Capítulo 34
1204palavras
2023-10-18 08:10
Fecho os olhos ao saborear o risoto que Jordan tanto falou e, era divido. Com certeza aquele seria o prato de entrada, sem discussão.
— É esse?— pergunta o loiro ao meu lado.
— Sem dúvidas! Senhora, pode nos trazer os próximos pratos para escolhermos o principal.— falo e a senhora de cabelos cinzas bem arrumados sorri e sai em direção a cozinha.

Minutos depois vejo vários garçons trazendo todo o tipo de comida, fazendo com que minha boca se encha de água.
— Prova este daqui Sam.— diz Jordan e abro a boca e mordendo um pedaço de filé.
A carne era suculenta e macia, estava no ponto certo. Soltei um gemido involuntário e meu marido deu risada de mim.
— Desculpa Sra. Edith, mas está uma delícia.— falo e ela sorri.
— Imagina querida, pode ficar a vontade. Sei muito bem como funciona nosso corpo e gosto durante uma gestação.— sorri agradecida para ela no mesmo instante.
O próximo pranto era peito de frango grelhado, com arroz e purê de batata, e lá estava eu morrendo de amores por toda aquela comida.

[...]
Horas depois estávamos indo visitar Susan, ela disse que queria nos ver e aproveitando que o restaurante em que estávamos era perto, seguimos para a casa da mãe de Jordan.
Cochilei durante o caminho e acordei com ele me chamando para descer, abri a porta do carro e sai em direção a mansão Brenner. Nunca cansaria de admirar aquele lugar, era lindo.
Susan veio nos receber e ao olhar para minha barriga, seus olhos se encheram d'água e ela já veio em minha direção me abraçando e tocando minha barriga que por sinal, estava enorme.

— Como estão os bebês da vovó?— pergunta ela.
— Estão ótimos Susan, melhores do que nunca!— falo para ela.
— Querida, eu ainda estou tão preocupada com o que aconteceu com você. Não consigo entender o que se passou na cabeça de Jéssica por fazer aquilo.— meu coração se aperta ao escutar o nome daquele mulher. Desde o último ocorrido em que fui parar no hospital, e Jordan me contou tudo o que aconteceu que só de ouvir o nome dela, me sobe um medo inexplicável.
Jéssica atormentou meus sonhos por um tempo e aquilo estava me deixando exausta.
Tudo o que ela fez não existia um motivo real, ela sempre soube que o que ela e Jordan tinham era apenas casual e não passaria disso, mesmo com o passado que ambos tiveram lá atrás.
Não quero saber sobre ela e nada mais me interessa. A única coisa que sei sobre ela após o acontecimento, foi que Jordan prestou queixa contra ela e a mesma foi presa mas passou por uma avaliação médica e foi internada em uma clínica para reabilitação psiquiátrica.
Espero que ela fique um bom tempo por lá.
— Pode ficar tranquila Susan, já passou e está tudo bem mesmo. Foi apenas um susto.— sorrio para ela e a mesma me abraça.
— Já que insiste, vamos tomar um chá e bater um papo sobre o andamento da festa.— diz minha sogra e nós a acompanhamos.
— Percebeu que ela nem me cumprimentou?— sussurra Jordan ao meu lado.
— Larga de ser bobo.— falo.
— Depois que você chegou, minha própria mãe me renega. Finge que nem existo.— dou risada da cara dele.
— Estou querendo te uma surra meu filho, não estou nada boa com você pelo o que aconteceu com Sam.— Susan diz de repente.
— Mãe.— Jordan a chama.
— Não quero conversar com você sobre isso. Não agora, primeiro vamos falar sobre o andamento dos preparativos do evento, pois já está próximo.— seguro a mão do homem ao meu lado e a aperto.
— Relaxa.— falo para ele e o mesmo concorda.
Seguimos até a sala de visitas e logo um funcionário nos trouxe chá, acompanhado por biscoitos que aparentemente estavam divinos.
Permitir que os dois conversassem sobre o andamento do evento, pois enquanto comia sentia um desconforto enorme nas costas, mal conseguia ficar quieta. Os gêmeos começaram a ficar inquietos, e aquilo me deixou com falta de ar e eu queria ir para casa, porém não podia atrapalhar a conversa de Susan e seu filho. Ela seria de grande ajuda para que, tudo ocorresse bem durante a missão que nos foi dada.
Peço licença e caminho até o banheiro para lavar meu rosto, estava muito quente e eu não me sentia confortável com aquela situação.
Me apoiei na pia e respirei fundo, logo após lavei meu rosto e soltei um gemido, ao receber um chute forte em minha barriga.
— Meus filhos, vão com calma.— falo olhando minha barriga e a acaricio.
Corro para o vaso e coloco tudo o que comi mais cedo, para fora seguidas vezes. O que está acontecendo comigo?
Me levantei e retornei para a pia, precisava lavar minha boca e tirar aquele gosto ruim da mesma. Assim que me sentir melhor, voltei para a sala e peguei mais um biscoito para disfarçar o gosto ruim na boca e Jordan me olha rapidamente e volta a atenção para sua mãe. Mas segundos depois volta a atenção para mim e, tocando em meu rosto.
— Sam? Você está bem?— pergunta preocupado e logo Susan se senta ao meu lado, segurando em minha mão.
— Querida?— diz minha sogra.
— Ei, relaxem está tudo bem! Só foi um mal estar, estas crianças estão mexendo muito e estou exausta com isso.— falo para eles.
— Você precisa de descanso, pois não é a primeira vez que você fica desse jeito.— diz Susan.
— A gravidez de Sam não é cem por cento segura, desde a primeira que ela teve o sangramento. O médico tarado sempre diz que os cuidados com ela, devem ser redobrados.— diz Jordan.
— Oh Sam, uma coisa tão boa como a gestação não deveria ser assim. Durante a gravidez de Jordan, tudo foi mil maravilhas. Na de Emma eu sofri horrores, tive enjôos até o final da gestação.— fala Susan.
— Jordan foi tranquilo na gravidez porque fora dela, vivia dando trabalho não é mesmo?— brinco e ela ri.
— Fico feliz que tenha entrado na vida dele, pois assim ele tomou jeito.— diz ela.
— Tomou jeito meses depois, ele me deu muito trabalho Susan.— abaixei a voz fingindo fofocar para ela e ele morde meu ombro me fazendo dar risada.
— Larga de ser idiota Sam.— diz ele e quando vou falar com ele, sinto uma pontada forte no pé da barriga, me fazendo gemer.
— O que houve?— pergunta ele e me levanto rapidamente do sofá e começo andar, ao sentir uma dor forte que vinha das costas até a barriga.
Mordo meu lábio quando a pontada no pé da barriga volta, e respiro fundo.
— Aí meu Deus, ela tendo contrações Jordan!— diz Susan e vem até mim.
— Não, ainda é cedo demais. Estou apenas de... Aaaah— solto um gemido quando sinto um chute das crianças. Respiro fundo e por alguns segundos meu coração gela, ao sentir algo quente escorrendo por minhas pernas. Meus olhos se enchem de lágrimas e olho para Jordan sentindo o medo me preencher com força.
— Os bebês vão nascer.