Tribo Fire - Reino Wisdy
Cateline e Félix Fire
Após o acontecimento manipulado por Amanda, a família de Cateline foi obrigada a se retirar do Castelo.
Diego, o Alfa, começou uma investigação para saber o que realmente aconteceu, ele sabia que a porta da sala estava trancada, mas não sabia o porquê dos humanos terem conseguido adentrar, ele achava isso muito estranho e já começava a desconfiar de Amanda.
Cateline permaneceu trancada no quarto o resto do dia, sua criada Cristina levou suas refeições e lhe ajudou com os medicamentos.
Cateline não via a hora de falar com Félix, seu marido, e explicar o que realmente havia acontecido, ela sabia que ele ficaria do lado dela, a mãe de seu filho(a).
As horas se passaram e finalmente Felix batia a porta, Cateline correu para abri-la ainda entristecida, ela dá um abraço no homem, mesmo sabendo que era proibido.
— Eu… irei me retirar para buscar uma bebida para vocês..
A criada fica um pouco desconfortável vendo aquela cena, e faz vista grossa, saindo do quarto, ela sabia que os dois se gostavam, Cateline ficava o dia quase todo fazendo perguntas sobre seu amado, e Cristina, achava aquilo muito romântico, mesmo sendo ilegal no seu reino.
Cateline ainda não sabia da verdadeira identidade do povo de Wisdy, sobre o sangue que corria em suas veias, suas transformações.
Para ela, tudo aquilo era apenas algum costume estranho, impedir relações com moradores dos reinos de fora, por isso ela respeitava, mas a cada dia, era mais difícil de suportar a distância que crescia entre seu amado e ela.
Cristina sai, e rapidamente Félix entra no quarto, trancando a porta.
— O que aconteceu? Eu vim assim que pude, a reunião demorou para acabar..
Félix fala, apertando sua esposa em seus braços, ele sabia que ali ninguém os veria, ele sentia falta do calor do corpo da mulher, do toque de sua pele macia.
— Minha mãe e o curandeiro…. aquela mulher a Amanda.. ela mentiu para nós ..
Cateline fala com seu rosto enterrado no peito de Félix, ela o abraçava querendo consolo.
Félix já havia ouvido os boatos nos corredores enquanto ia até o quarto de Cateline, mas não sabia de muitos detalhes.
— Amanda? o que ela fez?
Ele pergunta olhando para o rosto de Cateline que estava próximo do seu, seus olhares eram penetrantes.
— Ela nos levou até uma sala, e nos deixou a sós, depois um guarda apareceu… dizendo que ali era um local proibido, Amanda tinha ido até ele avisá- lo, disse que havíamos invadido…
Félix tinha certeza que Amanda era capaz de fazer tal coisa, ela sempre foi uma mulher birrenta, afastava todos que se aproximavam dele, mas porque ela iria tão longe? Amanda sabia que não era tolerado traições dentro do castelo, ali, tal ação era punida com banimento ou execução,Amanda ainda não havia traído ninguém, mas se continuasse agindo de tal forma, com certeza receberia uma grande punição, podendo até ser exilada.
Félix põe a mão na cabeça, pensativo, ele dá um suspiro profundo, pensando em como resolver o problema.
— Tenho certeza que meu pai irá resolver tudo, Cateline… Ele é um homem sério, e não tolera esse tipo de comportamento..
Félix tenta acalmar Cateline, mas ela já havia falado com seu sogro, Diego, e ele não parecia nada amigável com ela.
— Seu pai veio aqui mais cedo, expulsar minha mãe e o meu amigo curandeiro.
Cateline fala fazendo bico com boca, se afastando de Félix.
— Ele não gosta de mim.. eu sei disso..
Cateline anda até a cama cabisbaixa, tudo que ela queria fazer naquele momento era voltar para casa, a gravidez, o local… as pessoas.. tudo estava esgotando a jovem.
Félix consegue perceber o quanto ela estava pensativa, e se aproxima dela, se sentando ao seu lado na cama.
— Olha.. eu sei que está sendo complicado, tudo é novo para você… mas eu posso garantir que aqui é melhor para o bebê, é difícil te explicar agora, mas peço que tenha paciência, e te peço mil vezes desculpas por Amanda…..eu irei falar com ela e pedir para que fale com meu pai… tudo bem? Assim sua mãe poderá retornar em breve.
