(Ponto de vista de Ashley)
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Eu estava ocupada cuidando do Teddy, que, de repente, teve uma febre alta. Dormindo ao lado dele, eu não conseguia parar de comtemplar a sua fofura até quando ele não estava bem. Ele estava cada dia mais parecido com o pai.
Isso meio que me assustava um pouco. E se os outros começassem a notar a semelhança deles?
Suspirei ao pensar nisso e cobri meu garotinho com o cobertor que eu mesma havia tricotado quando estava grávida dele. Um cobertor rosa.
Achei que eu ia ter uma menina, mas acabou sendo um menino que passei a amar de todo o coração. Eu não me importava se meu garotinho era menino ou menina, eu só queria um bebê saudável e feliz por me ter como mãe.
E Teddy foi o presente mais precioso que me foi dado.
Quando Finley ligou na noite anterior para me contar sobre a doença de Teddy, corri o caminho todo até chegar na casa dele. Nem me dei ao trabalho de contar isso para a minha prima, Phoebe, e simplesmente deixei um bilhete dizendo que eu havia mudado de ideia.
Menti para eles dizendo que queria ficar sozinha até estar pronta para retomar a minha antiga vida novamente. Eu sabia que ia magoar a Phoebe. Eu esperava que ela me perdoasse por ter saído abruptamente.
"Mamãe, não me deixe", deixava-me triste ouvi-lo implorar para que eu não o deixasse. Ele estava ficando mais carente e sua mão estava segurando a minha, garantindo que eu ainda estava ao seu lado.
"Tô aqui, meu amor, a mamãe tá aqui", segurei a mãozinha gordinha dele e a beijei, "Você precisa dormir pra acordar melhor amanhã."
Esperei até que ele dormisse antes de me levantar lentamente para tomar um banho. Eu esperava muito que meu filho se recuperasse logo. Eu tentei todos os tipos de feitiços para deixá-lo confortável. Parecia que ele havia ficado um pouco melhor depois de ter tomado alguns medicamentos.
"Eu não deveria ter ficado longe dele por muito tempo. Obrigada, Finley, por cuidar bem do meu menino. Você é um amigo de verdade. Provavelmente, meu único amigo", eu ri e caminhei com o Finley para tomar um pouco de ar fresco em seu jardim no quintal de trás.
Não demoraria muito até que Teddy acordasse e fosse me procurar. Eu precisava descansar um pouco e, talvez, dedicar algum tempo para trabalhar nos meus desenhos.
"Me desculpe, Ash. Eu deveria ter cuidado melhor dele. Você sabe que nós o amamos muito", eu assenti com a cabeça e sorri para Finley. Em outra vida, daríamos um belo casal.
Entretanto, o coração de Finley pertencia a outra pessoa. Alguém que fez com que ele fosse deserdado pela própria família. Apaixonar-se pelo filho do inimigo de sua família era inaceitável para sua alcateia.
Ele havia sacrificado muito por amor. Quase tudo que tinha.
Eu me perguntei se Nikolai faria o mesmo. Eu acreditava que sim. Talvez, eu estivesse errada.
"Você tá preocupada? Qualquer coisa que eu puder fazer pra ajudar, é só me falar", Finley cobriu meu corpo com sua jaqueta para me manter aquecida. Que cavalheiro ele era!
"Não sei", envolvi meu corpo com os braços e suspirei.
"Não deixe que aquelas notícias te afetem muito", Finley sentou-se ao meu lado em um banco conforme nos recostávamos nele enquanto olhávamos para as estrelas, "Pode ser só um mal-entendido. Talvez ele não a ame."
"Você viu como a Pamela é bonita? Uma filha de um Alfa forte. Ela é perfeita pra ele", fiquei triste ao dizer essas palavras. Achei que ele me queria.
"Talvez tenha sido uma bênção não ter ido se encontrar com o Nikolai naquele encontro. Eu teria esperado e esperado... e então partiria meu coração saber que ele estava ficando noivo de outra mulher", eu estava soando bem patética naquele instante, "Tenho dedo podre no amor. Primeiro, o Philip, depois o Nikolai. Talvez eu esteja destinada a ficar sozinha."
Ah, que maravilha, eu estava chorando. Percebi que preciso aprender a deixar o Nikolai ir. Ele não era mais meu.
Finley enxugou minhas lágrimas com seu lenço.
"Sozinha, não, minha querida, porque você tem a mim. Eu sempre estarei presente por você, não importa a hora em que você precisar de mim", Finley me envolveu em volta do meu ombro e beijou minha testa levemente, "A propósito, Dave mandou lembranças pra você e disse que voltaria pra cá em alguns dias", Teddy vai ficar animado em vê-lo de novo quando melhorar."
Sorri para ele e senti um pouco de inveja por ele ter alguém para amar e cuidar dele. Dave era um amor de pessoa. Ambos cuidaram de mim enquanto eu estava grávida de Teddy.
"Você acha que ele me ama?", perguntei ao Finley e pensei que essa era uma pergunta idi*ta.
"E isso importa? O importante é o que você quer. Você o quer?", Finley me fez uma pergunta da qual eu mesma não tinha certeza.
Ficamos sentados em silêncio por um tempo, apreciando a vista da noite estrelada e o clima perfeito.
"Ah, a propósito, um cara ligou pra você ontem por volta do meio-dia. Eu esqueci de te contar, você estava ocupada cuidando do Teddy. Dave que atendeu a ligação", Finley apertou a minha mão ao falar isso. Eu sabia que ele sabia quem era.
Eu sabia que, provavelmente, era Nikolai procurando por mim ou querendo me avisar que havia escolhido a Pamela em vez de mim. Eu não estava com vontade de falar com ele.
Estar com Teddy era a minha prioridade.
Então, fui para a cama e esperei que o dia seguinte fosse melhor.
Acordando no dia seguinte, era um dia melhor, de fato, pois o Teddy havia melhorado e pude vê-lo sorrir novamente. Ele era meu pacotinho de alegria.
"Mamãe, tô melhor agora. Podemos ir ao parque?", o desejo do meu filho era uma ordem. Faltavam poucos dias para a última fase do concurso, então fiquei triste, pois eu teria que me afastar dele novamente por alguns dias.
Depois de levá-lo ao parque, passei o dia inteiro realizando seus desejos. Ele era um garotinho feliz de novo.
No dia seguinte, fui a uma loja próxima buscar um material importante para o vestido que eu iria desenhar para a última fase. Um material exclusivo que não era fácil de se obter, principalmente durante a temporada de concursos.
Eu tinha certeza de que muitos estilistas já teriam comprado os materiais de que precisavam para seus vestidos. A última fase era importante para mim. Eu precisava vencer para que tudo houvesse valido a pena.
Entrando na loja, a qual parecia chique, sorri para a atendente e pedi que ela me mostrasse o material que eu queria. "Sinto muito, senhorita Winters. Esse material esgotou faz pouco tempo. Ele vai chegar daqui a uma semana", a atendente disse educadamente.
"Ah, olha quem tá aqui", eu odiava aquela voz. A voz irritante que destruiu a minha vida.
"Se você quiser um pouco desse material, eu posso te dar de graça", Helen sussurrou para mim, "Mas você vai ter que implorar."
Ah, minha cara Helen, eu imploraria se eu pudesse ter a sua alma mortal para torturar por toda a eternidade.
Ignorei o que ela disse e fui embora.