No hotel, Ethan trabalhou o restante da manhã, no almoço ele leva Katherine em um restaurante próximo ao hotel.
– Katherine, hoje à noite vamos viajar para São Francisco, no estado da Califórnia, vamos morar lá.
– Morar?

– Sim, eu te disse que quando resolver tudo em Canterbury, vou me mudar para cá, vamos começar a nossa vida aqui, longe de tudo que nos fez mal. Depois do almoço eu vou te levar para comprar algumas roupas, e quando chegarmos lá vamos comprar a nossa casa, vamos fazer isso antes de eu retornar. – Ela sorri animada para ele.
– Eu não vejo a hora de vivermos assim para sempre, sempre preocupação, apenas nós.
– Estamos chegando perto disso acontecer.
– Meu amor, a mulher que Vincenzo estava é a Grace?
– Sim, eles ficaram há algumas noites.
– Ele vai machucar minha amiga?

– É bem provável que isso aconteça, Vincenzo não gosta de se sentir usado e sua amiga está fazendo isso, mesmo que seja para provar o monstro que eu sou. Vincenzo é um homem legal, mas ele não é bonzinho com as mulheres, se ela tivesse escolhido o Andrew, as coisas seriam mais fáceis.
– Isso me deixa triste, Grace está sofrendo por achar que estou morta e está se destruindo. – Diz ela baixando o olhar para esconder sua tristeza.
– Katherine, falta pouco para resolvermos tudo, ela vai esquecer todas as dores quando te ver, o que você está fazendo é justificável. Não tivemos outra opção.
– Eu sei, não liga, eu ficarei bem. – Diz ela com um leve sorriso.

– O que você acha se logo após comprarmos a nossa casa, fazermos as compras para a nossa bebê? – Ethan muda de assunto para animá-la.
– Vai ser incrível, vamos pintar o quarto dela de rosa e fazer um céu com um arco-íris no teto. – Diz ela animada.
– O que você quiser, vamos fazer o melhor para a nossa filha.
Eles seguem conversando fazendo planos para a vida que estão planejando ter juntos, após o almoço ele acompanha-a nas compras para ela comprar algumas roupas e a noite como planejado eles vão para Califórnia. Em Canterbury Isabella se encontra com Andrew para jantar.
– Obrigada por vir, Andrew, fico feliz que você esteja aqui. – Diz ela com um sorriso simpático.
– Como estão as coisas, depois do término?
– Ethan te contou que me fez voltar com ele? Para o ajudá-lo em seus planos.
– Não, ele não me disse, mas eu sabia o que ele estava planejando, eu sei que foi você quem instalou o software espião no celular do Harry. E como está indo?
– Não estamos mais juntos, eu consegui cumprir o que Ethan me pediu, na primeira noite e hoje mais cedo encontrei ele na casa da Amélia e terminamos novamente.
– E como você está com isso?
– Eu estou bem, quer dizer, eu estou confusa com meus sentimentos, é tudo muito recente, mas ficarei bem.
– Vai, sim, tudo sempre fica bem. Escolha melhor na próxima vez.
– Eu acho que já escolhi. – Ela responde com um sorriso. – E você, Andrew, está tudo bem?
– Tudo ótimo. – Responde ele com um sorriso, ele avista Grace entrar no restaurante com Michael. – Quais são seus planos agora?
– Acho que vou começar a trabalhar na empresa da minha família.
– Olá, boa noite. Tudo bem com vocês? – Questiona Grace ao se aproximar da mesa.
– Olá, Srta. Patel, estamos bem e você? – Responde Isabella.
– Estou ótima, vocês já conhecem o meu amigo, não é? – Michael dá um leve sorriso a eles.
– Já, sim, bom te ver Dr. Cooper.
– Obrigado Srta. Brown.
– Você está tão calado, Andrew, você está bem? – Questiona Grace.
– Estou bem!
