Família Forth
Uma parte de Lucinda não acreditava no que ela fazia ali, mas a outra estava curiosa para saber o que viria a seguir, ela começou a se sentir molhada, ela desejava aquele homem, assim como Joaquim, que vibrava por ela, ele jamais se sentiu tão excitado em toda a sua vida.
Quando as coisas pareciam querer progredir, alguém bate à porta fazendo com que os dois parassem na mesma hora.
Lucinda havia se esquecido que não havia trancado a porta, e com um pulo ela saiu do colo do jovem Lorde.
Ele cobria o rosto sem acreditar no que estava tentando fazer com a moça, assim como ela, os dois sorriam bobos um para o outro, Lucinda sentia seu corpo pegando fogo e suas bochechas arderem, jamais pensaria que algo tão quente iria acontecer com ela, Joaquim se sentia da mesma forma, Lucinda o deixava completamente louco.
Joaquim se levanta, tentando fingir que nada aconteceu, mas Lucinda podia ver o volume deixado pelas ações feitas pelos dois, ele vira meio sem jeito, tentando disfarçar, e vai para trás da mesa, onde se senta na cadeira.
Lucinda se ajeita no sofá, tentando parecer que apenas ela havia se sentado ali e logo Joaquim fala com a outra pessoa do lado de fora da porta.
— Pode entrar…
Ele fala com a voz grossa e séria, tentando relaxar a rigidez que se encontrava debaixo da mesa.
Lucinda estava sem graça, após fazer tais coisas um com o outro, logo em seguida não falaram mais nada.
A pessoa abre a porta, era a senhora de antes, uma das criadas do castelo, ela trazia chá para o casal, mas logo percebe o clima ao entrar.
Ela fica calada, e apenas entra para deixar os petiscos e a bebida ,saindo em seguida.
Joaquim que se fazia sério, começa a rir assim que a senhora sai, ele voltava a cobrir sua testa com a mão se escondendo de vergonha, Lucinda achava aquilo fofo, pois sabia que assim como ela, ele sentia algo.
Ele volta a olhar para Lucinda após alguns segundos e percebe que ela sorri junto a ele, a moça se levanta e se senta na cadeira a frente da dele, a única coisa que os separava era a enorme mesa repleta de papéis.
— Então, como eu havia dito, eu aceito me casar com você.
Lucinda volta a afirmar para Joaquim, que sorri mais, ele estava feliz e era visível que ele gostava da jovem.
Ela estava boba ainda pelo que havia acabado de acontecer, mas mesmo assim, se esforçou para mostrar a Joaquim que era algo que ela realmente queria.
— Perfeito… eu fico muito feliz em saber que será minha esposa, prometo que lhe farei a mulher mais feliz do reino…
Ele fala pegando a mão da moça sobre a mesa, e logo pega um papel escuro que estava guardado em uma das gavetas ….
— Esse é o contrato de casamento, eu já havia deixado preparado de antemão… você precisa levar assinado no dia do casamento e me entregar…é apenas o protocolo da realeza, não quer dizer muita coisa…
Ele fala colocando o papel sobre a mesa, e Lucinda o pega, folheando enquanto fala.
— Você tem uma pena?
Joaquim fica surpreso ao ver que Lucinda já queria deixar o papel assinado, mesmo antes de saber sobre os detalhes do casamento.
Ele entrega a ela uma pena com tinta que era usada como caneta, a jovem segura a pena e coloca sobre o pote de tinta e então assina o contrato.
Os dois agora estavam prometidos um para o outro.
Após assinar, ela entrega o papel a Joaquim que também o assina, selando assim o compromisso dos dois.
Ele guarda o papel novamente na gaveta e o casal toma o chá que a criada havia trazido, ainda estava quente.
Eles comem e bebem, Lorde Joaquim então lembra sobre os detalhes do casamento.
— Sobre o casamento…tudo será feito no mesmo dia do meu irmão, meu pai preferiu assim, para apresentar aos nobres as damas escolhidas de uma vez só..
Lucinda ouve atentamente e Joaquim continua.
— Será daqui alguns dias, cerca de 11 para ser exato, eu irei organizar os preparativos, então não precisa se preocupar com nada, apenas chegue aqui de manhã para que possa se aprontar.
A moça fica surpresa ao ver que a data era próxima, e se preocupa já que ela não tinha nada a fazer para ajudar, como era de costume, a família da noiva arcava com parte do custo da festa, mas Lucinda era pobre, e isso a deixou um pouco desconfortável.
— Sobre o dinheiro…
Joaquim percebe pela expressão de Lucinda que ela estava se sentindo mal com aquilo, mas não tinha o porquê ela se preocupar, ele era um nobre e tinha dinheiro suficiente para arcar com todos os gastos.
— Não tem que se preocupar… apenas confie em mim, irá dar tudo certo…
Ele fala com um sorriso no rosto tentando acalmá-la.
Eles terminam de tomar o chá e comer, Lucinda percebe que o tempo havia passado mais rápido do que ela imaginava, ela nem mesmo tinha avisado sua família sobre sua viagem até Springdale, todos deviam estar preocupados.
— Eu preciso ir agora.. Acredito que todos em casa devem estar preocupados…
A moça fala se levantando, e Joaquim a acompanha, na porta, antes de partir ele se aproxima do corpo da jovem, e então os dois se beijam mais dessa vez, de uma forma menos fogosa do que anteriormente. Um beijo calmo e doce.
Os dois parecem tímidos após olharem um para o outro, e então Lucinda sai, em direção ao jardim, onde havia deixado seu cavalo.
Ela sai do castelo, deixando todos curiosos pelo motivo de sua visita, seria uma surpresa para todos no dia do casamento, quando vissem ela no altar, vestida de noiva.
Ela sorri bobamente, mesmo sabendo que Helton também estaria lá, junto a sua esposa e cuncubinas.
Lucinda ainda sentia algo pelo irmão mais velho de Joaquim, ela não conseguia acreditar que ele havia falado tais coisas para ela, talvez ele estivesse apenas passando por um momento difícil.
Ela suspira pelo caminho, e volta pensando no acontecimento na sala de Joaquim, os dois quase fizeram algo em plena luz do dia, ainda com a porta destrancada, ela fica corada só de lembrar.
Após algumas horas ela finalmente chega na fazenda, o sol estava quente e ela havia se queimado um pouco, deixando marcas rosadas pelo rosto e braços, sua mãe e irmã estavam preocupadas, sem saber aonde ela poderia ter ido.
Ela tira a sela do cavalo e o solta assim que chega, sua mãe parecia meio estressada, Lucinda não tinha costume de sair assim sem dizer nada, pensaram que ela havia sido raptada ou algo assim, os boatos de sequestro de mulheres aumentavam cada dia mais e isso as deixava muito preocupadas.