Capítulo 53
1823palavras
2023-05-09 00:02
“E-Elijah?” A voz de Fiona ecoou do outro lado da porta, Scarlett tentou virar a cabeça, mas Elijah segurava firme o seu cabelo.
“Pare...” Ela sussurrou, mas Elijah não parecia incomodado ou se importar, então começou bater dentro e fora dela, as ondas de prazer que se seguiram a faziam querer gritar. Scarlett mordeu os lábios na tentativa de se conter, quando ele se abaixou e falou ao pé do seu ouvido.
“Não ouse segurar esse belos sons ou eu vou ter que ser mais rude, gatinha.” Ele sussurrou.
“Amor, ela está lá fora... Ah!” Ela gritou quando ele deu uma surra em sua bunda. Elijah sorriu e soltou o cabelo, então, ele colocou sua mão em sua garganta e a puxou contra si, os dentes roçando em sua orelha.
“Então, vamos deixá-la ouvir o quanto estamos nos divertindo.” Ele sussurrou, seus caninos roçando no pescoço, logo abaixo da orelha de Scarlett, fazendo-a choramingar. A outra mão de Elijah agarrava o seio dela e o apertava com a mão grande. Um gemido obsceno escapou dela quando ele a penetrou, agora os gemidos dos dois se misturava, aumentando a pulsação da b*ceta de Scarlett.
Foi ela quem o fez se sentir daquela maneira, Elijah estava ali com ela e embora Scarlett soubesse que era algo meio idi*ta, ela não se conteve mais, as preocupações ficaram de lado e deixou-se perder no prazer que tomava seu corpo. Ela sentia falta dele, mais do que conseguia expressar, a maneira como ele a fazia se sentira, como a tratava e as promessas sussurradas em seus ouvidos.
Scarlett sabia que não importava o que acontecesse, ela também não conseguia imaginar sua vida sem Elijah. Ela fechou os olhos, mal conseguindo respirar sob o ataque vigoroso e cheio de prazer em sua b*ceta.
Os gemidos de Scarlett e a visão dela curvada a sua frente, deixavam Elijah louco. Ele sentiu falta dela, de cada parte dela. A maneira como ela segurava seu p*nis com tanta vontade, sua b*ceta apertada, sua bunda sexy, os gemidos de prazer. Ele liberou todas as suas emoções reprimidas na tr*nsa com ela, não se importava de gemer também, conforme ela se apertava em torno dele.
“Ó, Elijah, eu vou g*zar!” Scarlett gemeu, prestes a se libertar do cinto, mas ele soltou um rosnado.
“Se você se solta, vou ter que punir você, querida. Agora, g*ze para mim.” Ele ordenou, penetrando com uma velocidade impressionante.
Com essas palavras, ela sentiu o org*smo consumi-la, espalhando-se por seu corpo com intensidade. Um grito suave escapou de seus lábios, a euforia a deixou trêmula. Seu corpo inteiro formigava por causa do org*smo, então, ela desabou sobre a mesa, quando momentos depois Elijah também g*zou, liberando sua carga nela. Em seguida, ele deu um tapa em sua bunda enquanto puxava lentamente seu p*u para fora, com um grunhido ofegante.
“Isso foi muito bom.” Ele murmurou, seus olhos fixos na b*ceta de Scarlett, o s*m*n leitoso escorria dela. A visão o fez pulsar novamente. Então, voltou sua atenção para os pulsos dela e a leve vermelhidão neles, fazendo-o franzir a testa. Elijah a desamarrou e observou seus hematomas cicatrizarem instantaneamente. Ele passou os braços em volta da cintura dela e lhe deu um beijo na bochecha. Scarlett ainda estava de olhos fechados, suas bochechas coradas enquanto ela recuperava o fôlego. Se ele não a tivesse segurado, ela já teria desmaiado. Então, ela se inclinou para ele, deixando que o p*u dele ficasse pressionado contra sua bunda, mais uma vez seu estômago fervilhou de nervosismo.
