Capítulo 110
1854palavras
2023-04-29 00:21
Reino de Wisdy
Cateline e Félix Fire
Felix caminhava pelos corredores em busca de alguns de seus amigos, mas não os encontrava no castelo, ele perguntava para os guardas que dizem terem visto os homens treinando no pátio.
O lobo ia até o local, e os encontrava treinando despreocupados, eles lutavam usando suas habilidades e até mesmo espadas, eles trocavam de armas no meio da luta, deixando seus ataques mais rápidos e fatais.
— Vejo que estão esquentando o sangue..
Félix chegava sorrindo, cumprimentando seu amigo Tomás, Fabrício vinha logo em seguida estendendo a mão. Félix apertava a mão do amigo e batia em seu ombro logo após.
Alguns dos homens estavam sem camisas e suavam, mesmo debaixo da neve que caia, o corpo deles era forte e muito resistente ao frio, os lobos estavam em casa afinal de contas.
— Hey.. Cateline veio até mim mais cedo, ela disse que queria falar com você..
Tomás falava tentando recuperar o fôlego.
— Eu já falei com ela…
Felix respondia abatido, fazendo com que todos percebessem que algo não corria bem.
— Aconteceu algo?
João se aproximava preocupado vendo a expressão de seu amigo.
— Preciso falar com vocês… chamem o restante do pessoal e me encontrem na sala de reuniões, é importante …
Todos ficam calados mas fazem como Félix pediu, depois de alguns minutos todos se encontram no local, alguns nem haviam trocado de roupa.
Félix já aguardava todos.
Os lobos se sentam e aguardam ansiosos, havia uma quantidade maior de recrutas do que Félix esperava, ele estava animado, torcia para que todos ficassem a seu lado após ouvirem seus planos.
— Sei que muitos de vocês não sabem ainda, mas nosso informante retornou de Afternoon trazendo algumas informações importantes… aparentemente os irmãos Brown estão em guerra, e o reino está dividido …
Enquanto ele falava os homens ouviam prestativos.
— Eu irei organizar uma ida até Aftermoon para aproveitarmos essa instabilidade, tenho certeza que conseguiremos derrubar o reinado de Sirio..
Antes mesmo de Félix terminar a frase já era possível ouvir alguns recrutas murmurando ao fundo da sala, o lobo sabia que muitos não iriam concordar.
— Mas e enquanto ao Alfa?
Um jovem se levantou no fundo da sala, e perguntou confuso.
— Essa missão não tem nada haver com Diego, ela será organizada apenas por mim..
Félix falava mostrando liderança e o jovem se sentava novamente, aguardando o restante da informação.
— Bem.. a minha ideia é aproveitar as baixas do lado do exército de Helton, e atacar quando o exército de Joaquim avançar..
Outro recruta se levanta, agora parecia ser alguém mais experiente no campo de batalha.
— Está pedindo para que lutemos do lado dos humanos?
O homem questionava sério, ele parecia irritado com o que tinha acabado de ouvir vindo de Félix, muitos dos lobos haviam aceitado Cateline, mas ainda odiavam os humanos fora do castelo.
— Não… nós não iremos nos aliar a ninguém… vamos apenas aproveitar as forças dos exércitos deles..
O lobo explicava, ele sabia que muitos não concordavam.
— Se os outros lobos descobrirem… irão desfazer suas alianças conosco, isso pode até ser visto como traição… eu não irei me arriscar, me desculpe…
O homem se desculpa e logo se retirava da sala, assim como uma grande parte dos recrutas, eles temiam perder a batalha, ou até mesmo serem executados por lutarem ao lado de seu inimigo. Felix tentava não ficar com raiva, tinha poucos ali, mas uma parte razoável, o homem de cabelos longos, os jogava para trás, ele suspirava por um tempo após pensar no que falar para os demais.
Os lobos que restaram, eram os mais velhos, muitos haviam lutado na grande guerra de anos atrás, onde Freya, mãe de Félix havia falecido, eles sabiam que se lutassem bem, aquilo seria uma grande vantagem para a sua tribo.
— Espero que você esteja certo jovem ... se voltarmos vivos e vitoriosos, terei a honra de chamá-lo de futuro Alfa.
O senhor já de idade falava, os lobisomens envelhecem mais lentamente, mesmo velhos eles eram fortes e tinham o corpo em forma, o velho que falava, tinha cabelo grande e uma barba esbranquiçada.
Félix não havia contado todos os detalhes a eles, ele sabia que nunca aceitariam ir se falasse sobre a família de sua esposa, tal informação não seria necessário já que ele agiria sozinho ao ir para o castelo Brown avisar sobre a ajuda, os lobisomens iriam permanecer escondidos, atacando de surpresa no meio da batalha, parecendo apenas que haviam se aproveitado da situação, esse era o plano de Félix.
Após passar todas as informações complementares a seus novos soldados, ele voltava para o quarto, ele iria falar com sua amada sobre sua partida, ele iria no próximo dia junto aos poucos recrutas que havia conseguido.
Ele entrava no quarto e encontrava Cristina arrumando algumas roupas de Cateline, sua amada estava deitada na cama descansando, ele se aproximava e passava a mão nos longos cabelos castanhos da jovem a acariciando.
Félix aproveitava o momento para admirar sua esposa, ela estava linda.
Cristina saia do quarto e deixava o casal a sós, ela sabia que estavam passando por um momento complicado, e que sua mestra estava muito triste com tais coisas.
