Capítulo 40
1137palavras
2023-03-23 18:57
Tribo Fire
Felix caminha até os aposentos de seu pai, ele precisava resolver logo o'que faria a seguir, ele queria ir até o tal casamento no castelo e reencontrar a jovem humana o quanto antes.
Ao chegar em frente a grande porta Felix bate devagar e aguarda ser convidado para entrar como sempre, ele então escuta a voz de seu pai.
— Entre.
Ele assim gira a maçaneta e entra no quarto, tudo estava organizado como sempre, seu pai parecia estar lendo algum livro, e segurava forte o medalhão que era de sua esposa, Félix se lembra do dia em que sua mãe havia presenteado seu pai, suas lembranças eram vividas como se tudo tivesse ocorrido naquele mesmo momento, ele se senta um pouco longe de seu pai e espera ele retornar para que começassem a conversar, Diego estava sério e parecia não querer, mas Félix precisava insistir.
— O que quer falar comigo?
Diego fala com sua voz grossa, ainda olhando para o livro, era visível o quanto ele estava desapontado com seu filho.
— Eu fiquei sabendo sobre as investigações e o tal casamento que irá ocorrer no castelo em Aftermoon.. o senhor pensa em fazer algo?
Felix pergunta de forma direta e seu pai olha sério para ele, respondendo firmemente.
— Se acha que vai ter alguma luta, algo violento, N O……, eu não sou como eles, nós não somos como eles….. não somos sujos assim… mandarei alguns homens para ficar de olho em tudo, como fiz quando você estava preso, estou sempre sabendo de tudo que aqueles malditos andam fazendo..
O Alfa diz deixando escapar um sorriso de canto, era possível ver que ele estava no controle da situação, Félix então responde olhando sério para seu pai.
— Está agindo certo meu pai, nunca duvidei de você ou de sua liderança… sobre o casamento, eu irei…… Assim posso coletar mais informações… também, pretendo já resolver sobre a moça que carrega meu filho, mesmo que não concorde meu pai, mesmo que eu tenha agido errado, eu já fui punido pelo que fiz, a moça humana não tem culpa, nos deixamos levar pelo momento, você é homem, você me entende, às vezes agimos por impulso, sem pensar, te peço perdão por ter ido contra as leis, o erro foi meu…. mas quero proteger essa mulher e ao bebê em que está em seu ventre, quero os manter em segurança…. quero que ela venha viver conosco, lá ela ficará em perigo se souberem que está grávida, o senhor sabe que nenhuma mulher consegue levar a gravidez adiante, ela deve ser protegida, por isso quero propor a ela um casamento, apenas para a proteger, iremos respeitar as leis e regras da Tribo, não teremos relações físicas ou emocionais…. por favor… conceda sua permissão.
Félix fala cabisbaixo demonstrando seu arrependimento, ele sabia que o'que ele havia feito era grave, mas agora era tarde demais, ele precisava arcar com suas responsabilidades e ir adiante.
Assim que ouve tais coisas, Diego olha sério e bravo para o filho, franzindo sua testa e resmungando baixo, ele fecha o livro que segurava em sua mão e respira fundo, se preparando para o responder.
— Você é um idiota meu filho….. se deixou levar pelo desejo, pela atração por uma mulher… ainda mais uma humana… a punição foi apenas um aviso, eu concordo que a criança deve ser protegida, mas voce nunca mais ira tocar nessa humana…. se ela assinar o contrato com tais regras eu aceito sua proposta, se quiser se deitar com alguem, que seja com sua concubina… agora, não quero ouvir mais nada sobre isso nesse castelo..
Os dois trocam olhares, Félix não sabia se iria conseguir controlar seus sentimentos pela humana, ele sabia que sentia algo por ela, mas mesmo assim ele assente com a cabeça e concorda com seu pai.
— Claro meu pai, farei como disse…
Diego se levanta da cadeira percebendo a falta de seriedade nas palavras de Félix e então repete.
— Não ouse desrespeitar a mim e a esse reino novamente… eu mesmo irei providenciar o contrato para essa humana…. arrume suas coisas para partir, isso e tudo…
Diego diz se virando e indo até uma das prateleiras de livros que ficava logo atrás de sua mesa, ele não fala mais nada.
Félix sabia que seu pai era seco e sério, percebendo que aquela conversa havia acabado, ele se retira do quarto do seu pai e vai até o seu, se preparar para a viagem, ele começa a arrumar sua mala, ele se encontraria com Cateline na mesma estalagem onde tudo começou….ele não poderia mais tocar nela…. essa parte seria a difícil, ele não sabia se iria honrar seu pai nessa questão.
Após terminar de arrumar tudo, Félix se dirige até o corredor e se depara com Amanda, sua concubina, ela sorri assim que o vê e corre em sua direção o abraçando Félix, que por um instante fica imóvel, mas devagar abraça a mulher, ela diz em seu ouvido, um pouco chorosa.
— Félix… eu achava que você… eu pensei que você tinha ido, achei que tinha te perdido, que bom que está aqui, seu pai disse que você o desonrou e por isso foi punido, mas que bom que agora está de volta… eu não suportaria ficar sem você… eu estive te procurando…
Ela diz a soluços, parecia bem triste, Félix espera ela se soltar do abraço e então diz a ela, vendo seus olhos cheios de lágrimas…
— Ouça, estou bem… desculpe ter te preocupado, estou feliz que ainda estou aqui, inteiro…mas agora tenho que cumprir uma ordem de meu pai, ele ordenou que eu participasse das investigações, não posso falhar com ele agora..
Amanda assente ainda chorosa e diz enquanto Félix segue.
— Promete que quando voltar, você vai me procurar? Eu te espero em meus aposentos a tanto tempo Félix, sinto sua falta.
Ela fala manhosa com um breve sorriso no rosto.
Félix dá um curto sorriso e apenas concorda, ele queria sair logo dali para seguir a viagem.
— Irei te procurar sim, prometo, agora tenho que ir…
Ele vai até ela e dá um beijo em sua testa se despedindo, Felix segue até a sala de arquivos, onde os documentos e livros sobre sua Tribo se encontravam e pega o contrato que havia sido feito por seu pai.
Chegando fora do castelo, Felix arruma sua carruagem rapidamente, ele estava com pressa e precisava chegar o quanto antes em Aftermoon, a viagem era longa e ele sabia que o tempo era curto, por isso, era preciso evitar qualquer tipo de imprevisto, ele estava preocupado com o tal casamento que aconteceria, e também com Cateline, ele temia que a humana não quisesse viver com ele em sua terra natal, afinal de contas, ele era um completo estranho para ela.