Capítulo 69
1082palavras
2023-05-31 09:51
— Já chega Tessa!
— Me solta Ralf!
— Calma Tessa, precisamos saber se esse filho que ela está esperando é meu, depois você pode fazer o que quiser com ela.

— Vamos começar pelo exame. — Falo seriamente.
— Você tem certeza que esse exame não vai machucar o bebê?— Ralf pergunta preocupado.
— Tenho certeza. Precisamos achar uma ginecologista e os materiais necessários para realizar o teste.
— Eu conheço uma, vou ligar para ela agora mesmo.
Ralf se afasta para fazer a ligação, Jimmy se aproxima de mim, e antes dele dizer qualquer coisa escutamos barulho de tiros lá fora.
— Se protege Tessa. — Jimmy diz pegando a sua arma na sua cintura e sai da casa.

Tento proteger-me, Ralf vem até mim e pergunta se estou bem, digo que sim, ele também sai da casa, fico apreensiva enquanto escuto os tiros, olho para Raven que está com a expressão plena no rosto, com certeza essa desgraçada tem algo a ver com isso.
Raven Carter
Eu estava tranquila em casa sentindo o meu bebê mexer, ser mãe nunca foi meu sonho, mas confesso que estou gostando muito da ideia, de repente escuto barulho de tiros vindo do lado de fora da casa, pela janela da cozinha vejo os seguranças do meu pai caídos no chão, pego o meu celular rápido e mando um SOS para o meu pai, e sem pensar duas vezes tento sair pela janela, a minha barriga de grávida acaba me atrapalhando um pouco, de repente escuto aquela voz atrás de mim, “Onde a mocinha pensa que vai?”, o desgraçado me pega, sei que isso é coisa da lambisgoia da Tessa, mas tenho certeza que o meu pai vai vim, e ele vai acabar com todos eles.
Davis Garcia

Hoje tive que ir em uma das minhas fazendas conferir uma mercadoria que havia chegado com defeito, o fornecedor tentou me passar a perna, mas ele vai se arrepender, com Davis Garcia ninguém brinca. Após dar a ordem para os meus homens matá-lo eu volto para cidade, assim que entro na área urbana o meu celular apita, olho a tela e vejo aquela mensagem “SOS” da minha filha, rapidamente ligo para os meus homens mais competentes e digo para eles me encontrarem na casa dela, assim que chego já vou metendo bala em tudo, se algum desgraçado fez algo com a minha filha vai se ver comigo.
Tessa Bennett
Os tiros ficam cada vez mais intensos e barulhentos, me encolho num canto na cozinha morrendo de medo, de repente um deles acerta a minha perna de raspão, dou um grito enquanto olho para a minha perna, quando levanto as minhas vistas para olhar a Raven vejo ela sendo acertada por dois tiros, um no seu peito esquerdo e outro na sua cabeça, grito “ não “ várias vezes, isso não é justo, eu que devia matá-la. Um tempo depois o barulho dos tiros cessa, saio do canto onde estou e vou com dificuldade até a Raven que já está sem vida.
— Não!
Começo a dar vários socos no corpo dela, que cai sobre o chão, nem isso me impede de continuar golpeando ela, novamente sou pega pela cintura pelo Ralf.
— Tessa ela já está morta.
— Eu que devia ter matado ela, era eu que devia...
— Eu sei… calma? — Ralf me envolve nos seus braços e me dá um abraço apertado.
Ralf Campbell
A Tessa está totalmente descontrolada, não estou reconhecendo ela.
— Ralf pode levá-la para casa, deixa que eu cuido de tudo. — Jimmy diz.
Olho para ele agradecido, e vou para casa com a Tessa.
Já em casa levo ela para o banheiro e dou um banho de banheira nela, depois limpo o seu ferimento na perna, a Tessa permanece em silêncio, ela não esboça nenhuma reação e permanece assim o resto do dia.
Mas eu entendo esse comportamento dela, a Tessa é muito inocente e tudo que aconteceu mexeu muito com ela, mas agora podemos respirar aliviados, a Raven e o Davis Garcia estão mortos.
Dia seguinte...
Na manhã seguinte me levanto e não vejo a Tessa ao meu lado, levanto chamando por ela, e a encontro na cozinha tomando café da manhã.
— Bom dia! — Eu falo encarando ela.
— Bom dia! — Ela responde sorrindo.
— Tá tudo bem? — Eu pergunto me aproximando dela.
— Sim, está tudo bem.
Ela se levanta com dificuldade e vem na minha direção.
— Eu te amo. — Ela diz repentinamente.
— Eu também te amo. — Dou um selinho nela e um abraço.
Dois meses depois...
Tessa Bennett
Caminho sozinha pelo tapete vermelho, os meus olhos lacrimejam, luto comigo mesma para evitar chorar.
Ralf está ainda mais lindo me esperando no altar, os seus olhos pretos brilham, ele me olha com amor, um amor mágico que faz o meu corpo corresponder com arrepios, esse é um momento dividido com pessoas especiais, poucas pessoas, foi assim que decidimos que seria.
Chego até o altar, Ralf e eu nos olhamos com amor e nervosismo por um breve tempo. A cerimónia começa, Ralf e eu fazemos nossos votos. Tudo ocorreu muito bem, após sairmos da igreja seguimos para a nossa noite de núpcias, optamos por não fazer festa.
Já no hotel, nos deparamos com um quarto muito bonito com banheira de hidro e sauna, tomamos uma ducha e fomos jantar. Jantamos no próprio hotel, uma comida deliciosa e bem leve. De onde estávamos avistei uma pista de dança, onde haviam alguns casais.
— Eu quero dançar, vamos amor?
— Estou tão cheio meu amor, prefiro ir pro quarto.
— Só um pouquinho.
— O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando.
Ralf Campbell
A dança é lenta, os nossos corpos unidos, a mão dela no meu ombro, a outra a me acariciar a nuca. Os olhos verdes a me hipnotizar. Aperto os seus dedos de unhas vermelhas ao encontro do meu peito.
Os meus olhos grudados nos dela, eu estou ainda mais apaixonado nessa mulher, segura, risonha e como sempre muito bem vestida. Um encanto.
— Vamos voltar pro quarto? — Eu digo louco para tê-la nua em meus braços.
— Vamos ficar um pouco mais. — Ela pede de um jeitinho meigo que é impossível de dizer não.
— Tá bem! — Ela ri, um riso orgulhoso, o rosto fica levemente vermelho e ela se espreme contra o meu corpo num abraço acompanhando a música.