Capítulo 25
1452palavras
2023-10-12 00:13
Jordan point of view
Entrei em meu carro e antes de dar partida, e encostei por alguns minutos minha cabeça no volante, respirei fundo e liguei o automóvel indo em direção a casa de Jéssica.
Precisava por um ponto final em meu não relacionamento, com Jéssica e não sabia como iria aborda-la.
Eu gostava dela, Jess havia sido meu primeiro amor e meu primeiro relacionamento, por um bom tempo. Não éramos exatamente estáveis, ela era ciumenta demais, ao ponto de criar coisas que sequer existiam e eu, bom, eu era louco por ela e não conseguia ir embora mesmo com as brigas. Vivíamos terminando e voltando, brigando... Éramos tóxicos um para o outro, até que decidi terminar de vez em uma de suas crises de ciúmes e, nunca mais a vi.
Quando ela se mudou para o outro lado do mundo, apenas me mandou uma mensagem e desejei uma boa viagem e não nos falamos mais, até a noite em que a encontrei na boate. Vê-la mexeu comigo, pois lembrei do início do nosso namoro e o quanto aquela parte foi boa e então começamos a ficar.
Mas daí veio a Sam grávida, o que me pegou totalmente de surpresa.
Eu fui um completo idiota com ela, fiz coisas que não me agrado em nenhum momento e me sinto péssimo. Acordei para a realidade quando Jeremy, meu pai, foi o único que atendeu minha ligação quando Samantha quase perdia os bebês. Ele me aconselhou, conversou comigo pela primeira vez, me contou também que ele não tinha sonho de ser pai, mesmo já casado com minha mãe, ele só queria viver a vida dele e administrar a empresa. Mas segundo ele, ao escutar a batida do meu coração pela primeira vez ele sentiu se estranho e quando me pegou no colo assim que nasci, ele soube que era aquilo que ele queria, ser pai e que não se arrependeu até hoje. Foi ali que pensei por um bom tempo e, decidi ser um homem de verdade com ela e de fato assumir a responsabilidade. Cuidaria dela e das crianças, até que eles estivessem um pouco mais desenvolvidos, e depois iria me divorciar. Bom, não foi exatamente o que aconteceu. Viver com Sam não estava sendo fácil, pois eu tinha um puto desejo nela, via o quanto ela se mantinha firme enquanto eu agia feito criança birrenta. Me peguei em momentos, desejando estar com ela, a beijando, assumindo algo real, mas Jess não saia do meu pé, eu sequer conseguia respirar... Mas foi durante a recaída que Samantha e eu tivemos, que fiquei louco de verdade, pois a queria a todo momento mas aquela filha da mãe não cedia, sempre dizia que não ficaria entre mim e Jéssica. Eu iria dar um jeito naquilo, até a maldita Jess invadir nosso apartamento e eu não por ela pra correr e, está situação demorou dias, até Sam explodir e me dizer que aquilo não a fazia bem. Após o episódio, coloquei em uma balança as duas, o que eu sentia em relação há ambas.
Por Jess, eu mantinha um carinho pelo o que vivemos na adolescência, por me conhecer mas, por Samantha as coisas eram diferentes pois, com ela me sentia vivo, capaz de enfrentar as coisas pela forma certa. Nós últimos dias, tenho sentido de verdade em criar uma família com ela, quero que funcione.
Quando dou por mim, já estava em frente a porta de Jéssica. Bati e não demorou nada para que ela atendesse, e assim que me viu abriu um sorriso. Ao tentar me beijar, apenas a abracei e desviei o rosto, pude notar seu olhar nada bom e desconfiado.
Entrei em seu pequeno Flat, o lugar era bem pequeno. Uma sala dividida com a cozinha, uma suíte mediana, mas era bem confortável, já havia passado algumas noites aqui com ela.
— Está tudo bem Jordan?— pergunta ao se sentar em sua cama.
— Preciso conversar com você.— falo e ela revira os olhos.
— Se for pra falar da Samantha, nem comece. Já deixei pra lá e vida que segue.— diz ela se referindo ao seu último ataque de ciúmes.
— Pode me ouvir?— falo e ela cruza os braços.
— O que você quer? Diz logo!— fala impaciente.
— Bom Jess, estou aqui pra terminar tudo. Precisamos encerrar nosso ciclo de uma vez por todas — ela muda a postura na hora.