Félix fala passando a mão no rosto da jovem, a acariciando.
As mãos do homem eram quentes, fazendo com que a moça apoiasse seu rosto mostrando que havia gostado.
Ele sorri para a sua mulher, e seus rostos se aproximam, quando percebem que estão quase se beijando elle se lembra que não pode ir a diante... Félix se afasta um pouco, e Cateline franze as sobrancelhas.
— Porque me evita tanto? Não há ninguém aqui… eu estou com saudades de você… fico o dia todo sozinha..
A jovem fala com seus olhos se enchendo de lágrimas, ela queria poder dormir com o homem, abraçá- lo à noite e se aquecer com seu corpo, levantar de manhã e vê-lo ao seu lado, mas parecia um sonho difícil impossível de se concretizar.
O homem se levanta, olhando para o chão, ele queria tanto quando ela poder ficar junto, mas ele sabia que seu pai nunca aceitaria, se ele descobrisse mandaria Cateline embora assim que desse a luz a criança, e isso era inaceitável para ele, no mesmo momento Félix se enraivece por ser um lobisomem, se ele pudesse ser um humano, somente para viver com sua amada.. ele não pensaria duas vezes…
— Cateline… eu…
Ele fala dando alguns passos em direção a porta, mas Cateline vai até ele, segurando seu braço.
— Não vá… passe a noite comigo, não precisamos fazer nada, quero apenas sua presença…
Cateline fala com semblante de quem não suportava mais ficar só.
Ela começa a puxar o homem vagarosamente, e ele se rende, acompanhando a mulher, ela se deita na cama, e ele a acompanha. Os dois tiram os calçados e se ajeitam, ela na frente e ele por trás, a abraçando.
Ele envolve seus braços na cintura dela, a apertando fortemente, finalmente eles estavam juntos, o lobo sente o coração da mulher bater bem forte e algo a mais… a energia de seu filho(a), estava difícil de sentir, mas ele sabia que a criança estava bem.
O lobo ficava contente por isso, Cateline leva suas mãos ao do marido e sente como ele está quente,como seu cheiro estava bom, ela sentia falta dele tão perto, Félix coloca seu rosto sobre os ombros da mulher e sente o cheiro dela, tão gostoso, ele aprecia o aroma dela e fecha os olhos contente, só aquele carinho o deixava feliz, Cateline sorri contente por estarem juntos, ela fecha os olhos e diz baixinho...
— Obrigada por ficar comigo, meu marido... eu e o nosso filho estamos bem agora.
Félix sente seu coração bater forte com aquelas palavras, e ele diz na orelha da mulher, causando arrepios pelo corpo dela.
— Eu também estou feliz por estar com vocês. Durma bem, esposa.
Ele leva seus lábios quentes e carnudos à bochecha dela, dando um beijo calmo, e volta a colocar sua cabeça no ombro dela, eles se aconchegam mais um no outro, se esquentando.
Ele cobre as costas de Cateline com seu corpo, abraçando-a, colocando a mão em sua barriga, e a mulher abraça os braços do homem também, querendo mais contato, os dois se aqueciam, e Cateline adormece lentamente nos braços de seu amado.
A noite parece passar rápido, Felix infelizmente não podia dormir ali, ele espera até Cateline adormecer e então se levanta, ele olha para o belo rosto de sua esposa, ela estava linda, ela dormia feliz.
O lobo sorri e acaricia as bochechas da moça, ele sabia que tinha que sair rápido dali… Ninguém podia vê-lo saindo tão tarde do quarto da humana.
Sem que ela percebesse, ele dá um leve beijo em sua boca antes de partir, a deixando na cama, junto com seu coração, que ficava com ela.
Ele anda de fininho, até chegar a seu quarto, ainda estava escuro, demoraria alguns um pouco para o sol começar a nascer.
Ele abre a porta vagarosamente, e acende a lamparina em seu quarto, ele vai até o espelho, que fica de frente a cama.
Félix se olha, e sorri para si mesmo, ele estava feliz por ter conseguido se deitar com sua amada, mesmo que fosse por um breve período.
Ele olha para um reflexo, vindo da cama, e havia alguém ali deitado.
Era Amanda, que adormeceu lhe aguardando na noite anterior.