– Que bom, fico feliz que vocês estejam bem. Não vamos mais atrapalhar a vossa noite. Michael e eu vamos para nossa mesa.
– Vocês não estão atrapalhando, querem se juntar a nós?
– Pode ser, obrigada pelo convite, Isabella. – Diz Grace sorrindo, Andrew não consegue esconder sua cara de incômodo, ele pega o celular e manda uma mensagem para Vincenzo.
" Estou no Parrot, jantando com a Isabella, sua adorável amiga está aqui, com o doutorzinho dela."
" Que bom para ela, eu não ligo. Bom jantar para vocês." – Responde Vincenzo.
– E os seus amigos? – Questiona Michael chamando a atenção de Andrew.
– Vincenzo está por aí, com alguma mulher provavelmente. – Diz Andrew observando as expressões de Grace. – E Ethan está viajando a negócios.
– Provavelmente procurando outra vítima para matar. – Diz Grace sem pensar, ela recebe os olhares de todos na mesa e dá um sorriso sem graça.
– Não tem medo de Vincenzo ou eu matarmos você? Afinal somos amigos do Ethan, se ele matou Katherine e estamos o protegendo, por que está sempre perto de nós?
– A Isabella nos convidou, eu fui educada e aceitei, é um problema para você Andrew? Nós podemos trocar de lugar.
– Nenhum, fique a vontade, só acho curioso mesmo.
– Senhorita Brown, onde está Harry? – Questiona Michael tentando quebrar o clima pesado.
– Eu não sei, nós terminamos.
– Que surpresa, achei que vocês iam casar, está tudo bem?
– Não se preocupe, Grace, está tudo bem. Alguns relacionamentos não dão certo.
Eles seguem conversando durante o jantar, Andrew sorri ao avistar Vincenzo entrando no restaurante de mãos dadas com uma loira, a mulher que eles conhecem muito bem, pois sempre pagam pela companhia dela, quando querem se divertir.
– Isso será interessante. – Diz ele com um sorriso e Grace segue o seu olhar, quando ela avista Vincenzo acompanhado da bela mulher o seu sorriso desaparece.
– Boa noite, senhores e senhoritas, tudo bem com vocês? Que surpresa encontrá-los aqui! – Diz Vincenzo com um leve sorriso.
– Uma surpresa muito grande Vincenzo, com tantos lugares em Canterbury, você vem exatamente nesse lugar. – Andrew responde com um leve deboche. – Nos apresente a sua amiga.
– Essa é Penélope.
– Muito prazer. – Diz Penélope sorrindo.
– Penélope, esses são alguns amigos, as senhoritas são Isabella Brown e Grace Patel. – Diz ele identificando elas. – E esses são Michael Cooper e Andrew Wood. – Andrew não consegue deixar de rir com aquela situação, ele recebe os olhares de raiva de Vincenzo.
– Sentem-se conosco. – Diz Isabella.
– Obrigado pelo convite. – Vincenzo puxa a cadeira para Penélope e senta-se ao lado de Grace.
– Então, senhorita, é Penélope o seu nome, não é? Com o que você trabalha? Você não me é estranha. – Questiona Andrew com um sorriso sarcástico, recebendo o olhar de reprovação de Vincenzo.
– Eu sou modelo. – Mente ela.
– Mas é claro que é! – Grace deixa escapar com desdém, e recebe os olhares de todos na mesa. – Quer dizer, olhe para você, é uma mulher linda. – Diz ela para disfarçar.
– Eu concordo, você é uma mulher muito linda, Penélope, sorte a minha ter a sua companhia. – Vincenzo sorri para ela.
– Obrigada, meu amor, sou uma mulher de sorte por ter um homem como você. – Grace revira os olhos, quase não contendo sua raiva, ela deixa a taça escorregar e seu vinho molha Vincenzo, ele levanta-se para evitar se molhar mais.
– Ai, meu Deus, me desculpe. – Diz ela sem jeito, passando o guardanapo nele.
