Capítulo 74
1398palavras
2023-01-28 00:01
Continuação do Epílogo
Ponto de vista de Ashley
Eu gemi, chutando as cobertas para longe do meu corpo. Pisquei e estava escuro, o que significava que já era noite. Por que a mamãe não me acordou?
Me sentei e cuidadosamente coloquei meus pés no chão. Em seguida, estendi a mão para acender a luminária que estava na cômoda ao lado da minha cama. A sala se iluminou e fui até a porta.
Minha barriga roncava me lembrando que ainda não tinha comido. Abri a porta desci as escadas. A luz da sala estava acesa, assim como a da cozinha. Ouvi o barulho suave da chuva batendo no telhado e nas janelas. Era relaxante.
Meus pais estavam na cozinha, rindo de uma piada entre eles. Levantei os olhos para o relógio na parede. Eram 19h. Percebi que não dormi muito.
"Mãe, por que não me acordou?", resmunguei caminhando até eles. Eles param de conversar e papai virou a cabeça para mim. Ele se levantou rapidamente e me abraçou levantando meu corpo, como fazia quando eu era pequena.
"Bem-vinda de volta, queridinha", ele disse, e riu me apertando em seu abraço.
"Pai, não consigo respirar", disse engasgando.
Ele rapidamente me soltou e acariciou meu cabelo que eu tinha cortado no meio das costas.
Fiz uma careta forçada olhando para ele. "Você bagunçou meu cabelo", lamentei, soprando os poucos fios no meu rosto para longe.
Ele bufou e disse: "Esse cabelo que já estava bagunçado?"
Todos rimos quando me juntei a eles. Conversamos por alguns minutos e eles me ouviram tagarelar sobre a universidade. Estava sentada na bancada da cozinha e mamãe colocou um prato de lasanha na minha frente.
Comi a lasanha por alguns minutos enquanto ouvia meu pai falar sobre seu trabalho e, então, uma buzina soou. E depois, mais uma vez, agora mais alto. Larguei o garfo no prato e olhei para meus pais.
"Estavam esperando alguém?", perguntei confusa quando a buzina soou novamente.
Papai deu de ombros enquanto mamãe mordeu o lábio inferior. "Não que saibamos, mas para ter certeza, talvez seja melhor você ver quem está aí. Talvez precisem de ajuda", papai disse.
Franzi as sobrancelhas. 'Eu?' "Por que vocês não podem ir, são os adultos aqui!", rebati.
Papai levantou uma sobrancelha e disse: "Você não me disse há alguns meses que já é adulta e eu não deveria mais tratá-la como uma criança?"
"Mas eu...", tentei argumentar, mas Ele tinha razão. Suspirei e me levantei para ir até a porta da frente.
Abri a porta e avistei um jipe estacionado na calçada. Não reconheci o carro. Pude identificar a silhueta de um homem, mas por causa da chuva e das luz baixa da rua, não consegui ver quem era.
Por que parou assim na chuva? Esse cara quer pegar um resfriado?
"Posso ajudá-lo? Precisa de ajuda?", gritei por cima do barulho da chuva.
"Que tal um beijo e boas-vindas, amor?", uma voz rouca e familiar grita de volta.
Meu coração bateu forte, meus olhos se encheram de lágrimas. "Blake!?", gritei já correndo em sua direção. Não me importava que a chuva me encharcasse. Eu só queria estar em seus braços.
"De carne e osso, amor", ele disse e sorriu abrindo os braços enquanto eu pulava sobre ele. Ele ainda estava com o uniforme militar, o que significava que tinha acabado de chegar. Esmaguei meus lábios nos dele, gemendo quando ele agarrou minha bunda.
Me afastei e enchi suas bochechas de beijos, então parei para olhar para ele. "Senti tanto a sua falta", eu disse, então chorei abraçado a ele.
Seu olhar foi tomado por uma suavidade. As feições de Blake mudaram muito nesses cinco anos. Ele tinha raspado o cabelo bem baixo, o que lhe caía bem. Ele também adorava deixar a barba por fazer, o que o deixava mais bruto, de uma forma sexy. Seus músculos também ficaram mais largos do que antes.
"Também senti sua falta, amor. Já fui dispensado, então sou todo seu", ele disse e sorriu, beijando meu nariz enquanto a chuva nos encharcava.
Chorei e o beijei novamente ao ouvir a notícia. Ele se afastou e disse: "Isso está me lembrando aquela cena de 'Diário de uma Paixão'", e riu.
