Capítulo 89
1308palavras
2023-05-31 00:02
(Ponto de vista de Ashley)
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Eu estava preocupado que Nikolai não fosse a favor de morar em meu modesto apartamento de dois quartos. Minha casa inteira provavelmente era tão grande quanto a cozinha dele em sua luxuosa cobertura em Averna. Conseguir uma casa em Amberose não saiu barato, principalmente quando escolhi ficar no bairro nobre.
Era um apartamento estrategicamente localizado perto da minha pequena butique de vestidos e, o mais importante, a uma curta distância da nova pré-escola de bruxas e feiticeiros talentosos que o Teddy frequentava. Era uma escola exclusiva para crianças que passavam em um exame muito difícil e, assim, podiam demonstrar como eram poderosas.
Meu filho era, obviamente, muito poderoso para sua idade.
A escola também era onde minha mãe havia estudado antes, depois eu e, agora, eu era uma mãe orgulhosa por ter meu filho juntando-se ao nosso pequeno legado. Dave me ajudou a preparar o Teddy para a escola no ano passado. Ele também falsificou alguns documentos para mostrar que o pai do Teddy era um feiticeiro, e não um lobisomem.
A escola não estava aberta para lobisomens e vampiros, nem para fadas. Dizia-se que o fundador da escola não gostava muito dessas espécies.
Nikolai não ficou muito feliz em saber que eu havia mandado meu filho para essa escola, mas garanti a ele que era temporário até que eu resolvesse meus problemas. E, claro, até eu me mudar para morar com ele.
Eu não tinha certeza do que havia acontecido naquela noite quando ele me pediu para morar com ele em Xevia, um país que ficava a milhares de quilômetros de Amberose e onde se dizia ser muito frio para o meu gosto.
Por algum motivo que não entendi, concordei com o pedido dele. Talvez eu não quisesse me separar de Nikolai. Eu precisava dele na minha vida. E Teddy ficava muito feliz perto dele.
"Querida, você precisa de alguma ajuda?", Nikolai já havia desempacotado sua pequena bagagem e encontrado algum espaço para suas roupas caras no meu guarda-roupa lotado. Ele até me ajudou a arrumar a bagunça no meu quarto, em que os brinquedos e roupas do Teddy estavam espalhados pelo chão.
Fiquei bastante envergonhada de mostrar a ele meu quartinho bagunçado, o qual era totalmente o oposto do quarto bem organizado e grande que ele tinha na sua cobertura. "Tô bem. Por favor, fique à vontade. Não tem muita coisa aqui pra eu mostrar. Eu te disse que era pequeno demais pra você ficar", expliquei.
Ele riu e andou até mim enquanto desabotoava a camisa, em seguida perguntou sedutoramente: "Teddy tá dormindo na cama. Quer tomar um banho comigo?"
Mordi meus lábios quando vi como ele era sexy sem camisa. Seu corpo perfeitamente esculpido era torneado e estava em forma. Meus olhos estavam vidrados no seu corpo até que vi uma marca em seu peito. Nunca a percebi antes, então perguntei: "Nikolai, o que é essa marca no seu peito?"
Ele pegou a minha mão e a colocou gentilmente em cima da marca, a qual parecia um símbolo. "Isso, meu amor, é o que Teddy precisaria quando chegasse a uma idade em que seus poderes saíssem do controle", ele explicou para mim.
Apertei os olhos e olhei mais de perto a marcação que tinha um símbolo familiar. Eu já vi esse símbolo em um dos meus livros de feitiços, então perguntei: "O que isso diz? Onde você o conseguiu?"
"Com a Daisy, a xamã. Ela tinha um amigo que tatuou esse símbolo no meu peito pra me ajudar a sobreviver como um híbrido. Ele me protege contra o poder da escuridão que há dentro de mim e que pode roubar o controle do meu corpo e da minha mente", ele levantou meu queixo para que eu o encarasse, "Se o Teddy for realmente meu filho, ele também vai precisar disso."
Pisquei meus olhos várias vezes. Eu me perguntei por que ele disse isso? Ele descobriu a verdade?
