Lucinda e Joaquim.
A manhã seguinte chega, e Lucinda acorda animada, o casal teve intensos momentos de prazer em sua segunda noite, Lucinda olha para o lado na cama, e percebe que seu querido marido já havia ido para suas reuniões matinais. Ela queria ter visto ele antes de sair, ter lhe dado um beijo ou dito algo a ele, mas o dia a dia de um Lorde era corrido,ela sabia disso.
Luci se sentia mais apaixonada por ele, e isso era bom, ela imaginava que ao se casar com um desconhecido sua vida seria amargurada e sem emoções, ela não sabia se oque sentia por ele era amor, mas tinha certeza que era algo forte e intenso.
Deitada na cama, Lucinda pensa na noite que teve... ela começa a sorrir boba, seu corpo esquentava só de lembrar, foi tão prazeroso… ela nem acreditava que havia feito tudo aquilo, ela tinha gostado e faria tudo de novo… ela já estava ansiosa para saber o que os dois iriam fazer nas próximas noites.
Lucinda se sentia envergonhada ao pensar nessas coisas, mas, ela podia pensar nisso o quanto quisesse, em seu quarto como Joaquim havia dito noite passada, eles podiam tudo.
Depois de um tempo rolando na cama sorrindo sozinha ela se levanta, se cobrindo com a coberta macia que estava sobre a cama.
Em cima de uma pequena mesa que ficava próximo ao centro do quarto havia um papel com algo escrito, Lucinda se levanta imediatamente e começa a ler.
“Amada esposa, eu fiquei surpreso com sua capacidade de aprender rápido, ainda me sinto flutuando como se uma anjo tivesse me levado ao céu. Não consigo descrever com palavras o quanto te adoro, nunca me cansarei de dizer isso, espero que sinta o mesmo por mim. Não vejo a hora de provar novamente de seu doce néctar.
Ass: Joaquim Brown, seu marido.”
Lucinda fica boba ao ler a carta, imaginando seu amado lhe dizendo tais coisas, a cada momento, mais ela se via apaixonada pelo homem.
Ela se veste com um dos vestidos presenteados por seu amado, e aguarda Dirce ir a seu quarto, já era quase hora do café da manhã.
Ela folheia alguns livros que ficavam em uma prateleira perto da cama, Joaquim gostava muito de ler, e tinha bom gosto, Lucinda acaba se perdendo na leitura se esquecendo da criada, se assustando quando ela bate a porta .
Rapidamente a jovem lady guarda o livro e permite que a senhora entre.
Novamente, o café da manhã era digno de realeza, haviam frutas caras que estavam fora de estação, mousse de cacau, simplesmente um manjar dos Deuses, Lucinda nunca havia provado algo tão delicioso.
Haviam também pães doces e salgados, geleias e manteiga.
— Obrigada Dirce.. mas não precisa trazer coisas tão difíceis de se fazer todos os dias.. ah… eu gostaria de tomar um banho, será que poderia trazer um pouco de água ou dizer onde posso pegar?
A jovem lady sabia como era difícil de preparar pratos tão bem elaborados, afinal de contas ela trabalhou muito na fazenda vendendo produtos caseiros, ela também estava com vontade de se refrescar, depois da quente noite que teve com Joaquim.
— Não se preocupe querida… nós recebemos para isso.. apenas coma e se delicie… já irei trazer a água para a senhorita..
Lucinda se deleita com as gostosuras, e não demora muito até Dirce voltar, ela trazia água morna, rapidamente ela enche a banheira com a ajuda de outras serviçais que lhe acompanhavam, Lady Brown podia finalmente relaxar como uma nobre.
As moças acenderam velas aromatizadas e fecharam as janelas, estava escuro, apenas o fraco brilho das velas iluminava o local .
Todos saem deixando apenas Lucinda ali, ela adormece e acorda revigorada algum tempo depois, agora finalmente ela estava aproveitando a vida de uma realeza.
Ela almoça e passa a tarde lendo livros em seu quarto, finalmente chega a hora da reunião, o dia estava chato sem a presença de seu querido Joaquim, mesmo que com tantas mordomias.
Lucinda se veste com um lindo vestido de festa, e seu marido chega, ficando desnorteado com tamanha beleza.
— Já lhe disse que você é a mulher mais linda de todo o mundo?
Joaquim diz a bajulando, ele gostava de ver a jovem envergonhada.
Os dois se preparam e saem em direção ao salão, onde ocorreria o jantar.
Ainda era cedo, mas o pai dos jovens lordes não gostava de eventos, e para ele o quanto antes aquilo acabasse melhor.
Os dois são os primeiros a chegar, eles se sentam próximos e aguardam o restante dos convidados, era raro ocorrer jantares assim, geralmente era apenas para anúncios importantes.
Lucinda fica curiosa com o trabalho de Joaquim, ela nunca havia perguntado a ele, então aproveita o momento para conversar um pouco com o homem.
— Como foi o seu dia? Você saiu bem cedo para ir à reunião…
Lucinda pergunta olhando a decoração da mesa, tentando não parecer muito curiosa.
Joaquim gosta da atitude da moça, mas ele sabia que não poderia dizer tudo a ela, haviam detalhes secretos do reino que ficariam melhor em segredo.
— Bem.. Discutimos sobre alguns inimigos que ficam ao norte, os comandantes acham eles perigosos… eu disse que discordo de qualquer guerra, mas eles não me dão ouvidos…
Joaquim fala enquanto brincava com o enfeite da mesa, despreocupado.
O restante dos convidados chega, seu irmão Helton, suas concubinas e sua esposa, alguns dos Generais e comandantes também e por fim o pai dos jovens lordes.
Ele se senta na cadeira na frente de todos, permanecendo calado, aguardando que todos terminassem de se ajeitar.
— Vejo que já estão todos aqui… ficou contente em vê-los bem…o motivo desse jantar e reunião é sobre os castelos abandonados, dos Lordes que foram exilados de Aftermoon.
Lorde Sirio vira a taça vinho de uma vez só, o copo era totalmente dourado, mais brilhante que qualquer joia usada pelas concubinas, com um gesto rápido, as serviçais imediatamente enchem a taça novamente.
— Como muitos aqui sabem, meus filhos se casaram e agora precisam de um lugar para chamar de lar, estarei me dispondo de dois dos castelos que ficam próximos a Springdale…Aproveitando a mudança, eu estarei estudando o resultado administrativo da região em que vocês ficarão responsáveis, há muitos moradores humildes e eu quero que vocês façam com que o local enriqueça, isso será um teste para ver quem tem mais aptidão para ser meu sucessor.