POV de Thora.
Acordei e vi que estava no quarto de hóspedes, eu sentia fraca enquanto disparei imediatamente.  
De repente eu senti tonturas.
Onde... quem me trouxe aqui?   
Senti algo em minha testa e respirei fundo o removendo quando descobri que era um pano molhado em minha cabeça.
Apenas para quietude.
Esta era a cerimônia de hoje... não... não... eu não poderia ter perdido. 
Volkan...não... por favor, você não pode escolher outra pessoa.      
Me levantei tirando a colcha e me senti tonturas novamente, eu tropecei correndo para frente sem me importar com nada.
Meus passos vacilaram enquanto eu corria pelo corredor e os aplausos ecoaram neste momento.
Eu vi um grande grupo de pessoas reunidas no andar de baixo fez meu coração gelar.
Volkan... por favor!
Eu implorei em minha mente enquanto descia as escadas correndo, ainda bem que segurei no corrimão enquanto tropeçei no pé me equilibrando.        
"Agora era o momento mais esperado em dez anos!"
Como disse o âncora, meus olhos se arregalam, não acabou ainda... ainda há esperança.               
Alívio inundou meu coração para ser apenas de curta duração.   
"Eu pediria ao Rei Volkan para se apresentar no palco!"     
Eu vi suas costas e as pessoas abriram caminho para ele se curvando.
Um smoking preto era perfeito enquanto ele subiu as escadas com passos longos e confiantes. 
Meus passos ficaram mais lentos enquanto eu descia as escadas cerrando os punhos.  
Vi os convidados em roupas caras se virando para me olhar com nojo.
Mas eu não me importava.
Claro que eles ficariam surpresos... como eu ainda estava de moletom e zíper, aposto que me destacaria facilmente nessa multidão da alta sociedade.       
Minha atenção voltou para ele quando ele subiu ao palco, olhou para a multidão e ficou sorrindo e acenando para eles.     
Ignorando meu coração se partindo em pedaços.   
"Agora! A decisão foi tomada." 
A multidão aplaudiu, eu coloquei meus punhos cerrados perto do meu coração e as lágrimas brotaram em meus olhos.        
Por favor... não... por favor.
"A garota de sorte que foi escolhida pelo Rei Volkan como a futura Rainha deste Reino era..."
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As lindas garotas alinhadas na frente esperavam ansiosamente em silêncio. 
Meu coração bateu rapidamente no meu peito enquanto eu fechei meus olhos respirando profundamente.        
"Princesa Charlotte! A primogênita da linhagem real de Balenciaga! O reino dos cinco estados!"          
"Todos a recebem bem!"
Os aplausos ressoaram pelo salão enquanto meu coração se partiu em milhões de pedaços, minhas pernas estavam fracas de repente e a visão ficou turva.       
Percebi que eram minhas lágrimas, apenas senti o sal em meus lábios.
Uma linda mulher em um vestido azul sereia se destacou da multidão.
Caminhando pelo tapete vermelho de cabeça erguida.
Seus lindos cabelos loiros, olhos azuis e pele branca de marfim contrastavam com meus olhos escuros, cabelos castanhos e pele bege quente.        
Ela subiu as escadas mostrando um lindo sorriso.
Sua saia longa arrastava para trás e as fendas faziam suas pernas tonificadas parecerem mais longas.
Ela segurou a mão estendida de Volkan fazendo com que as câmeras se encaixem e os convidados aplaudam.   
Ele a observou com admiração assim como todos os outros na sala, hipnotizados por sua beleza.
Ela sussurrou algo em seu ouvido e ele assentiu, sorria para nós antes que todos se virem e caminhem em direção à multidão.
Anéis eram apresentados para selar este novo vínculo.  
Foi a primeira vez na vida que meu coração se partiu, minhas pernas foram cambaleados para trás e quando percebi que fui esmagado por um vaso de metal atrás de mim, o som foi alto e me lembrou o som de um coração partido.
Todos congelaram e suas atenções voltadas para a causa do incômodo repousando apenas em mim.
Os olhares de desgosto se intensificando.   
Meu coração estava batendo forte quando todos os olhos estavam fixos em mim, menos os meus, eles estavam apenas olhando para as pessoas sorridentes que agora seguravam a mão da princesa, ou melhor, da Rainha Charlotte.
As mãos que me acariciaram ontem à noite... a mão que me segurou, agora estão fazendo uma promessa a outra pessoa.     
Seus olhos caíram sobre mim seguindo os olhares de todos e o sorriso em seus lábios foi substituído por choque.
Seus olhos frios me encararam.
Quando eu soube, não havia nem um traço de arrependimento ou saudade.
Ele nunca escolheria alguém de estado social inferior como eu.
O que eu estava pensando? 
Por que eu vim aqui em primeiro lugar? 
Para me ver sendo rejeitado com meus própris olhos ou talvez 0,000001% esperava que ele me selecionasse.
