Capítulo 79
1812palavras
2023-05-02 21:08
Ethan leva Katherine até um hotel, logo que chegam no quarto ela vai para o banheiro, ele está tentando controlar a raiva que está sentindo com tudo aquilo, seus pensamentos são interrompidos quando o seu celular toca.
– O que você quer, Martin?
– Chefe, nos desculpe pelos nossos erros, eu não vi ele chegando.
– Não tem desculpas para esse erro, vocês não fizeram o básico, minha esposa e filha tiveram as vidas ameaçadas por esse erro. Eu ordenei que vocês ficassem vigiando e vocês falharam.
– Eu sei, chefe, me desculpa, isso não irá mais acontecer.
– É claro que não vai, vocês vão voltar para a Inglaterra, vocês não são confiáveis para protegerem o que eu tenho de mais valioso na vida.
– Tudo bem, chefe, faremos isso.
– Martin, antes de voltarem, passe no apartamento dela e suma com tudo ilícito que tiver lá e traga os pertences pessoais dela até aqui. Vou facilitar para você, aguarda um momento. – Ele vai até o banheiro e entra sem bater, ele observa Katherine na banheira de olhos fechados e sorri com aquela visão. – Katherine! – Ela abre os olhos e sorri para ele.
– Entra na banheira comigo. – Diz ela passando a mão na espuma.
– Onde você escondeu as coisas que aquela traficante de merda obrigou você a guardar?
– No guarda-roupa do meu quarto. Ethan, alguém vai estar lá?
– Sim!
– Peça para pegarem o presente que você deu para Lily, está no guarda-roupa também, no pacote rosa. Foi seu primeiro presente para ela, não vamos deixar para trás.
– Martin, ela guardou no guarda-roupa, tem um pacote rosa também, coloque na bolsa dela e traga também. As demais coisas você deve jogar fora e entregar o apartamento.
– Certo chefe. – Ele desliga.
– Katherine, você está bem?
– Sim, eu estou, eu só queria relaxar um pouco. Entre aqui comigo, por favor.
– Daqui a pouco, eu preciso conversar com Vincenzo. – Diz ele saindo do banheiro e ligando para Vincenzo.
– Deu tudo certo?
– Sim, estou num hotel com ela. Vou levar Katherine para outro estado. Não vou deixar ela aqui, Katherine não deixou eu matá-los. – Vincenzo gargalha com aquilo.
– Você está domado mesmo!
– Vá se foder, Vincenzo! Ligue para aquela mulher e diga para ela sumir, que dessa forma não entregaremos eles para o tal Moretto. Faça eles entenderem que estamos no controle.
– Como isso aconteceu?
– Katherine viu eles contando dinheiro e as drogas, ela obrigou Katherine a guardar no apartamento dela e minha adorável esposa teve a brilhante ideia de dizer estar fugindo do marido abusador, com isso ela conseguiu que Anne a ensinasse a atirar e se defender e adivinha porque ela estava fazendo isso?
– Para matar Amélia?
– Isso mesmo! Eu achei que Katherine era uma mulher normal, mas pelo visto ela é tão doida quanto eu! – Vincenzo dá risadas.
– Ethan, eu vou cuidar desses traficantes.
– Vincenzo, contrate alguns seguranças, para ficarem de olho em Katherine, Charles e Martin vão voltar a Canterbury, eles falharam em proteger a minha família.
– Você quer que eu mate eles? Eu acho que podemos aproveitar os serviços deles ainda. Que tal uma boa surra?
– Não, mas tire eles das ruas, coloque eles em qualquer função administrativa, sei lá, mantenha eles debaixo dos teus olhos. Não puna eles nesse momento, não podemos ter mais inimigos.
– Quando você volta?
– Em dois meses! Vincenzo, eu preciso daquele áudio logo, para acalmar Amélia, ela vai descobrir em breve que cortei os acessos delas das contas. Eu tenho que mantê-la calma e fingir que estou cuidando de tudo. Você sabe o que vai acontecer quando pegarmos aquele vídeo.
– Ethan, ele não vai poder ficar vivo, eu sei que você é totalmente contra matarmos pessoas inocentes, mas já fizemos isso com o filho dele. Mesmo sem o vídeo, se ela abrir a boca para ele, será a vida dele ou as nossas.
– Eu sei, Vincenzo, faremos o que for preciso. – Diz Ethan com o olhar distante. – Como eu odeio aquelas três, olha no que eu me transformei? Eu não sei se mereço ser feliz!
– Ethan, foi um erro, por uma armação que fizeram, você perdeu muito com tudo aquilo, acho que você já pagou pelos seus erros, você merece a felicidade, com a sua esposa e sua filha. Não começa nessa altura do campeonato sentir-se culpado pelo passado. Eu vou cuidar de tudo, assim que eu tiver o áudio, eu envio para você.
– Tudo bem, Vincenzo, obrigado por isso. – Diz Ethan desligando, ele senta-se no sofá e coloca as duas mãos na cabeça, as lembranças do passado que ainda ecoam no seu presente o deixam péssimo, ele sente-se triste, esgotado e muito inseguro e o medo sempre se faz presente toda vez que ele olha para Katherine que está carregando sua filha.
– Ethan! – Chama ela enrolada num roupão o tirando de seus pensamentos, ele levanta-se, vai até ela e abraça-a tão forte, como se o tempo dele estivesse acabando. – Meu amor, está tudo bem? – Pergunta ela com a certeza que não está tudo bem.
