Capítulo 23
1712palavras
2023-02-05 08:11
Lucy jamais havia se sentido tão mexida quanto se sentia ao olhar para a fantasia sobre sua cama.
Já havia lavado e passado, estava guardando-a para ser devolvida, mas a garota sorria lembrando-se da festa.
ㅡ Já está pronta? ㅡ Jungso pergunta da porta do quarto da filha, olhando-a de lá. ㅡ estou saindo.
ㅡ Já sim, pai. ㅡ ela diz enfim dobrando com cuidado a fantasia e guardando-a no pacote que veio. ㅡ Ryeon disse que a senhora park já lavou e passou a dele também, mas ele ainda não chegou.
ㅡ Tudo bem, eu passo lá e pego com ela, aproveito para saber se ela já está melhor.
ㅡ Como assim? ㅡ franziu o cenho.
ㅡ Você não soube? ㅡ ele adentra o quarto e senta ao lado da filha. ㅡ rosé estava indisposta no dia em que fui entregar a fantasia de Ryeon. Ela até me perguntou o nome de algum chá que fosse bom para dores musculares, e eu indiquei aquele que a sua mãe sempre faz.
ㅡ Nossa pai, eu não sabia disso...
ㅡ Pois é, mas agora estou indo. ㅡ ele diz ficando de pé e deixa um selar no centro da testa dela. ㅡ até mais tarde.
A garota despede-se do pai, deitando agora em sua cama. A casa está silenciosa, sua mãe havia saído cedo para ir às compras, e ainda não havia retornado.
O silêncio fazia a garota ficar em paz, por mais que gostasse de conversar. Lucy fechou os olhos e apenas se focou em sonhar mais uma vez com o futuro.
Mas seus devaneios foram cortados por batidas sutis em sua porta. Ela se ergueu e olhou pela janela. O carro de seu pai já virava a esquina e se fosse sua mãe, ela abriria a porta com sua chave e não bateria.
Assim, Lucy apressou-se para descer e olhou através do olho mágico de quem se tratava. Assustou-se quando viu Ryeon ali, afastando-se e apressando-se para endireitar seus fios bagunçados.
Abriu a porta devagar, vendo Ryeon sorrir ao vê-la ali. Ela sorriu para ele e deixou com que ele entrasse, fechando a porta logo em seguida.
ㅡ Encontrei com seu pai ainda aqui, já entreguei a fantasia a ele. ㅡ Ryeon disse.
Lucy assentiu, olhando-o e reparando em suas roupas. Ryeon vestia uma camisa larga branca e uma bermuda preta que ia até seus joelhos. Seus pés estavam cobertos por um par de meias que iam até o meio da panturrilha, então ela presumiu que seus sapatos haviam ficado no andar debaixo da casa. Na cabeça seu boné tipicamente estava para trás e em sua mão direita estava seu skate.
ㅡ Estava indo para a praça dar um rolê com Noah e Jerry de skate, tá a fim de ir?
ㅡ Eu não posso sair agora, estou sozinha em casa. ㅡ falou dando-lhe as costas e subindo os degraus da escada, indo de volta para seu quarto.
ㅡ Sua mãe não está? ㅡ perguntou Ryeon, seguindo-a e deixando seu skate ao canto da parede quando adentrou o quarto.
ㅡ Não. ㅡ diz jogando-se de volta à cama e bocejando ali mesmo. ㅡ Saiu cedo para ir ao mercado e até agora não voltou.
ㅡ Está tudo bem com você? ㅡ Ryeon atreve-se a sentar na cama e ao lado dela, afastando os cabelos que se espalharam por ali. ㅡ Parece sonolenta.
ㅡ Estou bem, só estou no tédio. ㅡ sorri.
ㅡ Mais um motivo para ir ficar comigo na praça. ㅡ sorriu.
ㅡ Vou pensar, mas só quando ela chegar.
ㅡ Tudo bem. ㅡ Ryeon fala, ainda tocando os cabelos dela. ㅡ você está bonita hoje.
ㅡ Nem vem Ryeon, estou um caco. ㅡ diz olhando-o. ㅡ Estou sentindo algumas dores...
ㅡ Dores? ㅡ Ryeon põe-se atento. ㅡ onde?
Lucy sente-se ligeiramente envergonhada e senta sobre a cama, olhando ao redor antes de prosseguir.
ㅡ No corpo todo. Principalmente nos meus... Seios.
Ryeon pisca apenas a olhando apenas para compreender do que a garota fala.
ㅡ São seus remédios que fazem isso?
Lucy outra vez envergonha-se, mas assente, olhando-o sem jeito.
ㅡ Isso é bom ou ruim? ㅡ Ryeon torna a perguntar.
ㅡ Acho que bom. Quer dizer, sentir dor é ruim, mas se está doendo, é porque os hormônios estão fazendo efeito. Minha médica falou que talvez acontecesse isso, é comum.
ㅡ Ah... E você, hm... Já notou diferença?
E outra vez a garota assentiu envergonhada.
ㅡ Meu quadril está um pouco mais largo. A endocrinologista falou que a gordura começará a ser distribuída de forma diferente em meu corpo...
ㅡ Você se sente feliz, não é? ㅡ Ryeon continuou olhando-a, mas era tão bonito ver que mesmo sem intenções, a garota falava daquilo com felicidade. ㅡ eu consigo sentir.
ㅡ É o meu sonho se tornando real, oppa. ㅡ diz. ㅡ um deles, na verdade.
ㅡ Seul já é sua, lu, então acho que todos os seus sonhos estão caminhando para o caminho certo.
Lucy olhou-o e sorriu, nem todos os seus sonhos estavam mesmo encaminhados, porque se fosse contar com seus sonhos de criança, ela e Ryeon estariam com alianças agora em seus dedos.
