Capítulo 25
1293palavras
2023-02-27 03:57
Mais tarde…
Félix vai ao encontro de seus amigos, eles conseguiram um quarto na estalagem próxima ao castelo, lá eles trocaram de roupa e conversaram sobre o que descobriram, eles iriam para casa com bastante novidades e informações, todos estavam animados e não viam a hora de retornar para Wisdy, eles comeram bastante e foram se deitar logo após conversarem sobre os últimos detalhes, Félix esperou até todos dormirem e saiu de fininho do quarto, ele estava ansioso para ir logo até Cateline, e por isso fez tudo o mais rápido que pode.
Agora que não estava mais vestido com aquela roupa formal humana, ele deixou seus cabelos soltos, ele se sentia mais livre assim, parecia mais consigo mesmo, ele então vai até o quarto em que se encontrou com Cateline aquele dia, já passaram semanas após aquele ocorrido e o acontecimento ainda estava gravado em sua mente, ele balança a cabeça para não pensar demais nos detalhes e então bate de leve a porta, em segundos a porta é aberta, Cateline o espera com um vestido solto de cor azul claro, ela dá espaço para ele entrar, Félix entra e ela fecha a porta atrás de si.
Cateline fica meio sem jeito por conta do silêncio, ela sabia que eles teriam uma conversa séria, ela estava ansiosa por aquele momento desde que se despediu dele no baile.
Felix senta na beirada da cama e os dois trocam olhares por um tempo… ele escutava o coração da mulher bater forte a cada segundo, ele então olha para o teto e começa a falar.
— Bom, o acordo que havia falado anteriormente… é o seguinte, vou te oferecer um contrato, e nele deixarei claro que irei cuidar de você e do nosso filho, não deixarei ninguém fazer mal nenhum a vocês dois, e para isso dar certo, você terá que ir comigo para minha terra natal, iremos nos casar perante meus costumes, será um casamento somente no papel, para você ficar em segurança, eu não irei lhe tocar novamente após o casamento, é complicado explicar, mas do local onde vim e proibido a união entre estrangeiros..
Ele volta a olhar nos olhos de Cateline, que fica surpresa pela proposta, eles iriam se casar apenas para criar a criança e protegê-la? Que tipo de lugar era a terra natal de Félix?
Ela não havia entendido nada, e Félix só poderia oferecer isso, mais nada além disso por hora, ele não poderia mais tocar Cateline, ela era humana e envolvimento entre os dois era algo proibido, ela seria apenas a mãe de seu filho, nada mais … se ele fosse amar alguém e se casar, teria que ser alguém da sua tribo e não com Cateline, ele nem mesmo a conhecia e tinha que priorizar a segurança e sobrevivência de sua alcateia.
Félix se sentia mal por tudo aquilo, mesmo negando ele sentia algo pela mulher, mas ele precisava negar aquilo, ele não podia permitir aqueles sentimentos, ele seria o próximo Alfa de Wisdy e precisava se manter firme.
Cateline fica aérea enquanto ouve tudo aquilo, tentando entender os detalhes daquele acordo, e então pergunta.
— Um contrato de casamento ?
Ele assente com a cabeça e diz.
— Sim, precisamos ser próximos, temos que aprender mais um sobre o outro para dar certo, você me entende? Se vamos criar um filho juntos, devemos nos conhecer e termos confiança um no outro.
Cateline olha bem fundo nos olhos de Félix e se levanta, ela não entendia o porquê de todas aquelas regras, tudo estava muito confuso e sem sentido para ela, de qual local Felix vinha? porque tinha que ser tão difícil para os dois ficarem juntos?
Ela se vira e diz séria para ele.
— Eu preciso pensar sobre isso.
Ela diz séria cruzando os braços entre seu busto, ela precisava pensar se aquilo era realmente o'que ela queria para sua vida, Cateline sabia que seria o melhor para o bebê crescer com seu pai, protegido pela família, mas ela teria que viver em um casamento sem amor ou contato algum, era preciso pensar direito antes de fazer qualquer decisão.
Félix concordava com ela, era a vida dela também afinal de contas, ela tinha que pensar muito bem sobre isso, ele temia pela gestação de Cateline, não sabia como o corpo dela iria reagir com a criança que crescia em seu ventre, ele sabia que a mulher e o filhote iriam precisar dos cuidados de sua tribo, mas como ele iria contar a ela sobre quem ele era? ele não sabia como a humana iria reagir, seria melhor aguardar e ver qual seria sua resposta, ele também precisava falar com seu pai sobre oque havia acontecido.
— Irei dar um tempo para você pensar, tem um lago perto da floresta, ao lado do castelo do Lorde Sirio, em volta do lago é cheio de plantas e árvores, é um lugar adorável e não tem muitos animais, é seguro, podemos marcar de nos encontrar lá para você dar a sua resposta, daqui vinte dias... Podemos nos encontrar ao entardecer, antes da noite cair, o que me diz?
Cateline fica pensativa, batendo o pé no chão enquanto pensava em uma resposta, ela fecha os olhos por um momento e diz…
— Tudo bem, pode ser… nos encontraremos daqui vinte dias…
Felix sorri em resposta ao ouvir Cateline, ele se aproxima da mulher lhe olhando mais uma vez profundamente nos olhos.
— Obrigado, pense com carinho, eu só quero o melhor pra você e o bebê, só isso, irei te explicar melhor caso aceite a proposta…
Ela assente e quando Félix caminha até a porta, Cateline toma impulso e vai até ele o segurando pelo braço, dizendo.
— Quero devolver seu colar.
Félix para de caminhar e se vira para ela, a mulher solta seu braço timidamente e ele volta a olhar para o pescoço de Cateline, ela coloca as mãos no colar para o tirar e então ele toca nas mãos dela, a impedindo de tirar o item do pescoço.
— Pode ficar, você me entrega quando nos encontrarmos novamente, e também, fica lindo em você.
Cateline pisca várias vezes, tímida pelo elogio que havia recebido, e então solta devagar…
— Tudo bem então..
Ele acena para ela e se afasta, abrindo a porta, ele sai do quarto a fechando devagar, retornando para onde seus amigos estão.
Ao chegar lá, todos ainda estavam dormindo, Félix se ajeita para descansar, amanhã após todos acordarem, iriam tomar um belo café da manhã e se arrumar para voltarem para a casa, ele se sentiu bem por todos terem conseguido sair do castelo em segurança, João tinha feito um bom improviso, sobre a lady que estava desacordada no momento que chegaram, o guarda não tinha voltado ao posto quando passaram, então foi tudo muito tranquilo.
Provavelmente pela manhã todos saberiam que havia acontecido algo de estranho no castelo, um intruso, por isso, eles iriam embora cedo, pois os guardas poderiam olhar ao redor, nas casas e comércios a procura deles.
Félix se cobre com um cobertor velho e tenta dormir um pouco.
A noite foi muito agitada, ele precisava descansar um pouco e colocar os pensamentos em ordem, ele tinha que acordar na manhã seguinte com suas forças renovadas.
Já de manhã, todos acordaram já se arrumando, os garotos lavam seus rostos e decidem ir comer alguma coisa para partir, eles pagam pela quarto em que dormiram e antes de ir, Félix olha mais uma vez para a estalagem se perguntando se Cateline estava bem, sua atenção e chamada por um de seus amigos que gritava seu nome e então ele segue até a floresta, rumo a carroça e os cavalos que os esperavam para a viagem de volta para casa.