– Tudo certo, Katherine, você precisa me ajudar, por favor, nunca mais faça isso, não se coloque em risco, eu não sei o que faria se acontecesse algo com vocês. – Diz ele apertando-a em seu abraço.
– Meu amor, eu prometo, me desculpa por não te ligar, eu achei poder resolver tudo. Eu nunca mais farei algo assim.
– Por que ela estava tão interessada em você?
– Eu acho que ela gostava de mim, ela me beijou Ethan! – Ele para de abraçá-la e encara Katherine que está com um sorriso sem graça, ele balança a cabeça em negativa.
– Ela o quê? Vamos lá, repete para eu ver se ouvi direito? – Ele pergunta num tom sério.
– Ela me beijou!
– E você só me diz isso agora? E se atreveu a pedir para eu poupar a vida dela? Qual o seu problema?
– Não começa com as tuas crises de ciúmes, Ethan, foi só um beijo, eu nem gosto de mulher.
– Só um beijo? Que parte você ainda não entendeu que eu não suporto que toquem no que é meu? E você é minha Katherine, minha e qualquer pessoa que se atreva a encostar em você, merece a morte, uma morte dolorosa por me desafiar. – Diz ele cheio de raiva e ela gargalha com aquilo aumentando mais ainda o ódio dele. – Você gosta de me provocar, não é? – Diz ele passando a sua mão na nuca dela, ela sorri maliciosamente e ele a beija e solta-a apenas quando ela está sem ar. – Diga, que você é minha.
– Eu preciso de mais para me convencer. – Provoca ela e Ethan volta a tomar seus lábios.
– Diga Katherine!
– Eu ainda não tenho certeza. – Ela responde baixinho quase sem fôlego, Ethan a beija novamente e a carrega para o quarto dando prazer para ela, ele ama cada vibração do corpo dela aos seus toques, quando eles terminam ambos estão ofegantes encarando o teto do quarto, ela sorri e o observa. – Eu sou tua Ethan, eu serei para sempre sua. – Ele sorri satisfeito ao escutá-la.
Em Canterbury, Vincenzo está na sua casa ainda olhando as informações sobre Anne e Martin, antes de ligar para ela, sua atenção é cortada com o toque da campainha, ele tranca o seu escritório, vai até à porta e atende.
– O que você faz aqui? – Ele questiona surpreso.
– Você sumiu, foi embora da minha casa na manhã seguinte, sem nem ao menos esperar eu acordar, não atendeu as minhas ligações, eu fiz algo errado? – Questiona Grace parada na porta.
– Eu estou ocupado, apenas isso! Eu não tenho tempo para isso agora. Vai embora, por favor.
– Não, vamos conversar! Eu posso entrar? – Questiona ela dando um passo para frente e ele para em sua frente.
– Eu disse que estou ocupado, você não pode entrar. O que você quer, hein?
– Entender o que está acontecendo, apenas isso.
– Grace, eu estou cansado. Eu já te falei, que não vou te falar nada sobre Ethan, ele é meu amigo, isso não é uma competição justa para você, porque se eu tiver que escolher, é evidente que eu ficarei do lado dele.
– E isso é o quê? Você é gay e está apaixonado por ele? – Vincenzo não consegue deixar de rir.
– Eu pareci gay para você? Enquanto te dava prazer e você gemia em meus ouvidos? Quer que eu lembre você disso? Quer ver o quanto eu sou homem? – Ele puxa-a para perto. – Você quer me provocar para ver se eu ainda quero foder você? – Ela o empurra irritada.
– Você é um escroto, não sabe falar com uma dama.
– Uma dama? Logo você que vai para cama com um homem qualquer, só porque está obcecada por Ethan. – Ela se ofende e dá um tapa na cara dele, ele agarra-a pelo braço e bate a porta da casa assustando-a.
– Peça desculpa agora. – Diz ele ainda segurando o braço dela.
– Me solta, não me faça rir, você que deve desculpas a mim, pois foi você quem me ofendeu.
– Cínica, você vem até aqui me chamar de gay e ainda acha que eu te ofendi, fala sério. Repete se você tem coragem.
– Você é gay? – Pergunta ela com um sorriso sarcástico.
– Vamos descobrir! – Diz ele arrastando-a para o quarto. – É tudo que você queria, não é? Quer que eu foda você de novo, porque não consegue esquecer meus toques! – Diz ele encarando-a com desejo.
– Você acha? Pois, eu acho que é você que está louco para me tocar, porque não para de lembrar de cada parte do meu corpo. – Diz ela tirando sua roupa e ficando só de lingerie. – Você é um homenzinho cretino, não merece uma mulher como eu.
– É mesmo, você parece uma mulher qualquer para mim, não precisei de esforço para ter você seminua no meu quarto, porque você não consegue se controlar. – Ele a empurra para a cama, sobe em cima dela e beija-a. – Você nem consegue disfarçar o seu tesão, seu corpo grita por mim.
– Então, cala a boca e faça o seu serviço. – Diz ela agarrando o cabelo dele, beijando-o com pressa enquanto aproveita seus toques, eles fazem sexo intenso durante aquela madrugada, quando eles estão exaustos eles dormem abraçados. Perto do meio-dia, Vincenzo acorda e vai para o banho, quando ele volta, ela segue dormindo, ele sai em silêncio e vai para o seu escritório.