– Querida, por favor, deixe que eu faço isso, eu não gosto que toquem no meu homem. – Diz Penélope encarando-a.
– Claro, desculpe, você tem razão, fique a vontade. – Penélope pega o guardanapo e começa a passar nas pernas de Vincenzo de forma sensual, deixando a mesa constrangida, Andrew baixa a cabeça segurando o riso.
– Está tudo bem, eu faço. – Diz Vincenzo pegando o guardanapo e sentando-se novamente.
– Tenha mais cuidado, senhorita, nem parece uma mulher de classe, não sabe se portar à mesa. – Diz Penélope encarando Grace.
– Eu já me desculpei, acidentes acontecem, o que mais você espera?
– Já chega! Está tudo bem! – Diz Vincenzo sério. – Foi um acidente querida, ela está acompanhada, ela só agiu no calor do momento, ela não teve a intenção de te provocar, pois, eu não tenho interesse nela, só tenho olhos para você. – Diz Vincenzo sorrindo para Penélope, ele coloca sua mão nas coxas de Grace por baixo da mesa, ela dá um suspiro com aquilo, ele a encara e dá um sorriso malicioso, ela tenta tirar a mão dele que aperta com mais força, ela implora com o olhar para que ele pare com aquilo, ele sorri sarcasticamente e retira sua mão.
Isabella está pensando o quanto a noite que ela planejou fugiu do controle, ela queria apenas ficar com o seu amigo, que tem lhe proporcionado sentimentos que ela não consegue definir, ela observa Andrew e dá um leve sorriso para ele, que retribui.
– Grace eu preciso ir, tenho um plantão. Quer que eu te leve para casa?
– Não precisa Michael, obrigada.
– Certo, uma boa noite. – Ele dá um beijo na bochecha dela. – Boa noite, pessoal. – Ele sai do restaurante.
– Andrew, por que você não me leva para casa? – Vincenzo pisca para o amigo com um enorme sorriso.
– Claro, Isabella, vamos! – Diz ele levantando-se. – Boa noite adoráveis senhoritas, Vincenzo te vejo amanhã no almoço, faça algo gostoso para nós.
– Tudo que você quiser, Andrew. – Responde Vincenzo rindo. – Boa noite.
– Boa noite! – Diz Isabella, Andrew pega a mão dela e sai com ela do restaurante. Vincenzo troca olhares com Penélope e ela entende no seu olhar que deve se retirar.
– Vincenzo, meu amor, eu preciso ir.
– Mas já? Acabamos de chegar!
– Eu sei, mas eu te disse ter um trabalho mais tarde.
– Tudo bem, quer que eu leve você?
– Não precisa meu lindo, termina o teu jantar. – Ela se aproxima e dá um selinho nos lábios dele. – Descansa que amanhã eu vou deixar você bem cansado. – Ela dá um sorriso, olha para Grace, pisca e manda um beijo em forma de deboche, é perceptível a raiva de Grace em seu olhar, enquanto observa aquela mulher se afastar, Vincenzo toma seu whisky enquanto a observa.
– Bom, sobrou apenas nós, você quer uma sobremesa Srta. Patel?
– Não, estou satisfeita. Obrigada.
– E você quer ser a minha sobremesa? – Questiona ele com um sorriso ladino, ela se aproxima, coloca a mão na coxa dele, próximo à virilha, aproxima o seu rosto do dele, sentindo sua respiração e seu hálito quente, quando seus lábios estão quase se tocando, ele fecha os olhos e ela fala próximo ao ouvido dele.
– Prefiro transar com um mendigo do que voltar a deixar você encostar em mim. – Ele dá um sorriso de canto de lábios antes de abrir os olhos. – Tenha uma boa noite! – Ela levanta-se de forma sexy, enquanto observa o olhar de desejo que ele está, ela caminha até a saída para e dá um sorriso debochado para ele.
– Você que pediu Vincenzo, agora aguenta. – Resmunga ele rindo sozinho, observando ela sair.