Lancei um olhar provocador. "O filme que eu te forcei a assistir comigo e, mesmo dizendo que nunca chora por filmes tristes, chorou no final?", perguntei a ele.
Ele fez uma cara de bravo de brincadeira e deu um aperto firme na minha b*nda. "Sim, foi esse filme. Lembro de você dizendo que queria recriar aquela cena algum dia. Queria me beijar na chuva", ele murmurou.
Meu coração derreteu como manteiga. Por que ele sempre tinha que ser perfeito? Eu não esperava que ele se lembrasse disso, aconteceu há cerca de cinco anos. "Não achei que se lembraria disso", eu admiti.
"Sempre me lembro de tudo que tem a ver com você, Ley", ele sussurrou e, em seguida, me colocou no chão. Ele olhou para mim com amor e saudade. "Mas quero mudar um pouco aquela cena", ele disse e sorriu trêmulo como se estivesse nervoso.
Minhas sobrancelhas franziram e arregalei os olhos quando ele se ajoelhou. Ele olhou para mim enquanto comecei a soluçar. Blake pegou uma pequena caixa no bolso de seu uniforme. Suspirei colocando a mão sobre meus lábios em estado de choque.
"Ley, me lembro da primeira vez que a vi. Você era uma garotinha fofa e tímida se escondendo atrás das pernas de sua mãe. Parecia que queria estar em qualquer lugar, menos ali. Mas quando acheguei até você e segurei sua mão, eu soube que você teria um lugar eterno na minha vida. Você confiou em mim como nunca confiou em ninguém e eu dei o meu melhor para não decepcioná-la. Eu quis protegê-la para sempre", ele disse com firmeza.
Ele pigarreou e seus olhos brilharam. "Mas então me apaixonei por você e tudo mudou. Eu não via mais você como uma irmãzinha que eu sempre quis proteger, você se tornou muito mais. Tomou conta de toda a minha vida naquele dia. Meu coração já era seu, você o tinha na palma de suas mãos, mesmo sem saber. Nossa! Eu te amei naquela época e te amo ainda mais agora. Quero protegê-la pelo resto da minha vida e espero proteger nossos filhos no futuro. Eu quero você, Ashley Grey, quero você por inteira. E se você disser 'não' hoje, saiba que continuarei pedindo até que a resposta mude para 'sim', porque você é tudo para mim e não há outra neste mundo para mim além de você. Então, Ashley Gray, em breve, Ashley Reed, quer se casar comigo?", ele desembuchou e perguntou finalmente, e estava nervoso, eu sabia. Eu sempre sabia.
Disse sim com a cabeça, chorando, e estendi minhas mãos para que ele pudesse colocar o anel de diamante no meu dedo. "Sim, Blake, quero me casar com você. A resposta sempre será essa", eu disse com uma respiração trêmula quando ele se levantou para me puxar em seus braços.
"Eu te amo, amor", ele sussurrou me levantando e começou a caminhar em direção à minha casa.
"Você não tem ideia do quanto eu te amo", eu disse, me segurando nele.
Ele olhou para mim para me beijar e disse: "Isso significa que podemos começar a fazer um bebê esta noite?"
Eu ri e disse: "Blake, meus pais estão em casa."
Ele levantou uma sobrancelha entrando em casa comigo ainda em seus braços e disse: "Isso nunca nos impediu." E então, bicou meu nariz.
"Vocês estão encharcados", minha mãe interrompeu e apressou, e fez uma careta.
"Ela disse sim?", a voz animada de papai perguntou.
"Ela disse sim!", Blake comemorou.
"Meu Deus, os netinhos estão a caminho!", mamãe gritou.
"Parabéns! Diga a seu pai que ele vai pagar pelo casamento", papai brincou.
"Asher, precisa pagar pelo menos metade!", mamãe argumentou.
Meu pai se virou para minha mãe e fez a coisa mais infantil, mostrou a língua. "Blake deflorou minha filha antes do casamento, então Ace vai pagar por tudo", ele rebateu.
Mamãe lançou um olhar penetrante nele, o que o fez levantar as mãos em sinal de rendição. "É uma piada, querida", ele disse rindo.
Este é o fim do Livro 1, o livro 2 será lançado em breve. Mantenha este livro em sua biblioteca para que seja notificado quando ele estiver pronto. Obrigada por ler meu livro, espero que tenha gostado :)