Finley disse para mim que a questão do teste de DNA de Nikolai e Teddy havia sido resolvida. Nikolai fez outro teste?
"O que foi, querida? Tem alguma coisa que você queira me contar?", ele sussurrou em meu ouvido e beijou minha têmpora, "Nós prometemos um ao outro não guardar mais segredos."
Lembrei-me da promessa que fizemos, mas eu não estava pronta para contar que ele era, de fato, o pai do Teddy. Eu não tinha certeza se queria ficar com o Nikolai para sempre.
E se eu não quisesse morar com ele em Xevia?
E se eu não conseguisse me encaixar em sua vida de lobisomem?
E se meu filho escolhesse ficar com Nikolai?... Eles estavam ficando muito próximos um do outro, e eu tinha a sensação de que o Teddy gostaria de ficar com o Nikolai para aprender sobre seu lado lobisomem.
Suspirei quando pensei em todas essas perguntas que estavam passando pela minha cabeça. Eu não sabia o que falar para ele. "Nikolai, eu não posso fazer isso", falei por fim.
Eu gentilmente o empurrei para trás e afastei-me alguns passos dele. Eu precisava de respirar e pensar. Sozinha.
Eu me virei para sair do quarto. E, então, vi sua mão fechando a porta para que eu não saísse do quarto. "Não sei por que você não me contou sobre o verdadeiro pai do Teddy, mas eu realmente gostaria que ele fosse meu. E eu poderia esperar pra ouvir isso de você. Fale comigo, Ashley", ele expressou seus desejos e pensamentos.
Fechei os olhos e balancei a cabeça enquanto falava: "Por favor, agora não."
Ele suspirou e colocou a outra mão no meu ombro enquanto ainda estava atrás de mim. "Tudo bem, não vou te forçar a me contar. Me desculpe. Não vamos brigar, tá bom?", ele me pediu.
Ele sussurrou em meus ouvidos e começou a beijar minhas bochechas, descendo até meu pescoço em seguida e falando por fim: "Vou tomar banho, você é bem-vinda pra se juntar a mim."
Eu sorri e me virei para encará-lo. "Eu vou te contar quando for a hora certa. Eu só quero me concentrar no próximo concurso agora. Tenho só algumas semanas pra enviar meus desenhos e essa última semana foi bem estressante pra mim e pra Cindy, e ainda precisamos nos preparar pra enviar a nossa apresentação dos nossos projetos de desenho", desabafei.
Ele assentiu com a cabeça e beijou minha testa. "E eu estarei aqui por quanto tempo você precisar de mim. Eu vou te ajudar a cuidar do Teddy enquanto você se concentra no seu trabalho, tudo bem?", ele afirmou.
Ele era um homem tão bom. Eu tinha sorte de tê-lo na minha vida, pois ele cuidava de mim e do Teddy. Acariciei seu rosto e sussurrei: "Vamos tomar banho juntos."
Mordi meus lábios enquanto olhava para ele sorrindo para mim. Ele então levantou meu corpo para me levar até o banheiro com um chuveiro que mal cabia duas pessoas ao mesmo tempo.
Ele não parecia nem um pouco incomodado com o espaço pequeno e até me ajudou a tirar minha roupa lentamente, com os olhos fixos em mim. Seus lábios roçaram os meus, em seguida ele usou sua língua para brincar com os meus lábios.
E eu tremi quando sua mão tocou meu corpo conforme ele limpava minha pele com o gel de banho. "Nikolai", eu chamei pelo seu nome em um sussurro, o qual parecia um pouco sem fôlego. Eu tremi com seu toque suave, o qual eu estava adorando.
Enquanto ele me beijava debaixo do banho quente, minhas mãos envolveram seu pescoço. A próxima coisa de que me lembrava era de Nikolai virando-me para que eu ficasse de frente para a parede enquanto ele sussurrava bem perto do meu ouvido: "Vou ser gentil, não tenha medo, meu amor."
E, então, senti sua er*ção dura entrar em mim suavemente. "Ah, Nikolai", foi tudo que consegui dizer.