Thora, você é uma tola, que idiota.
"Rei Volkan! Princesa Charlotte! Vocês podem começar a trocar alianças!"
Ele olhou em meus olhos cheios de lágrimas inexpressivo sem desviar o olhar.
Ele segurou as mãos dela pegando o anel.           
Eu me virei para não olhar e apenas o deixei olhar.
A reivindique na minha frente enquanto olhou para mim.
Finalmente me diga a verdade.
Para me mostrar que eu não significava nada para ele.
O anel deslizou em seu dedo e ela chorou olhando para ele, o  devolva colocando o anel em seu dedo.   
Aqueles olhos do meu parceiro... ainda estavam fixos.
Me desafie a desviar o olhar.
Me encoraje a aceitar a verdade.
"Agora você pode beijar a noiva!"
A multidão aplaudiu e eu senti uma dor aguda no peito e minha respiração ficou pesada.
Não! Eu não posso ver isso! Não posso.
Virei as costas para todos e saí correndo pela última vez que encontrei seus olhos frios.
Eu bati em alguns convidados e os fiz me repreender.
Mas não vou parar.
Determinada a escapar.   
Houve aplausos novamente e eu sabia que ele a havia beijado, os lábios... o único toque que já experimentei até agora... não era mais meu.
Ele não me pertencia agora.
Ele era dela.
...
Já se passaram horas, quase noite.       
Eu estava sentada no sótão desta mansão cercada por material de limpeza ao redor.  
As lágrimas pararam há muito tempo e meus olhos secaram.
Meus lábios estavam rachados e uma sensação de desconforto brotou em mim.
A lua cheia visível da janela era luar, a única coisa que iluminava a escuridão despertava.      
Mais algumas horas e estarei no inferno.
Sim inferno.
A dor da rejeição se assemelha ao inferno... dizem que muito poucas mulheres morrem na primeira noite.
A dor era insuportável.
Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos e me levantei imediatamente.
Achei que ninguém sabia que eu estava aqui.
Quem poderia ser?
Fiquei surpresa ao ver Jason parado ali enquanto abri a porta lentamente.    
Um olhar de pena cobrindo suas feições.   
Ele sabia?
"Beta Jason."
Eu o chamei e imediatamente me curvando para mostrar respeito a ele, ele assentiu entrando.
Deu uma olhada em seu entorno.
"Por quê você está aqui?"
Ele perguntou e eu respondi mantendo minha cabeça baixa.   
"Era só que... eu queria um tempo sozinha."   
"Isso faz sentido."
Ele disse suspirando e colocando algo embrulhado em um pano em minhas mãos.           
"Estes são os remédios, Thora, você vai precisar deles."
Eu olhei para ele com surpresa.
"Beta Jason, eu..."
"Shh, eu sei que você é a parceira de Volkan."
"Quero dizer ex-parceira."
"A dor vai ser muito forte esta noite, Thora, tome esses remédios e você ficará bem."           
Olhei para o pano em minhas mãos.  
"Ele... ele os mandou?"
Jason assentiu e eu me agarrei ao pano com força.
Por que ele se importou? Ele ia consumar com outra pessoa e ainda agiu como se se importasse.
Eu virei minhas costas para ele colocando o pano de volta em sua mão.
"Diga ao seu Alfa, eu não preciso disso, como eu vivi por tantos anos... então também posso sobreviver agora."
Ele suspirou quase implorando.
"Thora! Você não entende! A dor... era como algo que você nunca experimentou antes."     
"Me pediram para trazer o médico, mas eu sabia que você não ficaria bem, então eu acertei com eles."
"Thora, por favor, os leve."
Fiquei em silêncio olhando para a lua do lado de fora da janela.
Desesperada para ser deixado sozinha.     
"Tudo bem, os mantenha lá." 
"Você pode ir agora."
Ele suspirou pedindo desculpas e saiu, eu peguei o remédio e joguei no canto em frustração.
Preocupação? F*da-se, preciso dos cuidados dele agora.
Tranquei a porta respirando fundo e me preparei para sofrer, peguei um pedaço de pano enfiando na boca.
A gritaria será insuportável.
Mas vou garantir que ninguém ouça inclusive eu.
Em seguida, peguei um balde de ágia e o enchi com água fria fazendo a temperatura quase entorpecente.        
Eu encarei as correntes em um canto e as peguei prendendo minhas mãos nas grandes presilhas de metal e as trancando.     
Eu estava quase terminando.  
Não mexi o corpo para não me machucar no calor, baldes de água fria era o suficiente para eu mergulhar a cabeça nele para entorpecer o cérebro e os sentidos.
E o pano para silenciar meus gritos.  
Eu estava pronta.
Inclinei a cabeça contra a parede olhando para a lua amaldiçoando meu destino. 
Quando a primeira onda me atingiu.
Marcando o início da minha jornada para o inferno.