“Deus, você sempre me faz perder o sentidos.” Ela disse para ele. Elijah sorriu, caindo na cadeira e puxando-a para seu colo. Scarlett olhou para ele, com o coração aos pulos.
“Eu te amo, Vermelho.” Ele murmurou beijando seu pescoço suavemente.
Mais uma vez, essas três palavras estavam na ponta da língua dela. Ele a observou, viu a emoção em seus olhos, como se quisesse dizer algo, mas logo em seguida ela desviou o olhar e enterrou a cabeça em seu pescoço. Elijah a abraçou e acariciou seu braço.
“Eu quero você como minha Luna. Isso significa que você precisa estar no meu bando.” Ele disse com calma.
“Eu sou uma Alfa, Elijah.” Scarlett respondeu. Ela sabia que ele não desistiria, mas não esperava que ele fosse tocar neste assunto logo após aquele s*xo intenso.
“Eu sei, vamos descobrir uma maneira... unir os bandos ou algo assim. Eu prometo. Apenas me deixe ajudá-la, você não está sozinha, Vermelho.” Ele disse colocando um beijo em seu ombro nu. Ela ficou em silêncio por alguns instantes, sentindo o olhar intenso sobre ela. Então, ela fechou os olhos e balançou a cabeça em derrota, perdendo-se em seu abraço forte e caloroso.
“Ok.” Ela falou convencida. Um sorriso apareceu no rosto de Elijah, quando ele a puxou para mais perto, aliviado.
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Já era tarde da noite quando Scarlett desceu as escadas, Indigo tinha lhe avisado que seus pais queriam conversar com ela. Felizmente, Amelia exigiu estar presente e Scarlett ficou grata por isso. Ela não tinha visto Elijah depois do s*xo de reconciliação, se é que se pode dizer isso. Ele ainda precisava lidar com os quatro assediadores, Scarlett pediu para que pegasse leve com Derek, embora compreendesse a necessidade de haver algum tipo de punição. Antes de voltar para casa, ela saiu para caminhar, ponderando todos os acontecimentos.
Zidane era o maior problema para eles lidarem no momento, soava estranho dizer ‘eles’ ao invés de ‘ela’, mas ela viu a teimosia nos olhos de Elijah e sabia que ele não a deixaria enfrentá-lo sozinha. Candice ainda não enviara nenhuma mensagem com atualizações, por causa da demora, Scarlett resolveu lhe enviar uma mensagem curta. Ela esperava que Candice estivesse bem.
Scarlett tinha acabado de chegar ao último degrau da escada, quando a porta se abriu e Elijah entrou. Seus olhos se encontraram, deixando seu batimento cardíaco acelerado. Ele atravessou o corredor, segurou seu rosto e a beijou com força, fazendo-a arregalar os olhos, antes de se entregar ao toque. Mas então, um rosnado baixo deixou Scarlett tensa, mas Elijah não a soltou até que terminasse, eles se viraram para ver Jackson parado a poucos metros, parecendo mais zangado do que o normal.
“Vocês dois, venham até aqui!” Jackson falou com um tom ríspido, neste momento Scarlett trocou um olhar com Elijah.
“Ele vai superar.” Elijah disse descontraído enquanto pegava a mão de Scarlett, admirando sua beleza eterna.
Eles entraram na sala e se depararam com Jessica em um estado de perplexidade. Seu rosto manchado, os olhos vermelhos enquanto Amelia a confortava. Scarlett correu para o lado de sua mãe, preocupada, pois sabia o motivo para ela estar daquela maneira... e se sentia culpada por isso.
“Mamãe…”
“Scarlett, me diga a verdade.” Jessica disse se afastando de Amelia e abraçando Scarlett com força. Scarlett olhou para Amelia cujos olhos não escondiam a tristeza, mas também tinham compreensão e ela lhe deu um aceno com a cabeça. Jackson fechou a porta, encarando Elijah e esperando que Scarlett se pronunciasse.
