Natalia dirigiu o Chevrolet rosa com facilidade e confiança. Como de costume, ela parecia linda com seu look de verão, um vestido rosa de frente única que expunha suas pernas bem torneadas. Um homem olharia para ela e babaria com aquela visão. Ela tinha um nível de beleza que eu nunca terei.
Sentada ao lado dela, me perguntei o que me fez concordar em se juntar a ela. Talvez tivesse sido a expressão grave em seu rosto, que me levou a entrar no carro e permitir que ela me levasse a um lugar onde pudéssemos sentar e conversar.
Quando ela saiu do Chevrolet rosa pela primeira vez, eu subconscientemente esperava que ela olhasse para mim com punhais nos olhos e então cuspisse palavras afiadas o suficiente para penetrar meu muro de proteção. Minhas expectativas falharam comigo, suas ações não chegaram nem perto do que eu tinha em mente.
Natalia veio até mim, de fala mansa e humilde como uma santa, me implorando para dar a ela um pouco do meu tempo para que pudéssemos conversar. Eu quase concordei em ir com ela em segundos.
Mas depois de como ela me tratou durante nosso encontro anterior, quis recusar o convite. "Por favor, apenas cinco minutos." Ela acrescentou desesperadamente, em um tom quase implorando. Naquele momento, se eu tivesse pedido que ela se ajoelhasse para me convencer mais, ela aceitaria de bom grado. Eu quase mandei ela ficar de joelhos, mas eu não era tão insensível assim.
"Ok, cinco minutos." Foi o que respondi. Então entrei no carro dela e ela dirigiu o Chevrolet, procurando a cafeteria mais próxima onde pudéssemos sentar, tomar um café e conversar em particular.
Minutos se passaram, o Chevrolet finalmente parou em frente a uma aconchegante cafeteria. O lugar era famoso por suas bebidas quentes e frias. Eu nunca tinha estado lá antes. Foi a primeira vez que coloquei os pés lá dentro.
Entramos pela porta luxuosa em silêncio e encontramos um lugar para sentar. A mesa perto da janela de vidro era perfeita. Estava longe de outras mesas. Ninguém por perto ouviria nossa conversa.
Colocando minha mala no chão, abaixei minha mochila em cima dela antes de ocupar meu assento. Natalia ocupou a cadeira em frente à minha.
Uma garçonete veio até nossa mesa e pegou nosso pedido.
Natalia pediu café gelado, uma bebida de baixa caloria que eu esperava que ela bebesse enquanto eu pedia chocolate quente. Natalia pagou as bebidas. Eu insisti em pagar sozinha, mas ela recusou.
Ela enfatizou que era sua responsabilidade pagar, já que foi ela quem me convidou para tomar um café.
Para resolver as coisas rapidamente, permiti que ela pagasse. Quando o café gelado dela e o meu chocolate quente chegaram, eu pulei as introduções e perguntei na hora. "O que você quer?" Eu atirei a ela a questão. enquanto a olhava diretamente nos olhos.
Natalia não respondeu de imediato. Em vez disso, ela pegou seu café gelado e tomou um gole rápido. Olhando em volta, descobri que não era a única a observá-la. Ela recebeu alguns olhares de admiração de outros clientes, que a reconheceram imediatamente. Inconscientemente, toquei meu cabelo só para ter certeza de que não estava uma bagunça. Não que eu queira competir com ela. Eu nunca seria bonita igual Natalia. Mas eu queria ter certeza de não parecer exatamente como se tivesse acabado de levantar da cama. Aliviada por meu cabelo não estar bagunçado, concentrei-me nela enquanto esperava sua resposta.
"Estou grávida." Natalia anunciou, e senti como se uma bomba tivesse explodido na minha frente.
Ela estava grávida. Houve apenas um homem que me veio à mente quando pensei no pai de quem crescia em seu ventre. Grey Bradford.
Cerrando meus punhos, engoli o nó na garganta e ignorei a dor lancinante em meu coração. Com toda a força que pude reunir, convoquei um sorriso brilhante em meus lábios, protegendo a dor com uma simpatia pretensiosa. "Eu estou tão feliz por você." Eu disse a ela, reforçando a alegria em minha voz.
Se meu marido estivesse aqui, eu daria um tapa na cara dele.
'Aquele bastardo traidor! Eu o odeio.' Eu refleti para mim mesma.
"Grey é realmente um cara e tanto." Eu disse a ela, encolhendo os ombros de uma forma que parecia que eu não me importava com o fato de meu marido engravidá-la.
"Ele também é um amante maravilhoso", disse Natalia. Desta vez, um sorriso lento se curvou em seus lábios vermelhos. "Ele é selvagem e monstruoso na cama. Não é à toa que ele imediatamente me engravidou." Ela acrescentou com um brilho nos olhos.
O comentário de Natalia fez meus punhos cerrados se apertarem no meu colo, até meus dedos ficarem brancos.
Eu odiava Grey com uma paixão quente e ardente. A lembrança de que fizemos sexo ontem à noite fez o ódio dentro de mim ficar mais forte. Eu me senti tão suja depois de saber que além de mim ele havia tocado outra mulher.
Maldito seja Grey Bradford! Amaldiçoei interiormente, matando-o em minha mente. Por que ele não esperou que nos divorciássemos antes de engravidar Natalia?