Mas assim ela riu, divertindo-se com seu próprio pensamento.
ㅡ Do que rir? ㅡ Ryeon perguntou curioso, mas estranhamente ria junto a ela.
ㅡ Não é nada. ㅡ negou, voltando a deitar-se.
Ryeon olhou-a por breves segundos até fazer o mesmo, deitando-se ao lado dela e olhando-a agora deitado.
ㅡ Senti sua falta, sabia? ㅡ confessou-a.
ㅡ Por dois dias apenas? ㅡ ela perguntou e riu. ㅡ e quando eu for embora?
ㅡ Eu vou ficar mortinho por ao menos duas semanas. ㅡ brinca e ouve a risada mais alta da garota. ㅡ falo sério, poxa.
ㅡ Não seja tão bobo, Ryeon...
ㅡ Serei sempre bobo quando o assunto for você.
Lucy cessou o riso e o encarou ainda deitada. Ambos estavam quietos agora, apenas trocando olhares sem que algo a mais fosse dito.
E a garota sorriu pequeno, sorrateiramente se aproximando dele e selou-o nos lábios com lentidão.
ㅡ Vem comigo. ㅡ ela sussurrou, parando o rosto a centímetros do dele.
ㅡ Eu ainda não posso. ㅡ disse e encolheu-se ali, tocando uma mecha castanha dela e olhando-a nos olhos outra vez. ㅡ mas vou sempre pensar em você.
ㅡ Vou sempre pensar em você também. E eu prometo voltar, mesmo que não seja de toda uma vez... Mas eu volto.
ㅡ Eu vou até você caso não consiga. ㅡ diz sorrindo e se aproxima mais, roubando-lhe um selar. ㅡ Porque não sou capaz de viver sem te beijar.
Lucy sorriu, mas viu Ryeon aproximar-se de si uma nova vez e ofegou quando sentiu seus lábios cheios tocarem os seus com mais pressão.
Ambos fecharam os olhos, aproximando os corpos de uma vez por completo, e suspirando quando os pés se tocaram.
Ryeon ergueu a mão livre entre eles e repousou-a sobre a cintura da garota com delicadeza.
Não sabia se podia fazer aquilo, mas tomou apenas o impulso de seu corpo. A delicadeza era tomada por saber que o corpo da garota parecia sensível, e ele não queria que ela sentisse dores a mais com um toque brusco.
ㅡ Ryeon... ㅡ Lucy sussurrou, sentindo Ryeon desviar os beijos de seus lábios, agora para seu queixo com lentidão. ㅡ não faz assim.
E Ryeon apenas se concentrava na forma ofegante que ela parecia estar a cada novo segundo, o que não era tão diferente da forma em como seu corpo já respondia ao momento também.
Era incrível como eles pareciam criar fogo em apenas alguns segundos, e foi no impulso do momento que Lucy segurou firme o tecido fino da camisa que ele vestia e segurou-o perto de si, tendo o medo de não sentir mais Ryeon em si lhe dominando, mas sorrindo quando sentiu-o chegar em seu pescoço.
E Ryeon chupou devagar de início, encostando-se a ela e sentindo o corpo magro grudar ao seu, no mesmo instante em que sua língua passeou por a pele alheia pela primeira vez em sua vida e lhe levou a loucura de mordiscar a área.
ㅡ Não faz assim. ㅡ ela disse erguendo a outra mão e parando sobre o peito dele. Seu tom de voz mesmo baixo era de riso, então Ryeon apenas se afastou e olhou-a. ㅡ Eu sinto cócegas.
E aquilo fez Ryeon rir, fazendo-o notar como a garota parecia ser a mais adorável do mundo.
ㅡ Eu não quis te fazer cócegas...
ㅡ Tudo bem. ㅡ ela sorriu. ㅡ seus amigos estão te esperando, não?
ㅡ Que esperem. Eu não ligo enquanto estiver aqui com você.
ㅡ Ryeon bobo, vá, não deixe que eles fiquem te esperando...
ㅡ Só me deixa te beijar mais um pouquinho? Eu juro que vou embora logo depois.
A garota olhou-o sorrindo e negou, mas aproximou-se dele mesmo assim, sentindo-o ser rápido ao juntar suas bocas outra vez, e sentindo o arrepio que lhe veio assim que sua língua enroscou-se a dele outra vez.
E Ryeon continuou com o toque, intensificando de maneira exorbitante o toque e tomando impulsos que ainda eram novos para ela.
As mãos de Lucy permaneciam em Ryeon, voltando a segurar sua camisa para mantê-lo perto, mas o tecido era tão fino e leve que apenas se ergueu com o movimentar, proporcionando-a tocar a pele da barriga dele pela primeira vez, e mesmo que o ato fosse completamente sem pensar, Lucy gostou.
Ela continuou apenas sentindo a pele por todas às vezes em que seus dedos batiam com sutileza, mas sentiu a mão de Ryeon passear por sua cintura, e ofegou com a reação com que aquilo lhe trouxe.
Lucy assim tocou Ryeon diretamente, incerta e amedrontada, levou seus dedos até o abdômen do garoto, sentindo-o suspirar entre o beijo e segurar com um pouco mais de força sua coxa.
E por mais que estivessem sem controle algum outra vez, ambos só conseguiam sentir como aquilo era bom.
Ryeon levou devagar a coxa da garota até si, e ergueu-a sobre a sua. Lucy então teve seu corpo ainda mais perto do Ryeon, e aproveitou para deslizar sua mão até as costas do garoto, enquanto sentia Ryeon movimentar a mão sobre sua coxa, sempre indo do joelho e subindo até seus limites.