Ponto de vista de Ashley
Cruzei os braços sob o peito e olhei para baixo envergonhada. "Não sei". murmurei. Estava humilhada por alguém nos ver dessa maneira, principalmente porque agora havia fotos nossas nessa intimidade toda.
Se meus pais vissem isso... Suspirei, sem conseguir nem pensar na hipótese.
"Preciso entregar isso para minha mãe..."
Balancei a cabeça mortificada e olhei para ele com os olhos arregalados. "Blake, você está louco, ela não pode ver...", disse enquanto corava de vergonha, e apontei para a foto na mão dele.
"Isso", concluí.
Ele arqueou uma sobrancelha. "Precisamos descobrir quem é o babaca que tirou isso, Ley. Não podemos ficar quietos e não levar o caso à polícia!"
Eu me mexi, inquieta, meu constrangimento piorando. "Blake, precisamos pensar antes de fazermos algo apressado."
"Apressado? Ley, quem fez isso é um idiota e não acho que ele vai parar até que façamos algo." Ele resmungou, uma das mãos cerrada ao lado do corpo enquanto a outra apertava a imagem com raiva.
Eu mordi meu lábio inferior e me afastei dele. "Não estou dizendo que não faremos mas só estou dizendo que devemos pensar bem."
Eu me virei para encará-lo, notando que seus olhos azuis estavam um tom mais escuro por causa da raiva. “E se formos à polícia e eles não conseguirem pegar quem fez isso antes da pessoa vazar as fotos? E então, Blake? Eu ficaria envergonhada pelo resto da minha vida. E se nenhuma faculdade me aceitar? Como vou resolver, Blake?"
Eu precisava que ele entendesse como isso poderia me envergonhar. Alguém fora nos viu fazendo sexo, eles viram nossos rostos. Meu rosto e o dele estavam nítidos na foto.
Se isso circulasse pela escola, eu seria ridicularizada por toda a minha vida. Nenhuma faculdade iria querer uma garota que foi pega transando na escola.
Ele pareceu estar pensando por alguns segundos, passando os olhos pelo meu corpo.
Então suspirou. "Ley, não podemos ficar quietos sobre isso. Precisamos descobrir quem é esse idiota."
Eu concordei. "Eu sei, não podemos varrer isso para debaixo do tapete, é impossível. Vamos ver o que essa pessoa quer. Ela estão deixando cartas dentro do meu armário há cerca de dois meses. E quer algo, eu posso sentir."
Ele olhou para mim, a mandíbula apertada em irritação. "Por que você não me contou sobre essas cartas antes, Ley? Por que escondeu esse tipo de coisa de mim?" Ele resmungou.
Um rubor cobriu minhas bochechas. "Eu pensei que era você quem estava fazendo isso no começo. Eu fui estúpida por não ter notado que não era sua caligrafia."
Ele levantou uma sobrancelha, sua forma tensa. "Sobre o que exatamente eram os bilhetes?"
Eu mordi o lábio tensa. "Bilhetes de amor." Eu finalmente disse depois de pensar se deveria contar a ele ou não.
Seus olhos escureceram impossivelmente mais quando sua mandíbula cerrou. "Quando eu encontrar esse filho da p*t*, vou esfolá-lo vivo."
Meus olhos se arregalaram com o olhar assassino em seu rosto. Ele estava falando sério. "Nem sabemos se é um menino."
"Quem mais poderia ser? Essa pessoa parecia estar fascinada por você, Ley. Só pode ser um menino e acho que sei exatamente quem é." Ele sibilou, colocando a foto de volta no envelope.
Ele instantaneamente tinha minha atenção. "Quem?" Eu perguntei.
"Peter. E eu vou fazer uma visitinha a ele hoje." Sua voz era sombria com uma promessa de sangue.
Peter não ia à escola há alguns dias, disseram algo sobre ele estar gripado.
Meu rosto ficou pálido. Eu balancei minha cabeça. "Não sabemos se é ele, Blake. Você não pode simplesmente ir na casa do cara e bater nele. Vamos com calma..."
"Ley, você está se ouvindo agora? Calma? O quê? Para que ele tenha outra vez de tocá-la? Nem por cima do meu cadáver! Eu vou cuidar disso, p*rra." Ele sibilou, se virando e saindo da sala de aula com raiva.
Suspirei enquanto encarava a porta agora fechada. Ele tinha levado o envelope. Eu só podia esperar que ele não mostrasse a sua mãe. Isso seria vergonhoso demais.
O sinal tocou sinalizando o fim do almoço. Minha barriga roncou de fome. "Ótimo, perdi o almoço." Disse mentalmente, enquanto saía da sala.
De repente, tive vontade de fazer xixi. Por isso, em vez de ir para a próxima aula, meus pés me levaram até o banheiro vazio, fedendo a a desinfetante. O zelador provavelmente tinha vindo limpar, a julgar pelos ladrilhos ainda molhados.
Eu resmunguei enquanto tentava ao máximo não escorregar no chão. Eu não estava com vontade de me machucar se isso fosse possível.
Entrando com segurança na baia, tranquei-a e levantei o assento. Empurrei para baixo minha calça de moletom e calcinha, tomando cuidado para não deixar minha bolsa para o chão molhado.
Fechei os olhos quando a urina saiu. Então, ouvi a porta do banheiro foi aberta, mas não prestei atenção. Os passos estavam ficando um pouco mais altos, o que me fez acreditar que quem quer que fosse estava perto.
"Eu não posso acreditar que você realmente fez isso." Uma garota riu. "Como diabos você conseguiu o teste?"
"Eu fiz minha prima grávida fazer xixi nele. Honestamente, Hollywood realmente deveria me contratar." A voz soava muito familiar. Era Stacy.
Meu xixi congelou instantaneamente enquanto prestava atenção na conversa delas.
"Sério, devo admitir, você mandou muito bem, amiga! Toda a cena no refeitório foi hilária. O rosto de Ashley foi impagável."
A raiva queimava meu corpo, mas permaneci imóvel, ouvindo. "Foi, não foi? Pobre Ash estava com o coração partido agora. O amor da vida dela está esperando um filho com uma menina mais bonita. Quer dizer, eu também ficaria com o coração partido." Stacy bufou.
"Como conseguiu fazer a parte do choro? Era como se eu estivesse ouvindo do lado de fora do banheiro." A garota disse.
"É embaraçoso admitir, mas eu não estava planejando mostrar a Ashley o teste ainda. Eu estava esperando pelo momento perfeito. Então, na verdade, estava realmente chorando. Não pergunte por que eu não quero falar sobre isso. De qualquer forma, pareceu ser o momento perfeito quando a pequena e perfeita Ashley veio ver se eu estava bem. Aquela v*dia estúpida." Stacy resmungou.
Eu já tinha ouvido o suficiente, então puxei minha calcinha e calça de moletom, dei descarga no banheiro, destranquei a porta e saí.
A raiva estava estampada no meu rosto. Ambas estavam de frente para o espelho, aplicando brilho labial em seus lábios já brilhantes.
Stacy me viu pelo espelho e seus olhos se arregalaram em choque. "Sua v*dia mentirosa!" Eu sibilei, marchando até ela.