Capítulo 43
1011palavras
2022-12-21 16:44
Ponto de vista da Ashley
O ginásio parecia vazio e fiquei em dúvida se havia alguém nos arredores. Lembrei de ver a placa de aberto na frente, então a academia estava definitivamente aberta.
Mas onde estavam todos? E, principalmente, onde estava Blake? Ele me disse que estava aqui e que esperaria por mim. Papai me deixou ali alguns segundos antes, não sem uma palestra do que não fazer.
Larguei minha bolsa de ginástica no banco de madeira no canto mais distante, suspirando. Meu look era composto por um sutiã esportivo rosa combinando com calças de ioga confortáveis, finalizado com meus tênis clássicos. Também prendi meu longo cabelo cacheado em um rabo de cavalo para mantê-lo longe do meu rosto.
Olhei para o relógio na parede oposta, eram 15:40h. Assim que cheguei em casa da escola, fui direto para o banho e me vesti. Mas comecei a me questionar se deveria ter tomado um banho afinal acabaria suando muito ali.
A porta, onde Blake me tocou pela primeira vez, foi aberta. E ele emergiu de lá em passos confiantes, ocupando olhando em seu celular, sem me notar. Ele também estava sem camisa e parecia que já havia começado a se exercitar, a julgar pelo suor fino que cobria sua pele.
"Por que esta academia está sempre vazia quando venho aqui?" Eu disse quebrando o silêncio. Até onde eu sabia, era uma academia muito popular, especialmente com um boxeador famoso como Blake.
Ele finalmente percebeu minha presença e sorriu, enfiando o telefone no bolso da calça de moletom. "Porque Austin não quer que ninguém veja como eu treino para minhas lutas. Então, a academia é só minha de as 15h30 até as 17h. Sempre foi assim desde a primeira luta que venci." Ele respondeu, caminhando em minha direção.
"Acho que meu namorado é um boxeador dos bons mesmo." Eu brinquei e envolvi meus braços em volta de sua cabeça. Ele sorriu, arrastando as mãos para baixo até que agarrasse os montes macios da minha bunda, apertando-os antes de me levantar.
Eu suspirei, envolvendo minhas pernas em volta de sua cintura. "Acha? Amor, eu sou." Ele piscou, me puxando para um beijo. Rapidamente, o clima ficou quente e resisti à vontade de gemer alto.
Afastando-me um pouco, eu sorri em seus lábios entreabertos. "Você é arrogante." Eu provoquei. "Eca." Eu ri quando sua língua lambeu do meu queixo até os meus lábios de uma forma lúdica.
"Não pareceu se importar que eu te lambesse mais cedo." Ele disse, divertindo-se, antes de puxar meu lábio inferior entre os dentes suavemente.
Ele estava se referindo à hora do almoço quando nos esgueiramos para dentro de uma sala de aula vazia. Tivemos sorte de não termos sido pegos apesar de meus gemidos altos. Blake teve que abafá-los com seus beijos rudes enquanto seus dedos me torturavam deliciosamente entre minhas pernas.
Eu sorri antes de me afastar completamente. "Então, vai começar a me ensinar ou está esperando que eu implore?" Eu arqueei uma sobrancelha e sorri quando ele suspirou e me colocou no chão.
"Por mais tentador que vê-la implorando pareça, prefiro que você me implore por algo diferente do que ensiná-lo a lutar boxe. Então, novamente, vai me implorar para fazer amor com você em breve." Ele brincou com um brilho perverso nos olhos.
Um rubor aquecido se instalou em minhas bochechas. Eu sabia que ele estava certo. E odiava admitir, mas sabia que estava perto de dar a ele minha virgindade e, honestamente, sempre foi dele.
"Sabe que estou surpresa por você não ter dito um palavrão. Normalmente, quando fala com Ryan sobre as garotas que você conquistou, sempre usa palavras grosseiras." O ciúme pesou em minhas palavras, tomadas pela vontade de atacar suas antigas conquistas. Era inevitável, eu morria de ciúmes de todas as garotas que provaram Blake antes de mim.
Ele percebeu, a vergonha rastejando em seu rosto. "Aquelas garotas não significaram nada para mim, Ashley. Não do jeito que você significa. Eu te amo com todo o meu ser, ninguém se compara ao que eu sinto por você, amor."
Eu sorri, engolindo meu ciúme. "Bem, não amoleça comigo." Eu brinquei, recuando.
Quando estava a uma boa distância dele, apoiei minhas mãos nos quadris. "O que está esperando? Ensina-me, mestre." Zombei, inclinando minha cabeça para o lado e sorrindo para ele de forma sedutora.
Ele riu, o som enviando ondas de choque prazerosas para dentro do meu abdômen. "Então, vamos começar." Ele caminhou até o canto da sala com um sorriso no rosto, então inclinou-se e pegou o que parecia ser uma corda de pular.
Depois disso, ele voltou para perto de mim, jogando a corda no chão. Ela caiu com um baque leve diante dos meus pés. Levantei minha cabeça para encará-lo em confusão. "O que devo fazer com isso?" Disse enquanto pegava a corda.
Ele sorriu. "Pular." Ele deu de ombros, me olhando com expectativa.
Franzi minhas sobrancelhas, olhando para a corda. "Como isso vai me ajudar a aprender boxe?"
Ele suspirou, se aproximando de mim até que ficamos a um fôlego de distância. "É para te ajudar a ficar em forma, amor. Você mal consegue levantar uma garrafa de água sem ficar sem ar, como um peixe fora d'água." Ele brincou.
Meu olhar encontrou o dele, enquanto lancei um suspiro longo. "Em primeiro lugar, achei isso muito ofensivo e, em segundo lugar, também estou em forma!" Argumentei, batendo o pé de forma infantil.
Ele sorriu para mim, inclinando a cabeça até que nossos olhos estejam alinhados. "Ter um corpo s*xy não significa que esteja em forma, amor." Ele provocou, se afastando em seguida. "Agora, vamos começar." Ele sorriu, dando um tapinha na minha testa.
Olhei para ele, então suspirei com seu olhar de expectativa. Apertei a corda em minhas mãos com mais força do que o necessário quando comecei a fazer exatamente o que ele pediu. Minha respiração já estava ofegante e os músculos da minha perna queimavam.
Talvez eu realmente devesse ter aprendido lutar com bonecas da Barbie, como se isso fosse possível. Minha consciência me lembrou da minha estupidez.