Então, Scarlett se desvencilhou do aperto da mãe, acomodando-se no sofá ao lado dela e soltando um suspiro pesado. “Ele me tratava da mesma maneira que tratava você e Indigo...” Ela disse baixinho, com o olhar fixo nas mãos entrelaçadas com a de sua mãe. Jessica cerrou os olhos, lembrando-se de todas as vezes que para Scarlett sempre foi mais fácil.
“Então, ele sabia sobre a habilidade, não é?” Ela perguntou, embora já soubesse a resposta. Scarlett suspirou em afirmativa.
“Sabia.”
“E você espera que eu acredite que ele nunca tirou proveito disso?!” Jessica falou pondo-se de pé e novas lágrimas de tristeza, culpa e raiva escorriam por seu rosto. “Não minta para mim, Scarlett! Eu sou sua mãe! Era meu dever te proteger!”
“Mamãe, está tudo bem, eu já lidei com isso. De fato, ele se aproveitou de mim, sabendo que eu poderia aguentar mais do que vocês duas, mas estou bem, já superei isso.”
“Diga-me o que ele fez com você.” Jessica pediu, seus olhos faiscavam de fúria. “Eu exijo respostas.”
“Podemos deixar isso para mais tarde?” Scarlett tentou desviar o assunto. Elijah encostou-se na parede, não gostava de ver Scarlett ser colocada contra a parede, mas também admitiu que ela gostava de evitar este assunto.
“Não, você vai me contar tudo agora, mocinha!” Jessica rebateu, enxugando as lágrimas de frustração.
“Sua mãe tem o direito de saber.” Amelia aconselhou. Jackson também assentiu em concordância ao se levantar para abraçar Jessica, que não desviava o olhar de Scarlett. Ela parecia perdida em pensamentos, vários pedaços de sua traumática infância invadiram sua cabeça, então seguiu-se um calafrio por sua espinha. Ela odiava ter que pensar nisso, odiava ter crescido cercada pelo medo, o qual ela lutava para reprimir. Elijah sentiu o turbilhão de emoções dentro de Scarlett e resolveu se aproximar dela. Ele colocou o braço em volta de seus ombros e a acariciou.
“Já é a hora de você parar de lutar contra o mundo sozinha.” Ele disse lhe dando confiança. Scarlett olhou para ele, embora sentisse o conforto de seu abraço, ela respirou fundo e voltou a olhar para Jessica. Ela não precisava contar a ninguém o que seu pai tinha feito em detalhes... mas tinha que parar de se esconder, não havia mais como fugir de seu passado. Contar o restante do bando sobre Hank e os outros havia tirado um fardo de dentro dela. Talvez isso pudesse funcionar de novo e aliviar suas preocupações.
“Ele tinha um quarto na garagem... seu covil como ele chamava. Era o meu quarto especial. Eu nunca saí para treinar ou para acampar, mãe, nunca saí do território do bando. Quando eu desaparecia por dias, eu estava lá embaixo, sendo seu brinquedinho de tortura. Ele ficava observando as feridas se fecharem para poder reabri-las, rindo como um maníaco tentando descobrir o que poderia impedir a cura acelerada, além de repetir que fui criada para ele se divertir... por que senão qual outro motivo para a Deusa da Lua não ter lhe dado um herdeiro?” A voz de Scarlett era suave e tranquila, mas soava alto na sala silenciosa, cada palavra era como uma faca revestida de acônito em cada um dos presentes.
Jessica ficou paralisada de horror, enquanto Jackson e Amelia pareciam aflitos. Até mesmo Elijah sentiu-se mal ao ouvir tais atrocidades, e isso, se somou a um misto de raiva ardente a qual estava canalizada para o pai monstruoso de Scarlett, agora todas as suas suposições tinham se confirmado. Scarlett deu um pequeno sorriso, ajudando-a a mascarar a dor em seu interior, seus olhos ainda tinham a mesma expressão familiar, a qual eles se acostumaram nos últimos anos e agora percebiam que ela escondia tanto por trás daquela máscara. Porém, foi o que ela disse a seguir que dilacerou o coração de todos.
“Mas, tudo bem, eu me acostumei. Aceitei, pois podia lidar com aquilo. Afinal, eu consigo me curar depressa.”