— O que?— diz baixinho.
— Isso mesmo que você ouviu, já era. Não vejo motivos para continuarmos juntos, sabe muito bem disso.— digo calmamente há ela.
— Você está de sacanagem com minha cara Jordan? Eu deixei tudo para trás, pra poder voltar para você. Briguei com meus pais e...— ela começa a chorar, que merda.
— Nunca te pedi para fazer isso, sabe que desde que terminamos, nunca mais tivemos contato Jéssica, se você veio para cá, foi por conta própria.— digo e ela chora mais ainda.
— Você não me ama mais, é isso?— diz e cobre o rosto com as mãos, me aproximo dela e a faço me olhar.
— Jess, eu tenho um carinho enorme por você, pelas coisas boas que chegamos há viver, mas agora, as coisas estão e são diferentes entende?— ela me empurra e levanta-se alterada.
— É por causa dela não é? Você está apaixonado pela Samantha, meu Deus Jordan! Você disse que não a queria, que... Que ficaria apenas comigo, eu...— respiro fundo.
— Nunca disse que ficaria só com você, falei que não havia nada entre mim e a Sam, então podíamos ir ficando e nada mais.— e era verdade aquilo, não jurei e não prometi nada para ela, fui sincero desde o início.
— MENTIRA! Você é um mentiroso, sempre esteve com ela e só me usou.— diz ela.
— Olha, tire as conclusões que quiser, não devo mais nenhuma explicação para você. E por favor, me devolve as chaves.— ela ri e vai até seu pequeno closet, voltando em segundos.
— Toma está porra de chave, não quero nada que venha de você!— diz ela e respiro fundo, pegando as chaves que ela jogou no chão. Nem me despeço dela, viro as costas e sigo até a porta de seu quarto, não sei o que houve, mas senti algo atrás de mim e quando me virei, Jéssica estava com um ferro de passar, pronta para atingir minha cabeça, consegui desviar no mesmo instante.
— MAS QUE MERDA É ESTA JÉSSICA? SURTOU?— grito com ela e a mesma ainda tenta me acertar, e desvio novamente.
— VOCÊ É UM FILHO DA PUTA, EU ODEIO VOCÊ SEU IDIOTA, VOU ACABAR COM SUA VIDA!— ela grita e tenta ainda assim me atingir.
— Você é louca caralho, nunca mais se aproxime de mim ou de minha família, entendeu? Nunca mais!— falo e saio o mais depressa possível do Flat.
Eu não conhecia esse lado violento de Jéssica, ela nunca me mostrou está versão e fiquei assustado pra caramba. Tentei agir amigável, conversar mas ela não cedeu de forma alguma e, eu não podia fazer mais nada, não iria insistir em ter uma conversa decente com quem não queria e ainda me agredia.
Liguei o carro e segui para a faculdade, precisava entregar um trabalho ainda hoje e não seria está conversa de merda que atrapalharia minha vida e rotina.
Antes de entrar recebi uma mensagem de Sam, perguntando se tudo bem em fazer hoje o jantar para minha família, apenas respondi que tudo bem, e segui para minha sala.
Me sentia exausto, um peso caiu sobre mim e estava louco para ir embora e descansar um pouco, mas parecia que o relógio não dava a hora nunca. Assim que chegou minha vez, apresentei um trabalho sobre gestão de negócios, fui o mais breve e direto possível, minha cabeça iria explodir em breve e eu não aguentaria mais.
Quando meu último colega de classe estava finalizando a sua apresentação, eu saí e fui o mais depressa para casa, precisava ver minha loira e me preparar para o jantar.
Quando cheguei no apartamento, estava tudo silencioso, limpo e cheirava a comida boa. Fui através do pequeno corredor e, entrei no quarto de Sam a vendo saindo do banho, como eu precisava dela, me sentia cansado e só queria abraça-la, beija-la... Vi em seus olhos que ela notou minha exaustão e caminhou até mim, me puxando para um abraço e em seguida ela me olhou fixamente esperando que eu phe dissesse algo, mas tudo o que consegui foi apenas tocar em seu rosto e a beijar lentamente, e logo sendo correspondido por ela.
Naquele momento meu coração se aqueceu e, pela primeira vez na vida, eu me sentir totalmente em casa.