Capítulo 18
1310palavras
2023-04-30 15:21
Elijah pisou no acelerador e o carro acelerou.
Eva girou a maçaneta e se sentou. Ela virou todo o corpo para o lado e apoiou a parte superior do corpo contra o assento de couro grosso.
O silêncio voltou ao interior do carro.
Havia apenas o som da chuva forte e rápida, que batia no vidro e fazia a montanha lá fora parecer um borrão.
Oliver olhou para a hora e ligou para Abby.
—Talvez eu não possa ir! — Ela ainda teve coragem de estrangular Oliver, o atraso já havia deixado uma má impressão em sua avó, a madame Murray, agora ele até não ousava vir.
—Venha, não importa o quão atrasado você esteja!—Assim, Abby o rejeitou imediatamente com um tom de comando.
Oliver naturalmente sabia que esse assunto era muito importante e também queria se sentar na sala de conferências da sede agora. Mas isso era possível? Já que ele ia deixar uma má impressão aos acionistas, não ajudaria mesmo se ele corresse.
Então ele pode não ir também.
—É realmente urgente, vamos manter contato.— Oliver ignorou a irritante Abby e desligou diretamente.
No entanto, assim que o telefonema terminou, Oliver sentiu seu braço direito afundar, enquanto Eva, que estava ao lado dele, de repente se inclinou.
O que estava acontecendo?
—Ei!— Oliver deu um tapinha no ombro de Eva.
Ela não se mexeu e continuou afundando com a cabeça no ombro dele, seu corpo inteiro parecia ter pousado no braço de Oliver. Mesmo que estivesse chovendo, ela não deveria ter acabado assim! Poderia ser … O coração de Oliver afundou.
Eva cobriu o estômago e se enrolou em uma bola. Não se sabia se havia chuva ou suor em sua testa. Seus lábios estavam brancos e suas pálpebras pareciam completamente enrugadas de dor.
—Você ...— Oliver estava prestes a perguntar quando de repente ela agarrou a mão dele.
Eva colocou o rosto em seu ombro, mas segurou firmemente os dedos de Oliver. Suas mãos finas e frias tinham unhas cravadas em sua carne, tornando-se cada vez mais apertadas. Como se ela estivesse tentando transferir algo para ele.
Oliver foi pego despreparado.
No entanto, sua mão esquerda não podia ser puxada, o corpo de Eva ainda estava afundando. Seu rosto estava perto de seu braço. Mesmo através de uma camada de pano, ele ainda podia sentir o frio e o calor úmido em seu rosto.
Oliver foi forçado a torcer um de seus braços e agarrá-la pela cintura na tentativa de ajudá-la a se levantar. Eva já havia entrado em semi coma, deitado molemente em seu colo.
O coração de Oliver apertou. Ele rapidamente tirou a jaqueta e colocou sobre o corpo dela. Ele insistia com Elijah.
—Rápido, rápido, o hospital mais próximo.
Ao chegar no hospital, Eva teve uma apendicite aguda, e foi levada para a sala de operação, sentindo como se estivesse mergulhada em água fria.
Havia um som fraco em seus ouvidos e uma luz penetrante na frente dela. A dor nas profundezas de seu corpo era aguda e distinta, mas todos os seus sentidos pareciam ter sido separados.
Eva não sabia quanto tempo ela dormiu, mas quando ela abriu os olhos, viu uma pessoa sentada na frente da cama, era Oliver que já estava sentado nesta cadeira por quase 3 horas. Pode-se dizer que ele mantinha essa postura desde que chegou à enfermaria.
Nas últimas três horas, ele vinha pensando em algo, ou melhor, no que poderia perder esta noite.
Vendo que a pessoa na cama havia acordado, Oliver ergueu as pálpebras pesadas e perguntou.
—Como você se sente?—
—Nada bem!—Já era bom ela não ter morrido, então o que mais ela poderia fazer?
Oliver pigarrou, sabendo que ela deveria estar assim depois de acordar.
—Oh você, o que é tão importante que você não consegue suportar? Se algo acontecesse com você enquanto você estava a caminho...— Seu tom era claramente questionador, mas sua voz era rouca e baixa.
