
Que mulher chata.
Ele não conseguiu continuar a conversa, o que o deixou um pouco chateado. Ele levantou a cabeça para olhar a expressão da mulher à sua frente, que ainda olhava pela janela, calma e indiferente, como se não importasse o que ele fizesse, isso não a afetaria nem um pouco.
No entanto, Oliver percebeu que ela parecia ter colocado uma maquiagem leve hoje, e essa descoberta piorou seu humor.
Por alguma razão, ele não sabia por quê.
—Senhor. Gabbe disse que me enviaria um convite depois do trabalho. Está quase na hora do jantar e não posso deixá-lo voltar com o estômago vazio, certo? —Eva não poderia permitir que esse mal-entendido continuasse. Com seu temperamento, era difícil dizer o que aconteceria com Gabbe quando ele chegasse.
Ele estava mirando em Eva como esperado. Eva tomou a iniciativa de confessar a Oliver, fazendo com que seu humor melhorasse muito. Ele não a repreendeu.
—A empresa de tecnologia em que Gabbe trabalha foi fundada pelo meu irmão mais velho.
—O que?
—Essa foi a primeira empresa que meu irmão mais velho fundou e foi extremamente significativa para ele. Ele sempre cuidou disso sozinho, e entregá-lo a Gabbe agora pode ser considerado uma afirmação de sua habilidade e lealdade. —Oliver riu e disse.
Não admira que Nicholas não tenha intercedido por ele. Ele tinha outros arranjos; Eva assentiu em silêncio.
Em seguida, os dois sentaram-se frente a frente, tomando chá.
Gabbe abriu a porta e ficou surpreso ao ver Oliver.
Mas ele rapidamente se acalmou e, depois de cumprimentar Oliver, sentou-se ao lado.
—Vamos comer! —Oliver pegou o cardápio.
—Você não vai fazer o pedido primeiro? —Eva olhou para Oliver.
—Não há necessidade. —Ele apertou a campainha de serviço ao lado de sua mão, mas Eva estava com preguiça de perguntar.
Depois de um tempo, alguém entrou com uma taça de vinho.
—Voce gostaria de alguns?—Gabbe perguntou a Eva.
—Ela ainda está ferida. —Oliver decidiu por ela.
Gabbe não forçou, então derramou um pouco em sua xícara e serviu para Oliver.
—De acordo com os costumes dos japoneses, deveríamos beber primeiro um pouco de vinho. Sr. Oliver Murray, por favor!
Os dois homens ergueram as taças.
Eva não emitiu nenhum som. A sala estava muito silenciosa e eles podiam ouvir as folhas de bambu sendo sopradas pelo vento do lado de fora da janela.
Depois, os garçons trouxeram os pratos um após o outro. Cada recipiente era delicado e requintado. Eles os enchiam com uma pequena pilha ou uma pequena quantidade de comida, fazendo com que as pessoas se sentissem insuportáveis para pegar a comida.
—O prato à sua frente deveria se chamar Tigela Imperial. A sopa leva de três a quatro dias para ser cozida e depois cozida no vapor por três horas com a lula fluorescente de Hokkaido. Em seguida, as ervilhas serão adicionadas com tofu e água no caldo, que é o que costumamos chamar de sopa. Por fim, acrescenta-se peixe grelhado e purê de brotos de bambu de inverno. Mas os restaurantes mudam o prato de acordo com as estações. Portanto, o Imperial Bowl pode ser diferente a cada vez que você vier.
—E o da sua direita é chamado de vaporizador na culinária japonesa. É feito de poder Osaka Domyoji com farelo de cereja. E é embrulhado dentro de uma cavala e finalmente polvilhado com milho japonês. Então, tem um gosto macio, mas não gruda nos dentes.
Este homem com certeza sabe como se divertir. Eva provou alguns bocados e foi excelente.
Gabbe, que estava sentado à sua frente, bebeu um gole de vinho sozinho com um brilho frio nos olhos.
Ele acreditava que Eva não chamaria Oliver, mas não foi por acaso que Oliver veio aqui, parecia que Oliver já o estava monitorando. Gabbe sabia que não poderia conversar muito com Eva hoje, então decidiu deixar esse assunto de lado e desfrutar de uma refeição.
Esse balanço não serve para nada, mas foi o mais exigente com belezas e iguarias. O que ele recomendou pessoalmente não estaria errado.
—O Sr. Oliver Murray sabe muito sobre culinária japonesa!
—Não, eu tinha um amigo que adorava comida japonesa. Seu maior sonho era abrir um restaurante japonês, escondê-lo nas montanhas, construir algumas casas e ser chef. Passei a entender a culinária japonesa depois de ouvir muitas de suas palavras.
—Essa é uma boa ideia. Ele abriu? —Eva inicialmente ficou preocupado que esta refeição terminasse em uma briga. Agora que os dois homens estavam conversando sobre comida, não parecia tão ruim.
Oliver abaixou a cabeça e riu friamente.
—Sim!
—Isso é bom. —Eva também riu, mas muito levemente: —Ter um sonho e depois ser capaz de realizá-lo deve ser uma coisa muito feliz.
—É assim mesmo?
—Claro.
—E você? Você tem algum sonho? —Oliver mudou repentinamente de assunto para Eva.
—Antes eu queria ser jornalista, mas meu pai disse que seria melhor adquirir algumas habilidades e queria que eu fosse chef. e acabei sendo secretária. —Eva franziu a testa e varreu o cabelo com a mão.
Gabbe riu, no passado, quando Eva era sua secretária, ela também mencionou o estranho pensamento de seu pai. Naquela época, Eva ainda estava com raiva e seu tom era um tanto agressivo.
—Tornar-se um chef? Que ideia extraordinária seu pai teve! Ele deve ter criado você dessa maneira.” As habilidades culinárias de Eva a tornaram digna de ser chamada de chef.