Felix deitava junto a sua amada, e ela acordava enquanto ele se aconchegava ao seu lado, o lobo a abraçava dando beijos em seu pescoço, a mulher sorria para seu amado, sentindo seu corpo despertando, ela estendia a sua mão para tocar no rosto de Félix... Ele sentia o toque quente dela, ele fechava os olhos sentindo seu coração bater mais forte e dizia, quase em um sussurro...
— Volte a dormir, você tem que descansar.
Ele abria os olhos, vendo Cateline se sentar na cama e se aproximar mais dele, ela negava com a cabeça e dizia ao seu amado...
— Descansei o suficiente, agora quero passar um tempo com você, eu sempre me sinto cansada, devido ao nosso bebê forte em meu ventre, mas me sinto um pouco melhor agora.
Cateline sentia falta de sentir o corpo de seu marido, tinha um certo tempo que os dois não se amavam na cama, e ela queria naquele momento estar em seus braços, ela tomava a iniciativa e deitava em cima de seu marido, ele sorria entendendo, ele não conseguia desviar os olhos dela, seu coração parecia que iria explodir.
A humana começava a se despir e Félix soltava uma respiração pesada ao ver sua mulher nua...
Ela não tirava os olhos dele, assim como Félix também não desviava o olhar, a conexão entre eles era intensa, o fogo e a paixão era maior do que a primeira vez que se conheceram, rapidamente ele tirava as suas roupas se livrando delas as jogando no chão, e os dois se uniam, o desejo aumentava, ele beijava os lábios quentes de sua esposa, e ela com suas mãos delicadas, agarrava os cabelos de Félix, o homem segurava na cintura da jovem e sentia a maciez do corpo dela contra o seu, o beijo se tornava mais quente e seu membro se conectava com a intimidade da mulher, os dois se uniam intensamente, sentindo o amor e prazer juntos, ele se movia mais rápido dentro dela, mas sempre atento, verificando se ela se sentia bem, ele continuava os movimentos e beijava os seus doces lábios, os dois continuavam sentindo o prazer, até que eles chegam ao seu limite, os dois chegaram ao êxtase juntos, arfando de prazer...
Cateline logo a seguir, deitava suada no peitoral do seu marido, dizendo satisfeita.
— Eu te amo muito Félix…
Ele acariciava os cabelos longos de sua amada que estavam molhados de suor e respondia.
— Eu te também te amo… você e nosso filho… para sempre..
Eles continuavam ali deitados, e se cobriam com um dos cobertores, Félix se sentia mais completo assim.
Após o casal ter feito amor, Cateline adormece e Félix continua deitado a seu lado, vendo sua amada dormir, ele sabia que iria ter que passar um tempo fora sem previsão de quando voltaria, ele queria passar suas últimas horas sentindo o cheiro e o calor de sua amada, ele torcia e rezava para que tudo desse certo e que ele voltasse o mais rápido possível, ele precisava arrumar algumas coisas para levar na viagem, mas seu corpo e mente queriam ficar ali, ele se levanta e sai, deixando sua Cate na cama, ele se lembrava da primeira vez que a viu daquela forma, após sua primeira noite juntos, dessa vez ele iria retornar e os dois ficariam unidos, ele não a deixaria nunca mais.
Era quase noite quando Cateline acordou, ela olhava ao seu redor e Félix não estava lá.
A jovem se virava na cama, e sentia o cheiro de Félix no travesseiro, ela abraçava fortemente e se sentava na cama. Ela vestia suas roupas e percebia que Cristina não estava no quarto, então decidi andar um pouco para ver se a encontrava.
Já era quase hora do jantar, e Cateline estava faminta.
Depois de andar alguns metros no corredor, ela via sua criada no fundo do corredor, estava saindo de algum cômodo levando consigo uma bandeja, devia ser a janta de Cateline, a humana corria até ela e assim que chegava, arfando por causa da exaustão, perguntava...
— Onde está Felix??
A respiração dela estava acelerada e Cristina dizia preocupada com sua mestra.
— Não corra assim, senhora é perigoso, ele está no jardim, se aprontando para ir.
Cateline agradecia a criada e caminhava rápido até o jardim coberto de neve, ela queria ver seu amado antes dele partir, a mulher estava com os cabelos soltos, já cobertos de neve e sem seu casaco, mas ela não ligava.
Assim que ela chegava respirava fundo tentando recuperar o fôlego, os amigos de Félix se viraram olhando para ela, sentindo o cheiro da humana, eles estavam preocupados, assim que um deles ia dizer algo, Félix se virava vendo ela ali, coberta de neve, exausta e com a respiração irregular.
Ele corria até ela, a abraçando apertado, suas mãos envolviam nos cabelos dela, ele sussurrava em seu ouvido.
—Tenho que ir agora meu amor…Já ia até você me despedir, … iremos nos adiantar um pouco… prometo voltar logo, ok? Espere por mim..
Cateline sentia seus olhos encherem de lágrimas e dizia o abraçando forte, ela respirava fundo tentando gravar o cheiro de seu amado em sua memória.
— Sei que vai conseguir, confio em você… Eu te amo Félix, mais do que imagina. Eu e nosso filho vamos estar te esperando.
Ele beijava o topo da cabeça dela e dizia antes de ir.
— Prometa que vai se cuidar, eu te amo querida..
Ela prometia a ele, e Félix se distanciava, assim que o homem ficou ao lado da carruagem, se virou vendo Cristina, que havia acabado de chegar.
— Cristina, cuide da minha mulher… está bem?
Ela assentia e ele acenava para elas se despedindo, as duas faziam o mesmo, o homem entra em uma das carruagens junto a seus amigos, e parte, deixando Cateline chorosa para trás, junto a Cristina.