Deus sabe o quanto ele havia sofrido nas últimas horas.
Ele pensou mais de uma vez: Se Eva não os encontrasse, quais seriam as consequências?
Mesmo agora, quando ele pensava em como Eva parecia no carro, ele ainda sentia um medo persistente. Só por causa disso, ele ficou preso em um dilema por três horas.
Eva havia acabado de terminar a cirurgia e seu corpo já estava fraco. Agora ela estava sentada na cama, segurando-se.Era difícil para ela continuar sorrindo em um momento como este.
—Não diga isso assim. Porque Valentina brinca com você desde que ela era jovem. Ela é alguém que eu posso tolerar?—Com uma única frase, ela bloqueou o caminho de Oliver.
Oliver beliscou os dedos, aparentemente querendo ensinar uma lição a Eva. Mas no final apenas uma frase permaneceu:
—Você não pode simplesmente voltar e ficar com raiva de mim. Você não sabe fazer uma ligação? Mesmo que não nos ligue, você deve pelo menos chamar um táxi ?
—Quero ligar, mas para isso, preciso de um telefone!— O tom de Eva era quase triste. Ela desejou poder morder e sangrar.
Ela era muito descuidada. Ela nem sabia quando seu telefone foi levado embora.
—Você não disse que saiu porque estava de mau humor quando teve um conflito com Nísia? Como pode não haver telefone?— Os olhos de Oliver ficaram mais frios quando ele disse.—Você acabou de dizer que não podia tolerar Valentina, afinal, você começou um conflito com ela ou com Nísia?—Para realmente fazer uma pergunta tão retardada. Valentina gastou tanto esforço para entrar em um lugar tão maldito apenas para tratá-la com uma refeição?
Sem mencionar o inteligente Oliver Murray, mesmo uma criança de três anos não acreditaria.
—Tudo bem, já que você perguntou. Eu, Eva, responderei sinceramente uma vez, que você é meu superior, Nísia é um interlúdio, a personagem principal é Valentina. Eu me pergunto se o Oliver Murray ainda tem alguma dúvida sobre minha resposta?—Oliver soltou um longo suspiro. Se essa mulher fosse alguém que soubesse como transigir, ela não teria retrucado contra Valentina e a envergonhado.
—Sinto muito, peço desculpas por ela, na verdade, ela se arrependeu bastante do aconteceu, pois quando ouviu que algo aconteceu com você, então ela pediu para vir aqui para vê-la, e acabou sofrendo um acidente de carro e ficou neste hospital.—Como o assunto já aconteceu, Oliver só queria reduzi-lo e todos poderiam dar um passo atrás.
—Ela está machucada?— Eva estava estupefato, que tipo de dia foi hoje?
—Sim, Stella a acompanha.— Oliver se levantou. Desde o momento em que Valentina foi ferida até o momento em que ela chegou a este hospital, ela estava escondendo isso dele. Foi somente quando Eva saiu da sala de operação que Stella lhe enviou uma mensagem.
Ela não se importava com seus ferimentos e, em vez disso, ficava perguntando como Eva estava. Quando ela descobriu que Eva não estava em perigo, ela finalmente ficou aliviada. Ela chorou como uma criança e até Stella ficou triste ao ouvir isso.
—Vá vê-la. Diga olá para ela por mim. Vejo-a mais tarde.— Eva olhou para Oliver e disse.
—Tudo bem, descanse bem, eu voltarei para ver você daqui a pouco.—Agora que Eva estava bem, era hora de ele visitar Valentina.
Olhando para as costas de Oliver, Eva estava um pouco perdida em pensamentos, ela não conseguiu reagir por um longo tempo, tinha a sensação de que algo estava errado, mas não sabia dizer.
Os olhos de Eva estavam levemente doloridos por causa da luz do teto, ela esfregou o rosto com as mãos e virou a cabeça para olhar pela janela.
Do lado de fora da janela estava escuro. A chuva havia parado e o mundo estava quieto. Finalmente, tudo parou.
Eva lentamente dobrou a parte superior de seu corpo reto e enrolou os braços em volta dos joelhos como um pássaro cansado, mas nas sombras da porta, ela não viu a pessoa parada ali.